O ESPAÇO URBANO

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O surgimento da pecuária permitiu a reprodução de ovinos, bovinos, suínos e caprinos. Atualmente essa atividade encontra-se intimamente integrada à própria agricultura, o que explica a popularização do termo agropecuária.

Os deslocamentos populacionais espalharam pelo planeta alguns tipos de plantas que desempenhavam importantes papéis na própria cultura de algumas civilizações: é o caso do milho, para as civilizações pré-colombianas, do arroz para o extremo oriente, e do trigo e cevada, para a Europa e Oriente Médio.

Com as navegações, difundiram-se alimentos importantes para a humanidade, tais como o milho, originário da América, depois consumido na Europa, Ásia e África, assim como a cana-de-açúcar e o arroz originários da Ásia.

Sistemas atuais de produção agropecuária: Os sistemas agropecuários variam desde os sistemas mais extensivos até os sistemas mais intensivos, dependendo principalmente de dois fatores:

a) Condições físico-geográficas (tipos de solo, condições climáticas e aspectos topográficos) de uma região. Em planícies é comum o cultivo de grãos. Em solos rochosos e terrenos irregulares tem ocorrido as pastagens e plantio de árvores.

b) A cultura e o nível de desenvolvimento de uma sociedade, determinam os tipos de plantas cultivadas, as técnicas empregadas e os hábitos alimentares.

Agricultura e pecuária extensivas: Sistema de produção em que se ocupa muitas terras, empregando técnicas e ferramentas rudimentares, utilizando muito trabalho braçal e obtendo pouca produtividade, considerado inadequado para os moldes atuais do sistema capitalista.

Agricultura e pecuária intensivas: Sistema de produção em que se utiliza tecnologia e maquinário avançado, acarretando aumento de produtividade, estabelecendo um padrão quase industrial na agricultura.

Condições físico-geográficas na atividade agrícola: Pode-se mapear as áreas agrícolas, de acordo com as zonas climáticas. Assim, nas zonas tropicais são mais comuns os cultivos de cana-de-açúcar, café, cacau, algodão, laranja e banana. Nas faixas temperadas predominam os cultivos de cereais, como o trigo, a aveia, a cevada e o centeio.

Outro fator de desempenho econômico da agropecuária é o solo, formado pala desagregação de rochas sujeitas ao intemperismo. O clima e a topografia também interferem. Na declividade maior os solos são rasos, pouco produtivos.

No interior do estado de São Paulo e em manchas isoladas na América do Sul e África encontra-se a terra rocha, extremamente fértil e desenvolvida a partir de rochas vulcânicas tipo basalto e diabásio. Ideal para o café.

Na Zona da Mata e litoral Nordestinos encontra-se o solo denominado massapê, com alto teor de argila, formado por decomposição de rochas calcárias, granito e gnaisse. Ideal para a cana-de-açúcar.

Na China e no sudeste asiático tem o solo Loess, com sedimentos amarelos provenientes da erosão eólica. Ideal para trigo e arroz.

Na parte central da Eurásia e em manchas na América do Norte e América do Sul (latina), ocorre o solo negro Tchernoziom, rico em matérias orgânicas. Ideal para cereais.

Em altas latitudes, especialmente no norte da Europa, aparece o solo argiloso acinzentado e ácido denominado Podzol. Para aproveitamento na agricultura depende de correção e adubação.

O espaço agrário dos países subdesenvolvidos: Gigantesca população ainda vive no campo, com sistemas de produção do tipo agricultura de subsistência, agricultura comercial do tipo plantation e a agricultura comercial moderna.

Agricultura de subsistência: produção destinada ao sustento das próprias famílias, utilizando a técnica milenar da rotação de culturas. No Brasil planta-se feijão e milho ou arroz e mandioca. No México os índios intercalam numa mesma área plantações de mandioca, feijão, milho e batata, cuja prática denominam conuco.

A agricultura de subsistência pode ser do tipo itinerante (queima e derruba vegetação nativa, empobrecendo o solo, o que faz o processo recomeçar, principalmente em florestas da Amazônia e sudeste asiático); do tipo de jardinagem (desenvolve-se principalmente em países do sul e sudeste asiático, em solos inundáveis, cuja fertilidade, ao longo de grandes rios como Ganges-Índia e Bangladesch, Mekong-sudeste asiático e o Indo-Paquistão, se renova anualmente em decorrência de abundantes chuvas torrenciais de verão) ou do tipo terraceamento (utilização de curvas de nível nas encostas férteis de morros e montanhas, reduzindo a erosão e favorecendo a absorção de águas principalmente na Cordilheira do Himalaia-Ásia e na Cordilheira dos Andes-América).

Agricultura do tipo plantation: Monocultura latifundiária baseada geralmente em cacau, cana-de-açúcar, coco, café e banana para exportação, baseada em muita mão-de-obra barata em regiões tropicais da América Latina e da Ásia.

Agricultura Comercial Moderna: Grandes grupos econômicos transnacionais, atraídos pela grande disponibilidade de terras férteis e baratas de países subdesenvolvidos, interessados em conquistar o grande e crescente mercado consumidor urbano local, criam agroindústrias locais, provocando uma acentuada especialização da produção e da comercialização dos cultivos. A produção excedente é beneficiada e dirigida para exigentes mercados em países desenvolvidos.

O espaço agrário dos países desenvolvidos: A industrialização de uma região gera modernização da área rural, devido ao desenvolvimento de máquinas agrícolas e outros insumos, resultando em aumento da produtividade, induzindo ao desenvolvimento da agroindústria, resultando em