Graduando em Arquitetura e Urbanismo
Por: Karine Gandra • 6/6/2018 • Trabalho acadêmico • 2.581 Palavras (11 Páginas) • 268 Visualizações
Trabalho 1 - Estudo Dirigido
GANDRA, Karine Carvalho (1);
- Graduando em Arquitetura e Urbanismo, Instituto Metodista Izabela Hendrix, gandra.arquitetura@gmail.com
1. Cite e explique as semelhanças e as diferenças das características (relação com a natureza, domínio do poder, sociedade, modo de trabalho/ produção e moradias das diferentes classes sociais) das aglomerações humanas da Pré-história à Idade contemporânea. Faça uma análise crítica dessas características (Qual a sua causa? Por que ainda são recorrentes?)
Segundo Leonardo Benevolo (A História da Cidade, 2011): Inicialmente, na pré história, a vida do homem era totalmente voltada à sua sobrevivência, buscavam produzir e caçar seus alimentos, e procurar lugares onde pudessem se abrigar, na natureza mesmo, onde não precisassem fazer muitas mudanças no local. Em seguida, o homem que era nômade, começa a se agrupar, e deixam de fazer tantas mudanças, ficando em locais fixos, e ao invés de caçar e saírem para procurar alimento, começam a plantar e criar animais para sobreviverem. Com isso, esses grupos vão criando aldeias, e no final desse período, essas aldeias vão se transformando em cidades. Técnicas começam a ser dominadas, e com isso, o ambiente em que vivem começa a sofrer transformações. Surge a escrita com a grande evolução dessa fase, o que foi um avanço muito importante para humanidade. As expansões começam a sem mais intensas, os homens ocupam mais territórios, começam a dominar ainda mais os animais. Para conquistar o poder, eram feitas “lutas” e vencia os mais fortes e ágeis. Ainda nessa fase começam as divisões de trabalho; o homem caçava e protegia a família, e a mulher cuidava da habitação e criava os filhos.
Com a vivência em comunidade, começa a necessidade de divisão de poder, o que não existia, e assim surge a divisão de classes sociais, e essas classes tinham suas funções predeterminadas. A principal atividade era a agropecuária, e o sistema de cooperação que regia as relações de produção. As classes sociais começam a definir o tipo de moradia de casa um. Quem tinha mais, morava em grandes moradias e palacetes, e os que eram mais pobres, moravam em casas mais simples. Havia em grande maioria, habitações simples e rústicas, já que a população, em maior parte, era pobre.
Com a queda do Império Romana no Ocidente, surge a Idade Média, onde há uma mudança na relação do homem x natureza, uma vez que o homem passa exercer sobre a natureza um domínio dado por “Deus” através da Igreja Católica. O domínio do poder passa ser da Igreja, e seu poder, às vezes, era confundido com o poder dos Deuses. A igreja defendia um modelo de organização social, que era hierárquica e estamental, ou seja, quem nascia em uma posição, morria na mesma classe social, pois era impossível mudar. Surge a sociedade feudal. As moradias dos camponeses eram feitas de madeira, com poucas janelas, se divisões de cômodos e eram bem pequenas. Já as habitações dos mais nobres, eram grandes e confortáveis, alguns era até castelos. O clero vivia em mosteiros, eram mais confortáveis que as moradias dos camponeses.
Na Idade Moderna surge a Expansão Marítima. O homem passa a explorar e desvendar mais a natureza, onde começam a descobrir mares, e se beneficiar com eles. Nessa fase, surge o sistema mercantil, que eram exportações comerciais entre as nações, o que era possível com os avanços tecnológicos. Os membros da família trabalhavam juntos na elaboração de manufaturas, com a produção artesanal, e assim começa a surgir o conceito de “emprego”. O poder era da Monarquia Absolutista, e o poder ficava na mão de um único soberano. A nobreza ostentava uma condição de vida muito confortável e habitava espaçosas residências, enquanto os trabalhadores viviam em condições precárias, com moradias de péssimo estado.
Com a globalização, a Idade Contemporânea chega para todos os continentes, e surge a grande competição por regiões, essas que ofereciam matéria prima e consumia produtos industrializados, a qual definiria o quanto de riqueza e poder teria, pois quanto mais regiões dominadas, mais riqueza e poder. Essas competições se deram devido ao determinante capitalismo que surge nessa época. O poder também estava nas mãos do capitalismo exacerbado. Nesse período, mesmo com a globalização, ainda existe muita desigualdade social. As classes sociais são divididas em: baixa, que enfrentam problemas financeiros, pois já possuem muito pouco, suas moradias são de péssimas condições, e em lugares mais desfavorecidos, as vezes até, em áreas de risco; média, não tem tão pouco, mas também enfrentam problemas financeiros, costumam ter uma boa qualidade de vida e moradia; alta, que possuem grande poder e riqueza, tem moradias de excelente qualidade.
Devido a grande exploração da natureza, descobertas e mudanças sociais desencadeadas pelo homem, foram evoluindo cada vez mais, nasciam as cidades, eram modificadas, e expandidas juntamente com o progresso do homem. Hoje ainda é possível perceber a desigualdade social nas cidades, como no inicio dos períodos, quem tem mais, é mais favorecido, moram em áreas melhores, com um conforto maior, e quem tem menos, em lugares mais desfavorecidos, nas áreas mais pobres da cidade. Com isso vemos que têm muito a evoluir ainda, e nos arquitetos temos um importante papel para a contribuição dessa constante evolução.
2. Cite e explique as semelhanças e as diferenças entre o pré-urbanismo e o urbanismo.
O pré urbanismo estava ligado à política. As obras eram de historiadores, economistas, políticos, sociólogos, o que o tornava irrealizável. O urbanismo já é prático, pois traz a visão dos arquitetos e especialistas, mas não foge do imaginário, tanto por questões financeiras desfavoráveis ou outras, e tem caráter despolitizado que, segundo Françoise Choay (1965, p.18), essa transformação é explicada através da evolução da sociedade industrial nos países capitalistas. Podemos perceber que a segregação socioespacial, é uma semelhança entre ambos, já que o padrão de vida das pessoas, era o que as setorizavam. Também podemos perceber que no modelo progressista, ambos buscam a padronização das habitações e a geometrização da malha urbana. No culturalismo, podemos notar que ambos buscam o resgate do passado e um traçado orgânico, abandonando a padronização das linhas retas, dando mais originalidade aos projetos.
3. Cite e explique as semelhanças e as diferenças entre os modelos de urbanismo progressista, culturalista e naturalista. Escolha um exemplo (um urbanista) de cada modelo para exemplificar (use imagens para ilustrar).
O modelo culturalista tem seu ponto de partida o agrupamento humano, busca resgatar o passado, as necessidades espirituais precedem a matéria, e quanto ao planejamento dos espaços, são menos rigorosos, evitam geometrização, a cidade tem limites preciosos, e são mais orgânicas. O modelo progressista tem a ideia de um homem-tipo, onde ele é cientificamente pensado, e não indefere o lugar e a história. A ideia de progresso é determinante, e com isso a revolução industrial trás o homem o bem-estar através das suas aprimorações técnicas. Os espaços são mais racionais e têm uma lógica funcional. Desconsidera o passado. O modelo naturalista nega o processo da tecnologia, a cidade tem baixa densidade, e é uma vertente utópico para ser realizada. Algumas semelhanças entre esses modelos são: Ambos valorizam as áreas verdes, o modelo culturalista tem em seus princípios, exatamente a implantação de espaços verdes. No modelo progressista também é possível notar a grande presença de espaços verdes e às vezes muito setorizados. E no modelo naturalista, é o mais evidente, já que busca harmonizar a cidade ao mais natural possível. O culturalista e o naturalista veem a industrialização como responsável por pontos negativos da cidade. No progressista o verde oferece o lazer, à educação.
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