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A HISTÓRIA DA ARQUITETURA: DO CLÁSSICO GREGO RENASCIMENTO

Por:   •  19/4/2018  •  4.162 Palavras (17 Páginas)  •  387 Visualizações

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No antigo Egito a arquitetura teve inicio com as construções mortuárias, precursores de técnicas ainda hoje fundamentais para a construção, Os egípcios dominavam técnicas misteriosas na edificação das pirâmides, pois não sabemos, ao certo, quais critérios usados no levantamento de blocos e encaixe.

No entanto, o período clássico (greco-romano) é estilo dominante do mundo da arquitetura ocidental, sempre ligado a movimentos artísticos e politico-religiosos, sendo vanguarda primordial de conceitos estéticos e técnicas necessárias para a realização de construções.

- O PAPEL DA ARTE NA ARQUITETURA

Sendo a arquitetura considerada uma subdivisão da arte, tendo esta evoluído devido as necessidades dos povos desde o inicio das construções, vê-se o desmembramento de ambas acontecer muito tardiamente. Uma vez que o entrelaçamento das duas fazia alusão a quanto sucesso econômico determinada sociedade dispunha, fosse no campo político e/ou religioso, dado que, muitas vezes, a Igreja se fazia Estado e a divisão social em nada alterava a paixão pela arte/arquitetura da época.

“Antes... a arte de construir... estava associada mais estritamente a arte de edificar... e a palavra construções sem adjetivo designa, em eminência, as atividades ainda ligadas aos sistemas tradicionais e habitualmente associadas ao conceito de “arquitetura”.” (BENEVOLO, Leonardo; 2006, pag. 35)

A arte, outrora, estava relacionada à edificação, na sua face mais elementar, de forma retrógrada - assim como a arquitetura - ambas não eram vistas de forma independente, com o intuito de proporcionar admiração e não apenas como abrigo ao corpo, como no caso das construções.

- AS PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS NA ARQUITETURA

Cada período artístico, lembrando que a arquitetura e a arte eram intrinsecamente ligadas, possui influencias, mesmo quando contínuas, distintas. Cada período com sua individualidade reconhecida a olho nu, resultantes do segmento político e/ou religioso que estava atravessando no percurso histórico de seu respectivo tempo.

Observa-se que determinada escultura pertence a certo estilo a partir dos materiais disponíveis na época, às circunstancias financeiras atravessadas pela sociedade neste mesmo período e qual sentimento que motivava esta sociedade. Então a arquitetura sofria influencia de determinado as correntes filosóficas vigentes que resultava na construção de suas estruturas e alicerces.

Baseado em Jan Gympel (2001) apresenta-se as principais influencias encontradas na arquitetura durante os períodos do Clássico Grego ao Renascimento.

No período Clássico Grego as principais influências eram as crenças religiosas, mitologia e necessidades sociais: templos, teatros e arenas - com utilidade para divertimento dos cidadãos – eram as construções que definem seu estilo e deram origem às edificações romanas, que plagiavam seu requinte.

Logo, o Clássico Romano buscava representar a magnitude do Clássico Grego, porém, com a influencias de sua singularidade bélica e política: estradas, aquedutos e arenas com arcos de volta perfeita foram executados por engenheiros de perícia, ainda hoje admiradas, os despojos artísticos tomados nas batalhas lhe inspirava, mas também lhe dava prestigio político social, e impunha seu poder sobre diversas nações conquistadas.

O período Românico teve, como interferência as necessidades sociais com o objetivo de fortificação e proteção. Para tanto, suas basílicas e mosteiros, eram, também fortificadas contra os ataques de povos bárbaros e este é o motivo de termos tão poucos exemplares deste período.

Com influências religiosas o período Gótico se destacou por suas catedrais inebriadas de misticismo etéreo e tormentoso com vitrais que contavam historias do céu e inferno, torres agulhadas que remetiam aos céus e atravessou o período da Inquisição Protestante.

O período do Renascimento mostrou uma arquitetura influenciada pelo clássico, mesmo com inegáveis influencias de pensamento filosófico e teorias cientificas que despontaram nessa época. Apesar da arquitetura continuar com estreitas relações no que tange a pintura e a escultura. Nesse período o desmembramento da arte e da arquitetura começou a ganhar vida tendo, como principais construções: igrejas, fortalezas com finalidades bélicas e residências. Construídas no perímetro externo das cidades tais como: abóbadas, arcos romanos, frontões, colunas e pilastras. Todos inspirados no período clássico faziam parte de sua arquitetura.

A busca pelo belo sempre foi baseada nas reais necessidades de cada período e suas tendências naturais de acordo com seu momento histórico, seguem suas principais impressões as quais estão detalhadas a seguir.

- Arquitetura Clássica Grega

A arquitetura clássica grega ocupava-se de assuntos religiosos e dos acontecimentos civis mais importantes, elas tinham função pública concernentes às competições usadas tanto de forma política, quanto para divertir os cidadãos da época.

Suas construções, em sua maioria, foram feitas em mármore ou em calcário, também em madeira e telhas usadas na cobertura dos edifícios. Arquitetos, projetistas, pintores, escultores e outros artesãos eram os profissionais envolvidos na execução das obras, até sua finalização.

Os templos são as edificações mais marcantes da arquitetura grega, construídos com o intuito de proteger as esculturas dos deuses referentes às ações do tempo e do clima- por isso, a imponência imposta nessas edificações - embora muitos imaginem que sua finalidade era de reunir em seu interior pessoas para culto religioso, esta não corresponde ao seu real objetivo que era sobretudo, a proteção das esculturas divinizadas.

“...estes quatro caracteres - a unidade, a articulação, o equilíbrio com a natureza, o limite de crescimento – a cidade grega vale doravante como modelo universal; dá a ideia de convivência humana uma fisionomia precisa e duradoura no tempo.”

(Historia da cidade, Leonardo benévolo, 80)

Os gregos sabiam como ninguém valorizar as suas edificações sem deteriorar o ambiente, desfrutando e beneficiando-se da natureza como nenhum outro povo de sua época, inclusive, beneficiavam-se da paisagem natural e a ela se adequavam de forma a harmonizar construção e belezas naturais.

Do ponto de vista arquitetônico, os templos gregos – mesmo com toda sua magnitude – ainda assustam

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