PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO PARA A ÁREA DA SUB-BACIA DO CÓRREGO

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A área selecionada deve ser próximo à fonte geradora, pois o custo com transporte é alto. Esse requisito a região selecionada atende, por outro lado, não é desejável que ela seja muito próxima a centros populacionais porque o tráfego de veículos transportando lixo é um transtorno para os moradores das ruas por onde estes veículos passam, além do aspecto sanitário, do impacto visual, da depreciação imobiliária do entorno e dos odores. Entretanto, a maior ocorrência de ventos é vinda das direções leste e nordeste, sendo contrário à população, o que caracteriza uma condição vantajosa.

1.3 Layout geral do aterro

O aterro será em rampa e será constituído por quatro alteamentos, sendo o preenchimento atrás do dique o primeiro. O dique será formado por solo argiloso, terá inclinação de 1:1 e sua crista será constituída de uma plataforma de 10 m de largura de modo a permitir a passagem de caminhões e maquinários durante a operação e manutenção do aterro. Os alteamentos de resíduos sólidos terão inclinação de 2:1 e suas bermas terão 5 m de largura para servir de via e locação das canaletas da rede de drenagem das águas pluviais.

Para que o aterro sanitário tenha um bom funcionamento serão implantados acessos externos e internos em boas condições, balança rodoviária para garantir no mínimo um controle gravimétrico dos resíduos, pátio impermeabilizado para a estocagem do material, escritório para a equipe operacional, além da portaria.

Para a delimitação do aterro será construída uma cerca com 2 m de altura com moirões de concreto nos quais são passados cinco fios de arame galvanizado, igualmente espaçados, de modo a evitar a entrada de pessoas não autorizadas. Acompanhando a cerca, será implantada uma barreira de árvores, que terá como objetivo reduzir a dispersão de material particulado e impedir a visão da área operacional. A Figura 2 apresenta o layout geral do aterro sanitário da bacia do Córrego Acaba Mundo com as disposições construtivas citadas anteriormente.

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Figura 2: Layout do aterro sanitário

2 PROJETOS

2.1 Projeto geométrico

As plantas de cada alteamento bem como as seções transversais do aterro sanitário se encontram no anexo A.

2.1.1 Definição do Volume do Aterro

- Volume de resíduos:

População: 72 mil habitantes

Vida útil: 20 anos

Produção diária de resíduos: 1Kg/hab

Densidade dos resíduos compactados: 1kN/m³

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Portanto, o volume necessário para atender a produção de resíduos é de 525600 m³.

- Volume da camada de cobertura

Volume de resíduo da célula diária: 72 m³

Por se tratar de um volume diário pequeno, o resíduo será coberto semanalmente.

Volume de resíduo semanal: 504 m³

Geometria da célula semanal:

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Figura 3: Célula semanal

Adotando uma inclinação de 1:3, que otimiza a compactação dos resíduos e considerando uma camada de cobertura de 20 cm, as dimensões da célula semanal serão as representadas na Figura 3. A célula terá 5m de largura.

O volume do solo para cobertura, portanto, será de 24,16 m³. Assim, tem-se que:

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- Volume total necessário

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- Volume projetado:

Preenchimento do dique: 8399,69 m³

1° Alteamento: 62103,37 m³

2° Alteamento: 122841,05 m³

3° Alteamento: 181257,55 m³

4° Alteamento: 224815,60 m³

Volume total: 599417,26 m³

Com o volume projetado, o aterro tem uma vida útil de 21,76 anos.

2.1.1 Análise de estabilidade do aterro

Com o auxílio do software GeoSlope e utilizando o método de Bishop, foi analisada a estabilidade do aterro. Os parâmetros fornecidos pela Equipe Operacional do TIM II foram os seguintes:

- Resíduos:

Peso específico: 13 kN/m³;

Coesão: 14 kN/m²;

Ângulo de Atrito: 26°.

- Solo compactado no dique de partida e camada de impermeabilização

Peso específico: 19 kN/m³;

Peso específico saturado: 21 kN/m³;

Coesão: 17 kN/m²;

Ângulo de Atrito: 31°.

Inicialmente considerou-se o aterro completamente saturado e encontrado fator de segurança igual a 0,937, conforme ilustrado na Figura 4. Isso indica que o aterro não está estável para a situação de total saturação.

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Figura 4: Análise de estabilidade para o aterro completamente saturado

Foram feitas então novas verificações para níveis freáticos mais baixos, até conseguir um valor de FS maior que 1,50, indicando que o aterro está estável. A Figura 5 ilustra o caso com FS igual a 1,520.

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Figura 5: Análise de estabilidade para nível de água rebaixado

Dessa forma, a impermeabilização e os drenos devem garantir que o nível de água dentro do aterro não ultrapasse um nível crítico.