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Reciclagem de RS da Construção Civil

Por:   •  10/9/2018  •  4.395 Palavras (18 Páginas)  •  404 Visualizações

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Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.CONAMA (BRASIL, 2002)

Categoria B-recicláveis para outras destinações.

Ex: aço de construção, alumínio, arame, asfalto a quente, cabo de aço, madeira compensada, madeira, perfis metálicos ou metalon, carpete, PVC, plástico contaminado com argamassa, plástico (conduítes), pregos, resíduos cerâmicos, vidros, etc.

Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento

temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura; CONAMA (BRASIL, 2002)

Categoria C-Resíduos para os quais já existem tecnologias ou aplicações para reciclagem e recuperação desses resíduos.

Ex: gesso , gesso acartonado, manta de lã de vidro ,pecas de nylon, manta asfáltica, etc.

Deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas. CONAMA (BRASIL, 2002)

Categoria D-Resíduos perigosos.

Ex: tintas, solventes, óleos ,amianto, peças em fibrocimento, etc.

Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em

conformidade com as normas técnicas especificas. CONAMA (BRASIL, 2002)

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de janeiro de 2003 estabelece regras para o gerenciamento dos resíduos da construção civil, com o intuito de minimizar os impactos e disciplinar as ações no setor construtivo.

A seguir apresentamos um modelo de classificação e separação de resíduos no canteiro de obra.

- Planejar as ações e os locais onde serão implantadas para que se consiga atingir as metas.

- Mobilizar a equipe de trabalho com palestras, cartazes, e outros meios de mensagem.

- Caracterizar os RCCs produzidos em cada fase da obra.

- Avaliar a viabilidade do uso dos componentes do entulho.

- Desenvolver todo o processo e providências relativas a acordos, contratos, licenças e autorizações que possibilitam a utilização dos resíduos da construção civil.

- Desenvolver a documentação dos procedimentos adotados para separação, acondicionamento, despacho e retirada dos resíduos do local da obra. Providenciar recipientes necessários a coleta e separação adequada dos resíduos. No andar térreo deve-se instalar baias para acumular os resíduos coletados. A Resolução CONAMA275/2001 estabelece as cores usadas para recolhimento de cada tipo de resíduo.

- Estabelecer a logística para retirada dos resíduos separados no canteiro evitando o acúmulo de material.

- Capacitar os funcionários por meio de treinamento, de modo que o processo funcione de maneira correta.

ENTULHO

Entulho é o conjunto de fragmentos ou restos de tijolo, concreto, argamassa, aço, madeira, etc., provenientes do desperdício na construção, reforma e/ou demolição de estruturas, como prédios, residências e pontes.

O entulho de construção compõe-se, portanto, de restos e fragmentos de materiais, enquanto o de demolição é formado apenas por fragmentos, tendo por isso maior potencial qualitativo, comparativamente ao entulho de construção.

O processo de reciclagem do entulho, para a obtenção de agregados, basicamente envolve a seleção dos materiais recicláveis do entulho e a trituração em equipamentos apropriados.

Os resíduos encontrados predominantemente no entulho, que são recicláveis para a produção de agregados, pertencem a dois grupos:

- Grupo I

Materiais compostos de cimento, cal, areia e brita: concretos, argamassa, blocos de concreto.

- Grupo II

- Materiais cerâmicos: telhas, manilhas, tijolos, azulejos.

- Grupo III

Materiais não-recicláveis: solo, gesso, metal, madeira, papel, plástico, matéria orgânica, vidro e isopor. Desses materiais, alguns são passíveis de serem selecionados e encaminhados para outros usos. Assim, embalagens de papel e papelão, madeira e mesmo vidro e metal podem ser recolhidos para reutilização ou reciclagem. Em algumas usinas de reciclagem de entulho, o gesso é enviado a cimenteiras para mistura.

Porém o entulho é mais do que isso: É desenvolvimento sustentável, é oportunidade de trabalho e de negócio, é preservação ambiental, é necessidade.

Por outro lado, é também um dos grandes vilões do ambiente urbano. O entulho acumulado é vetor de doenças como a dengue, febre amarela e chamariz de insetos e roedores.

Descartado indiscriminadamente em rios ,córregos e represas, eleva o seu leito (assoreamento) culminando com enchentes e riscos de desabamento de residências próximas ao rio.

A quantidade de entulho descartada reflete o momento opulento da economia, contudo, sem mecanismos e ferramentas para geri-lo, este resíduo se torna um problema caro para o poder público municipal, responsável pelo serviço de coleta.

Isto é o resultado de uma receita que tem como ingredientes a falta de educação e informação da população para a problemática, a incapacidade do poder público local em fiscalizar e a dificuldade dos órgãos ambientais em ofertar estruturas que recebam resíduos desta natureza. Certamente o entulho hoje merece atenção dos órgãos fiscalizadores, principalmente os municipais.

A reciclagem do entulho, entretanto, poupa nossas florestas, reduzindo a extração de pedras de pedreiras sob arbustos e grandes áreas verdes, poupa nossas águas, evitando que o entulho seja descartado em rios, riachos, represas e mares e ainda gera trabalho e renda.

A introdução deste conceito na construção civil visa reduzir as emissões de gases efeito estufa do setor.

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