A RESPOSTA A RADIOATIVIDADE: O acidente radioativo em “StoryBrooke”
Por: eduardamaia17 • 25/7/2018 • 2.228 Palavras (9 Páginas) • 340 Visualizações
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O presente tópico trará, por meio da ánalise e detalhamento da situação geradora da aprendizagem mencionada anteriormente, alguns passos essenciais na construção de um plano de contingência.
- Tempo Estimado para o Local ser Habitado com Segurança
O acidente radioativo ocorrido na cidade de StoryBrooke causou muitos transtornos. A sequência de explosões químicas lançaram na atmosfera uma grande quantidade de componentes radioativos, sendo o principal, o Urânio -235, elemento que possui meia vida igual a 21. Como todo acidente radioativo, a primeira ação é promover a evacuação da área a fim de proteger a integridade física das pessoas.
Inicialmente foram encontradas cerca de 128 g desse elemento, quantidade suficiente para tornar o local inabitável até que essa quantidade seja reduzida a [pic 5]. Assim, veja que o tempo estimado para que o local possa ser habitado novamente é dado por:
[pic 6]
Onde:
[pic 7]
Logo, substituindo os dados acima na função teremos:
[pic 8]
Portanto o tempo estimado para que o local seja habitado novamente com o mínimo de segurança exigida é de 84 meses, o equivalente a 4 períodos de meia vida, até então, a habitação no local traz sérios riscos a saúde dos seres vivos.
Observe a seguir o gráfico ilustrando o período de decaimento dos elementos radioativos, onde:
- M(t)- quantidade (massa) de material radioativo.
- t- período de meia vida, por exemplo, um período de meia vida equivale a 21 meses, dois períodos de meia vida equivale a 42 meses e assim sucessivamente. Assim veja graficamente que são necessários 4 períodos de meia vida (84 meses), para que o local possa ser habitado novamente.
[pic 9]
- Análise das Responsabilidades da Empresa
Toda atividade humana introduz riscos. Nenhuma forma de geração ativa de energia tem risco nulo. Uma usina nuclear, por exemplo, introduz um risco de acidente radiológico, podendo causar um impacto ambiental por contaminação radioativa devastador caso ocorra algum acidente.
Exatamente para evitar ao máximo as probabilidades de acidentes dentro de uma usina nucler, a engenharia de segurança tem diversos métodos e técnicas para analisar e garantir a segurança de um projeto. E são esses métodos e técnicas que se discorrerá neste capítulo, ressaltando que a análise será feita a partir da situação geradora da aprendizagem disposta nas orientações deste trabalho.
- Conhecendo os Riscos de Testes de Segurança em Reatores
Em se tratando de análises de risco nuclear (ARN), uma empresa deve levar em consideração alguns aspectos essenciais:
- Identificação e agrupamento de eventos potencialmente iniciadores de acidentes e quantificação de suas freqüências;
- Determinação das correspondentes seqüências de eventos que levam a danos no núcleo do reator;
- Identificação das funções de segurança e, através da análise de segurança do acidente, determinação dos seus requisitos mínimos necessários ao controle do acidente;
- Quantificação das probabilidades de falha/sucesso das funções de segurança;
- Determinação das freqüências de ocorrência das seqüências de acidente que levam a danos no núcleo do reator;
- Análise das conseqüências, determinando a extensão dos danos causados aos trabalhadores, comunidade e ambiente expostos aos cenários acidentais. (EIA, Vol. 06).
Diante disso, pode-se concluir que a usina nuclear em StoryBrooke não promoveu uma ARN eficaz, uma vez que, analisando as possíveis causas do acidente encontramos algumas falhas nesse processo, tal como a não investigação e verificação da conformidade do projeto com os requisitos e critérios de segurança do reator, visto que a eficácia das barreiras precisa ser mantida não só durante a operação normal e sob condições anormais, mas também na hipótese de acidentes postulados, de modo que a proteção do meio ambiente e do pessoal de operação esteja assegurada sob todas as circunstâncias. Além disso, podem ter havido irregularidades nos procedimentos por falta de conhecimento do funcionamento dos reatores por parte dos operadores, falta de treinamento de todos os envolvidos, podendo assim evitar um acidente de maiores proporções, tendo em vista que objetivo da engenharia de segurança é fazer com que o risco de um acidente radiológico seja tão baixo quanto razoavelmente alcançável.
- Compromissos éticos, políticos e sociais da empresa
Toda e qualquer empresa possui compromissos externos que necessitam ser cumpridos, no entanto, são poucas as que verdadeiramente cumprem suas obrigações.
Antes de tudo, é necessário garantir a integridade física das pessoas e do meio ambiente. Para isso algumas regras são impostas as usinas. As questões éticas, políticas e sociais são as principais. Para isso são geridas algumas leis e órgãos de fiscalização, mas ainda assim poucas vezes são cumpridas.
No exemplo da situação geradora da aprendizagem, a usina em questão não obedeceu e não demonstrou compromisso com essas questões, uma vez que, possivelmente houveram falhas de operação, ou seja, provavelmente muitas regras foram burladas para que o teste com os reatores ocorressem a qualquer custo.
2.2.3 Estratégias para Minimizar os Impactos Sociais em Caso de Acidente e/ou Honrar os Compromissos Externos da Empresa
Uma usina nuclear precisa considerar três aspectos importantes para assegurar seus compromissos externos: Análise de Risco Convencional (AR), Análise de Segurança (AS) e Análise de Risco Nuclear (ARN).
De forma sucinta e breve, a AR analisa os riscos não nucleares, ou convencionais, da instalação. Enquanto que a AS consiste na simulação numérica da operação da usina, avaliando o seu comportamento frente a um espectro abrangente de eventos acidentais, denominados Acidentes de Base de Projeto (ABPs). É importante destacar que, em uma AS, não se postula a falha total de todos os sistemas de proteção e segurança, mas configurações
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