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RESENHAS CRÍTICAS: PALESTRAS SOBRE ERGONOMIA

Por:   •  21/4/2018  •  2.476 Palavras (10 Páginas)  •  519 Visualizações

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A Ergonomia sempre pensa: trabalho deve se adequar ao trabalhador e não o contrário.

Fatores de risco para DORT:

- Posturas estressantes – demandam grande quantidade de movimento em curto espaço de tempo, ou seja, adequação do trabalhado;

- Força - peso da peça ou o quanto de esforço necessário para manter seus membros;

- Frequência;

- Estresse mecânico;

- Vibração / torque - há uma ISO que regulamenta máxima vibração admissível gerada por um equipamento para ser utilizado como ferramenta;

- Condições ambientais: barulho, iluminação, qualidade do ar e/ou temperatura;

- Fatores sociais, familiares, econômicos, grau de insatisfação no trabalho, depressão, ansiedade, problemas pessoais (não estão mencionados na NR-17).

Os pontos mais relevantes para analise de um posto de trabalho:

- Postura: Consequências da compressão e relaxamento e impacto nos tecidos: posturas estáticas (precisam de muito mais aporte de nutrientes e oxigênio) do que outras posturas (dinâmicas);

- Força: Forças externas - peso do objeto, internas - músculos passivos Forças aplicadas e geradas: Geradas - dependem do grau de contração, quantidade de músculos ativados, motivo de contração e desvios posturais. Aplicadas - inicial e sustentada;

- Frequência.

A posição neutra é a postura de maior relaxamento dos músculos. As cadeiras de salas de aula são projetadas com 90º para impedir a coluna de estar na posição neutra e não causar desvio na atenção. Alavancas - torque aplicado na coluna devido ao peso carregado na mão.

A frequência e repetição podem levar a uma redução progressiva no nível de tolerância do tecido. Refere-se a uma sequência repetida de esforços musculares ou posturas sustentadas ao longo de um determinado.

A palestrante citou um estudo de caso, relatando a situação de uma cortadora de coxa em um frigorífico, com uma jornada de 8 horas diárias a baixas temperaturas. A empresa não acreditava na dor dela, era canhota, sempre relatava, resultando na hipertrofia dos nervos da mão esquerda, impossibilitando-a abrir mais os dedos.

Também se mostrou contrária à prática de ginástica laboral – Foram realizadas 73 pesquisas em 2013, que apontaram o crescimento por procura de ginástica laboral nas empresas. Entretanto, a palestrante rebateu dizendo que não se pode usar os mesmos exercícios em todos, já que cada um tem a sua antropometria, sem ter feito um diagnóstico prévio de cada uma das suas capacidades físicas.

Muitas empresas visualizaram que esse aumento na prática de ginastica laboral sugeriria um aumento na satisfação dos empregados e utilizaram como contra-argumento a uma eventual doença ergonômica o oferecimento de ginástica laboral. A prática adequada é a regularidades nas atividades físicas, alimentação balanceada.

II. PALESTRA 2 – RODRIGO LUZ – 28/09/16

A palestra foi ministrada pelo Engenheiro de Produção Mecânico Rodrigo Luz, atuando hoje como sócio-diretor na ENGEE Consultoria e Projetos LTDA.

Sua formação começou com graduação em Engenharia de Produção Mecânica na UNEB, com especializações em Design de Produtos, Engenharia de Construção e Montagem, MBA em Marketing e Gestão de Serviços, Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial, atualmente doutorando em Modelagem Computacional em Sistemas Cognitivos pelo SENAI/CIMATEC, UFBA e ITA, respectivamente. A abordagem principal foi em Ergonomia do Objeto, com ênfase em Desenvolvimento de Produtos e Usabilidade.

Começa explicando sobre sua primeira graduação em Design de Produtos, quando surgiu algumas indagações sobre os próximos passos do produto sem a percepção do usuário, percepção de como será utilizado o produto pronto. Se indaga sobre a interação do produto no mercado, na linha de produção. Então começou sua segunda graduação. Continuando a ter dúvidas, fez especialização em Design de Produtos, no mestrado propôs uma ferramenta para analise semântica e mercadológica do produto. Se questiona quantos aos aspectos de segurança do produto. Cita Steve Jobs no episódio de criação do iMac, quando requisitou ao diretor de design a não projetá-lo com um parafuso e o diretor acabou fazendo o projeto com apenas um parafuso, ressaltando o impacto do aspecto estético. Fez seleção para o PROIMP para Engenharia de Construção e Montagem em 2012, onde só foi chamado em 2015. Participa de um grupo de pesquisa de Engenharia de Fatores Humanos, com o professor Salvador Ávila.

Começa a discutir sobre a influência da Engenharia de Produção no Design de Produtos. Cita aspectos de marketing em cenários de crise, que podem ser vistas como oportunidades. Trabalhou durante 2 anos com Ergonomia na Transpetro, em tarefas em carregamento e descarregamento. No cenário de crise, como trabalhava com uma terceira da terceirizada da Petrobras, acabou sendo desligado.

Levanta primeiro questionamento: para quem projetamos? Para pessoas alegres e tristes, jovens, com dificuldades físicas ou motoras, adultos, idosos, crianças, animais, pessoas que gostam de animais. Importante entendimento de necessidades especificas, e está muito em função da interação da pessoa com o objeto.

Levanta mais um questionamento: diferença entre necessidade e desejo. De acordo com Mason, o ser humano tem necessidades fisiológicas, segurança, sociais, status e auto realização (pirâmide de Mason). Celular é uma necessidade ou desejo? Na verdade, a necessidade é de comunicação. Retrocedendo no tempo, anteriormente ao celular utilizavam-se outros meios (telégrafos, cartas, código Morse, sinais de fumaça). É um tipo de necessidade social, solucionada através de um produto. A de segurança, por exemplo, surge da vontade de saber onde você está, ser vista por outras pessoas (inspiração para tecnologia GPS em smartphones). Logo, celular é um desejo. Pode-se provocar um desejo ainda maior por um iPhone por conta da necessidade de status por trás da marca e o quão maravilhosa é a experiência de usufruir desta marca.

Quando um produto é projetado, é em função do atendimento a uma das necessidades fundamentais de Mason. A experiência do usuário com o produto é essencial para que o mesmo seja vendável e comprável e que seu público-alvo

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