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Proposta de implantação do Programa 5S na área fria de uma vidraria

Por:   •  16/2/2018  •  3.941 Palavras (16 Páginas)  •  388 Visualizações

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O primeiro passo em direção à autonomação ou automação com toque humano foi iniciada devido à invenção de Sakichi Toyoda com o tear que parava a produção assim que identificava alguma anormalidade (SHINGO, 1996).

A autonomação, também conhecida como Jidoka, está, diretamente, associada à manutenção das máquinas. A automação com um toque humano, seguindo a busca pela eliminação dos desperdícios, funciona como uma ferramenta cujo objetivo é evitar ou minimizar a produção de itens defeituoso (SANDROCAN, 2015).

Ohno (1997), afirma que as máquinas existentes na Toyota possuem dispositivos que detectam defeitos e oferecem mais segurança e qualidade ao produto. Este sistema aplicado nos maquinários é conhecido como Poka Yoke, que significa “à prova de erros”, e funciona como um ferramental nos processos industriais que conta com diferentes aplicações e vantagens, porém, sempre voltados à ideia de prevenção de erros e, por consequência, a diminuição dos custos em uma linha de produção.

3.3 Just-in-time (JIT)

O Just-in-Time, JIT como é conhecido, teve seu surgimento no Japão, em meados da década de 70, sendo o centro de sua criação e desenvolvimento a Toyota. Essa por sua vez buscava um sistema de administração da produção que tivesse a capacidade de coordenar a produção de acordo com a demanda de diferentes modelos e cores de veículos e sem atraso (GIANESI E CORRÊA, 1993).

Em japonês, as palavras para Just-in-Time significa “no momento certo”. In time, em inglês, significa “a tempo”, ou seja, “não exatamente no momento estabelecido, mas um pouco antes, com uma certa folga”, mas para transmitir a ideia de “momento exato”, Just-on-Time, é, ainda, utilizada para produção zero estoque ou sem estoque. Porém, qualquer que seja a diferença entre os dois significados a meta do STP é clara: efetuar as entregas no momento correto, com o objetivo de eliminar o estoque (SHINGO, 1996).

No entanto, o termo JIT, conforme Shingo (1996), sugere não apenas se concentrar apenas no tempo de entrega, pois isso poderia estimular a superprodução adiantada e com isso resultar em esperas inúteis. O JIT vai além, por se tratar não somente de uma técnica de administração da produção, mas de uma completa “filosofia” de trabalho. Essa filosofia inclui aspectos ligados à administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto de produto, organização do trabalho e gestão de pessoas (GIANESI E CORRÊA, 1993).

Para Gianesi e Corrêa (1993) o objetivo fundamental do sistema JIT é a redução dos estoques, de modo que os problemas se destaquem e possam ser eliminados por meio de esforços concentrados e priorizados, assim obtendo a melhoria contínua do processo produtivo.

O sistema de fazer uma produção “puxada” a partir da demanda, produzindo em cada etapa somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento que for necessário, ficou conhecido no Ocidente como sistema Kanban. Que são representados com cartões que fornecem informações sobre a ordem de produção.

3.4 Kanban

O controle Kanban, de acordo com Slack (2002), é uma técnica de operacionalizar o sistema de planejamento e controle puxado, utilizando cartões com informações dos materiais para realizar as operações de movimentação e abastecimento. Torna, em sua forma mais simples, o gatilho pelo qual um estágio cliente sinaliza a um estágio fornecedor a necessidade de mais material a ser enviado. O próprio termo Kanban, de origem japonesa, na tradução para o português, significa cartão ou sinal.

O Kanban é uma ferramenta de controle do fluxo de materiais no chão de fábrica. É um sinal visual que informa ao trabalhador o que, quanto e quando produzir. Sempre puxando a produção de trás para frente. Os sinais visuais podem variar, desde a sua forma mais clássica que é um cartão, até uma forma mais evoluída como o Kanban eletrônico. O fundamental é que a informação seja transmitida de forma simples e visual e que suas regras sejam sempre respeitadas (TAKTTIME, 2015).

O Kanban foi criado na Toyota no final dos anos 40 por Taiichi Ohno, para tornar mínimo o custo com o material em processamento e diminuir os estoques entre os processos. As funções do Kanban são (OHNO, 1997):

∙ Fornecer informação sobre pegar ou transportar; ∙ Fornecer informação sobre a produção; ∙ Prevenir a superprodução e transporte excessivo; ∙ Servir como uma ordem de fabricação afixada às mercadorias; ∙ Evitar produtos imperfeitos pela identificação do processo que os produz; ∙ Revelar os problemas existentes e manter o controle dos estoques.

Antes de começar a produção os operários vão até o final de cada processo buscar quais itens serão necessários produzir naquele momento conforme a demanda fornecida, evitando com isso a superprodução que leva aos altos níveis de estoques existentes na empresa (PACE, 2003).

Pace (2003), considera outros tipos de Kanban:

▪ Kanban de produção: Delineia a quantidade e o tipo de produto que a fábrica deve gerar. Sua circulação restringe-se aos limites do fábrica.

▪ Kanban de movimentação: Usado para informar o tipo e a quantidade de produto que o centro consumidor deve retirar da fábrica. Funciona como uma requisição de material.

▪ Kanban de aquisição: Tem como base a mesma função do Kanban de movimentação, porém se dá entre o consumidor final e o armazém de produto acabado.

3.5 Kaizen

A metodologia Kaizen foi desenvolvida e aplicada por Taichi Ohno e ficou mundialmente conhecida e respeitada devido a sua intensa aplicação pelo Sistema Toyota de Produção, que se fundamentava em esforços contínuos para melhoria do sistema (TBM CONSULTING, 2000).

Para Imai (1994), “Kaizen significa pequenos melhoramentos, como resultado dos esforços contínuos e não melhoramentos drásticos resultantes de grandes investimentos, os quais caracterizam a inovação” (IMAI, 1994).

Como uma filosofia gerencial o Kaizen pode ser aplicado em partes especificadas da organização. Assim, pode ter:

▪ Kaizen de projeto: desenvolver novos conceitos para novos produtos;

▪ Kaizen de planejamento: desenvolver um sistema de planejamento, que para a produção, para finanças ou marketing;

▪ Kaizen de produção: desenvolver

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