Processo de Produção de uma Lata de Alumínio
Por: Salezio.Francisco • 12/2/2018 • 1.619 Palavras (7 Páginas) • 336 Visualizações
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4.2 Obtenção da Alumina – Para separar a alumina da bauxita é utilizado uma solução aquecida de soda cáustica (hidróxido de sódio) e de cal (óxido de cálcio), essa mistura é bombeada para o interior de recipientes de alta pressão e aquecida, a soda cáustica dissolve a alumina, que se precipita da solução saturada. O material precipitado é filtrado e lavado, para remover e recuperar a solução cáustica. Todo o restante é eliminado por filtragem e a alumina é seca até atingir a forma de pó branco (HYDRO, 2016).
4.3 Obtenção do Alumínio – A alumina é misturada com fluoretos e essa mistura é submetida à eletrólise ígnea em fornos eletrolíticos. A passagem de corrente elétrica faz com que o alumínio se separe da solução e o oxigênio seja liberado. Assim, o alumínio puro líquido se deposita no fundo do forno e depois é aspirado através de sifões, após todo esse processo o alumínio recebe a forma na qual ele será comercializado (HYDRO, 2016).
4.4 Prensagem e estampagem – Nesta etapa o alumínio já laminado e em bobinas entra em uma prensa de estampagem onde ele e cortado em discos que por sua vez são transformados em copos. Esses copos são levados para outra prensa onde passam por um processo chamado extrusão por impacto e adquirem a forma da lata como a conhecemos (LATAPACK-BALL, 2016). [pic 40] [pic 41]
4.5 Desbaste – Em uma máquina chamada Bodymaker é realizado o processo de usinagem para o acabamento das peças. Este processo consiste em cortar um pedaço do material com o fim de eliminar as rebarbas e imperfeições na parte superior da peça, deixando todas as peças com a mesma altura (GUIA DA EMBALAGEM, 2016).
4.6 Lavagem – As peças seguem para uma máquina que lava a parte exterior da lata a fim de preparar as peças para a etapa pintura. Existem Seis estágios para a perfeita lavagem destas, sendo as duas primeiras etapas a peça é submetida a uma atmosfera com ácidos e as quatro posteriores com água ionizada com temperatura cerca de 40°C (CROWN, 2016).
4.7 Flexografia – É um processo de impressão gráfica em relevo, com clichês plásticos e tintas fluidas de secagem rápida, esse trabalho é realizado por uma máquina chamada Decoradora que é capaz de fazer a arte em até 8 cores diferentes com uma capacidade de 1800 latas por minuto. As latas seguem então a um forno para realizar a cura da tinta (CROWN, 2016). [pic 42]
4.8 Aplicação do spray – O próximo passo é o revestimento interno. As latas recebem uma camada de verniz interno de forma a evitar o contato do produto envasado diretamente com o alumínio. Após esta aplicação, as latas passam pelo forno de secagem novamente (LATAPACK-BALL, 2016).
4.9 Formação do “pescoço” – Neste processo é feito a moldagem do pescoço (necking) e do perfil da borda da lata para o encaixe da tampa. O necking consiste em causar deformações na parte superior da peça fazendo com que a peça aparente ter uma espécie de pescoço, esta etapa além de economizar matéria-prima faz com que a lata apresente um formato mais atrativo ao cliente (ABRALATAS, 2016).
4.10 Formação do flange – No intuito de obter uma perfeita vedação com o acoplamento da tampa, uma ferramenta implanta uma espécie de borda na peça, com isso a lata está pronta para receber a tampa, porém, essa operação só será realizada na fábrica de bebidas após o envase do líquido (LATAPACK-BALL, 2016).
4.11 Inspeção – Após a formação do flange todas as latas são submetidas a um rigoroso sistema de inspeção, permitindo detectar os mais variados tipos de defeito, como resíduos de tinta, verniz ou furos e trincas que podem causar vazamentos, onde latas que não atenderem os requisitos necessários são encaminhadas a reciclagem (CROWN, 2016).
4.12 Tampa – As tampas são vendidas separadamente para as empresas que compram a latinha. E depois que são envazadas a própria empresa fica responsável por fechá-la. Por um processo de pressão. O material é feito de ligas de alumínio que são constituídas por pequenas porcentagens de cobre, silício, magnésio e zinco. E ao contrário do que muita gente pensa não tem valor comercial quando vendido separado da lata (RECICLAGEM, 2016). [pic 43]
5. CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos o tema: “Processo de Fabricação da lata de alumínio”, onde mostramos desde a concepção do processo, onde se tinha a necessidade de guardar determinados produtos e evitar estragos, conservando assim o mesmo. Mostramos também porque o alumínio é o melhor material para ser utilizado neste caso devido as suas características de acondicionar qualquer produto sem causar alterações, peso menor que outros metais, refrigeração rápida, entre outros. Aprendemos cada processo de fabricação, a extração da bauxita como matéria-prima para obter o alumínio, seu armazenamento em grandes bobinas que pesam cerca de treze toneladas de chapa de alumínio, a estampagem que viram pequenos copos, a extrusão por impacto onde adquirem a forma de lata como conhecemos, enfim aprendemos cada etapa até chegar a lata que compramos (FABRICAÇÃO... 2014).
Esclarecemos cada etapa da fabricação mostrando cada detalhe.
Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, nos permitiu observar detalhes que passam despercebidos no dia-a-dia, como uma simples lata de alumínio, mas que por trás delas existem vários processos e pessoas e não é tão simples assim geralmente levando uma hora para ser realizado.
A importância da engenharia neste processo é muito grande, pois ela já começa desde a extração da matéria-prima até a lata propriamente dita. Para o design da lata a engenharia também foi utilizada como principal ferramenta para garantir; por exemplo, que o fundo da lata e sua parte superior fossem resistentes o suficiente para aguentar altas cargas por causa da necessidade de estoque e que o corpo da lata fosse frágil para amassarmos com a mão. Cada máquina, cada processo, tudo a engenharia esteve presente. Até mesmo como uma empresa é organizada (layout), é o engenheiro que estuda para saber qual a melhor distribuição dos equipamentos e funcionários.
6. BIBLIOGRAFIA
ABRALATAS. A História de Sucesso da Lata de Alumínio no Brasil e no Mundo. 2016. Disponível em: . Acesso em: 17 mar. 2016.
CARDOSO, Mayara. Bauxita. 2016. Disponível em: . Acesso em: 14 mar. 2016.
CECOM. O alumínio conserva melhor. Disponível em: . Acesso
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