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Laudo Estrutural Ponte Pedestres Imbé -Tramandai

Por:   •  18/1/2018  •  1.418 Palavras (6 Páginas)  •  552 Visualizações

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II -​DESCRIÇÃO GERAL DO ESTADO DA ESTRUTURA

Hoje, a estrutura apresenta-se na seguinte situação:

➢ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS IMPORTANTES

Todas as partes que compõem a estrutura apresentam manifestações patológicas externas, lesões, em sua maioria provocadas por corrosão das armaduras e, em menor quantidade, por perda da resistência à flexão, que são problemas cujas correções tem os custos mais significativos dentre as manifestações patológicas conhecidas.

➢ LARGURA ÚTIL INSUFICIENTE

Os últimos reparos e reforços promovidos na estrutura mantiveram durante certo tempo a estabilidade estrutural, porém, comprometeram de forma muito significativa a funcionalidade, no que se refere ao espaço para o trânsito e para a pesca. Houve uma redução na largura útil, em dez vãos da ponte, de 1,50 m para 1,10 m, aproximadamente 27%, o que impede a pesca naqueles trechos, pois é constante a passagem de pedestres e o espaço resultante não permite as duas atividades simultaneamente.

➢ SOBRECARGA EM PILARES E FUNDAÇÕES

As estruturas acrescentadas, o acréscimo de dimensões às estruturas originais e modificações quando da execução de reforços, elevaram o peso próprio da ponte, aumentaram a carga sobre vigas, pilares e fundação, o que impede que novos acréscimos de carga permanente sejam feitos e compromete o limite dimensionado para a sobrecarga eventual (pessoas), reduzindo-o de forma importante.

➢ AUSÊNCIA E INSTABILIDADE DOS GUARDA-CORPOS

Outro aspecto que impede a pesca na ponte e que atualmente ocasionou sua interdição por falta de segurança é que os guarda-corpos não existem (caíram) em certos vãos, estão muito danificados e instáveis em outros. A atividade de pesca imprime forte carga horizontal sobre o guarda-corpo, efetuada pelos pescadores ao se apoiarem na referida estrutura.

➢ ASPECTO RUIM

Deve-se também considerar o péssimo aspecto que a ponte apresenta.

III -​DESCRIÇÃO DETALHADA DOS SINTOMAS PATOLÓGICOS

➢ Manifestações patológicas importantes

A Ponte de Pedestres, sobre o Rio Tramandaí, interligando os municípios balneários de Imbé e Tramandaí, objeto deste Laudo Técnico, apresenta DETERIORAÇÃO GENERALIZADA, que se manifesta:

a) pela corrosão em grau acentuado das armaduras de todas as estruturas - guarda-corpos, vigas longitudinais, transversais, lajes e pilares, com exceção das duas vigas longitudinais construídas para reforço; causas mais prováveis: meio muito agressivo, cobrimento insuficiente, pouca manutenção.

b) guarda-corpos ausentes e deteriorados: estão faltando por completo em dois vãos; falta a parte central em seis vãos, inclusive na subida da escada; com exceção dos dez vãos onde foram feitas as vigas longitudinais de reforço, todos os demais apresentam guarda-corpos quebrados e degradados, provavelmente pela ação do meio agressivo.

c) juntas de movimentação degradadas: algumas juntas estão impedidas de movimentar face aos reparos e reforços aplicados;

d) deterioração de apoios: todos os apoios apresentam-se deteriorados pela ação do ambiente agressivo (presença de cloretos das águas marinhas).

e) deformação excessiva de laje e vigas: o sexto e o sétimo vãos, a partir do lado de Imbé, não receberam a viga de reforço como os vãos anteriores, provavelmente para permitir a pesca, pelo menos nesse vãos, mais próximos ao canal, pois nos demais tal atividade, como já referido, é impraticável. Por isso, em virtude das vigas longitudinais, originais, estarem muito fissuradas e com as armaduras corroídas, tiveram sua resistência à flexão reduzida, originando deformação ( flecha ) excessiva no centro dos vãos, chegando até 6 cm. Estes vãos são os mais críticos, apresentando risco iminente de colapso.

f) estreitamento da seção de pilares e redução da seção útil da armadura: todos os pilares, inclusive a parte submersa, apresentam forte corrosão em suas armaduras longitudinais e transversais e a seção de concreto também reduzida pela deterioração. Devido ao aumento da carga permanente, imposto pelo acréscimo de estruturas e aumento de dimensões de vigas e lajes e devido à anulação de juntas de movimentação, foram aumentadas as solicitações sobre os pilares, o que implica em risco de colapso por esmagamento por compressão ou flambagem das armaduras dos mesmos.

IV -​CONCLUSÃO:

Após levantamento dos sintomas, determinação dos mecanismos de formação, origem e causa, prognóstico das conseqüências dos problemas, conclui-se este trabalho sugerindo a demolição e construção de uma nova ponte, com arquitetura mais adequada às finalidades que tal obra deve cumprir.

Justifica-se tal sugestão:

• pelo elevado custo previsto para reparação dos problemas, visto o estado em que se encontram, pois seria necessário incluir nestes reparos serviços complexos e de alto custo

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