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MANUFACTURING EXECUTION SYSTEM

Por:   •  19/1/2018  •  4.315 Palavras (18 Páginas)  •  428 Visualizações

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O MES é um sistema que permite a comunicação eficiente entre produção, contabilidade, controle da produção, compras, qualidade, engenharia de manufatura, pesquisa e desenvolvimento, testes, entre outros. O MES é implementado entre o sistema de negócio da companhia, geralmente ERP, e os sistemas de chão de fábrica que estão operando em tempo real. As funcionalidades do MES servem como depósito central para a distribuição e coleta de todos os outros sistemas da organização.

Para realização deste trabalho serão utilizados os métodos de pesquisa bibliográfica para revisão literária abrangendo o tema sistema MES em indústrias e outros assuntos correlatos em vários suportes especializados tais como, livros, artigos científicos, sítios de internet, entre outros.

3. Contexto

O termo MES foi inicialmente utilizado 1990, e na sua proposição estabelecia que toda a empresa, independente do seu tamanho, do tipo de operação, complexidade e tipo de produto obteria benefícios com a implantação de Sistemas de Manufatura integrados (MESA, 1997). O MES tem sua existência relacionada com a função de viabilizar informações para a otimização da produção desde a consolidação do pedido (ordem de fabricação) até a entrega de produtos finais.

Utilizando dados em tempo reais e precisos, o MES trabalha como um auditor do processo produtivo. O MES organiza informações de modo a oferecer uma poderosa ferramenta de visibilidade para os níveis de decisão de uma organização.

Já pensando além das fronteiras das empresas, num ambiente de cadeia de suprimentos integrada, o MES tem um papel fundamental, pois funciona como mais um canal que agiliza a troca de informação entre ambientes (produção e gestão).

Para que se possa melhor compreender o conceito de MES e suas definições, é preciso entender a evolução do conceito e, sobretudo, da tecnologia. Os sistemas de automação e os sistemas de gestão foram concebidos de modo a atender necessidades específicas, sendo que a integração dos dois ambientes (gestão com chão de fábrica) não representava necessariamente um objetivo.

O CIM (Computer Integraded Manufactory) representa a integração das tecnologias computacionais de apoio à manufatura dentro de uma filosofia unificada que objetiva a otimização do negócio da empresa como um todo. Essa integração é muito mais lógica do que física e se viabiliza através de recursos de informação.

Assim, são partes fundamentais do CIM:

- Sistema de automação e controle de processos produtivos;

- Sistema de informações, que agilize o processo de tomada de decisão nos diversos setores da empresa.

Numa análise bastante interessante proposta por Rolt (1995), a operação de manufatura pode ser tratada como duas plantas. Uma delas produz produtos físicos e a outra processa informações. A saída para harmonizar o fluxo de produtos é a informação das operações. Exemplos de informação incluem relatórios de realização, análise de certificado, scheduling, mensagens, registros de operações, processamento de dados etc. Tipicamente a produção é um grupo de procedimentos e processos que operam de acordo com informações históricas.

Pessoas traduzem, coletam, resumem e passam informações e dados de departamento em departamento e de processo em processo. Velocidade é fator muito importante no mercado atual. O tempo gasto na coleta de dados, na organização, na sumarização e análise dos resultados, afeta a velocidade da decisão. A otimização da velocidade, na qual os processos físicos ocorrem, assim como na velocidade do processo de informação deveriam ser igualmente priorizados.

Talvez o maior desafio para o planejamento da produção seja o de programar o chão-de-fábrica de maneira coerente para os cumprimentos dos Planos Mestres de Produção sem atrasos, de reagir a mudanças de necessidades de clientes em curto prazo e de diminuir os tempos de ciclo de produção, identificando e gerenciando os gargalos da produção. Para superar este desafio, a lacuna entre o planejamento e o controle da produção deve ser preenchida com funcionalidades voltadas à execução.

O ERP, sem dúvida, trouxe benefícios operacionais, quer pela padronização dos processos de negócio, quer pela integração das informações ao longo dos processos. Entretanto no que se refere à manufatura, e principalmente integração com o chão-de-fábrica há uma lacuna a ser preenchida. Os sistemas de planejamento apresentam um ciclo de atualização muito grande (diário), ao passo que os sistemas de chão-de-fábrica, representados pela automação e controle operam em tempo real. O MES é inserido neste contexto, com o objetivo de processar os dados provenientes do planejamento (ERP) e coordenar as ações de controle (chão-de- fábrica), de modo a garantir a fabricação do produto.

O MES basicamente é composto por um conjunto de softwares e serviços dedicados a controlar as operações de chão-de-fábrica, de modo a integrá-las a todas as outras operações de manufatura existentes.

4. O Manufacturing Execution System (MES) – definições e funções

Para que possa entender melhor o papel e abrangência do MES, cabe uma divisão em níveis, no qual o MES é classificado como um sistema de nível 3.

De acordo com a norma ANSI/ISA S-95.00 Enterprise/Control System Integration (redigida para estabelecer os padrões de integração de sistemas MES), existem quatro níveis de funções que definem o escopo de responsabilidade para as operações de manufatura, como mostrado na figura abaixo:

[pic 1]

Segmentação em níveis proposta pela ISA (ISA 2006)

Ainda numa nomenclatura um pouco mais comercial, mas que respeita as divisões de escopo, o MES pode ser considerando um sistema de nível 2.

Os sistemas da execução da manufatura (MES) fornecem a informação que permite a otimização das atividades da produção, desde lançamento da ordem de produção até a entrega do produto final. Usando dados atuais e precisos, MES se apresenta como uma ferramenta de visibilidade em tempo real. Ou seja, através do

MES é possível analisar as informações da planta à medida que elas são geradas.

Segundo a definição da Manufacturing Execution System Association

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