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Estudo de caso em Engenharia

Por:   •  18/1/2018  •  1.646 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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Um mangue localizado próximo as instalações e que recebia impacto direto dos rejeitos, tornou-se uma barreira natural e bactérias presentes extraiam oxigênio dos sulfatos de zinco e cádmio os transformando em sulfeto, que era possui uma solubilidade menor, com esse processo evitava-se que os metais chegassem ao mar. Porém mesmo com a ação da própria natureza, encontrava-se altos níveis de metais pesados na baía, que se depositavam no fundo da mesma e entravam na cadeia alimentar através de peixes. Vale ressaltar que a Baía de Sepetiba era local de pesca artesanal, e que apesar de a quantidade de metais analisados nos tecidos dos peixes serem aceitáveis ao consumo humano, a quantidade de espécies com o tempo diminuiu, devido ao impacto no mangue.

O caso acabou por unir o Poder Público, sociedade civil e os governos em nível municipal, estadual e federal para se buscar uma solução para o problema que se tornava um entrave para o desenvolvimento econômico da região.

ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo esta localizada no município de Itaguaí no estado do rio de janeiro como apresentado na figura:

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[pic 6]

[pic 7][pic 8]

RELATO DA SITUAÇÃO

Neste contexto, está a Companhia Mercantil e Industrial Ingá, indústria de zinco, atualmente desativada (RIBEIRO, 2006), que está situada a 85 km do Rio de Janeiro, na ilha da Madeira, em Itaguaí, município com 275,867 km² e 109.091 habitantes (IBGE, 2010).

As instalações da empresa são consideradas a maior área de contaminação por lixo tóxico do Brasil (MAGALHÃES, et al., 2000 apud PINTO, 2005) e representam um dos maiores passivos ambientais do Estado do Rio de Janeiro (MAGALHÃES, et al., 2000 apud PINTO, 2005; BRASIL MINERAL, 2008).

As consequências da contaminação da baía de Sepetiba pelas atividades da Companhia Mercantil Industrial Ingá tiveram impacto direto na vida da população local, que, temerosa, não vê o estabelecimento de novos empreendimentos na região como fator de melhoria de suas condições de vida, a não ser que haja uma eficiente fiscalização (LINDOLFO, 2011).

Em 1998, foi decretada a falência da indústria, que deixou um passivo ambiental avaliado, à época, em R$ 20 milhões (PINTO, 2005). Em 2002, fortes chuvas causaram o transbordamento de lixo químico do dique da companhia em direção à baía de Sepetiba. Uma vistoria, realizada por técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), representantes do Ministério Público Estadual e dirigentes da Assembléia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente (Apedema), detectaram que o lençol freático e poços artesianos da região estavam contaminados (VIÉGAS, 2006). Em 2003, o dique rompeu-se novamente, e a água e lama tóxicas escoaram para os manguezais da baía, repetindo o desastre ecológico de 1996. Cerca de 6.000 m² do mangue foram atingidos. Em alguns pontos, a vegetação ficou soterrada (VIÉGAS, 2006

Em 2003, devido ao colapso das condições de segurança do dique da Companhia Ingá Mercantil (VIÉGAS, 2006), e ao fato de nada ter sido feito para solucionar os problemas que ocorriam desde 1997 (PORTAL ECODEBATE, 2009), o Ministério Público Federal determinou que o Estado do Rio de Janeiro assumisse o compromisso de realizar obras que impedissem o rompimento da estrutura de contenção da empresa (LOPES, 2004 apud LINDOLFO, 2011). A Secretaria de Estado do Meio Ambiente autorizou, então, recursos para o início dos trabalhos, que foram coordenados pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) (VIÉGAS, 2006).

“Em janeiro 2005, os ex-diretores da empresa foram condenados por crime ambiental, pela poluição da baía de Sepetiba” (VIÉGAS, 2006, p. 4) e, em 2007, o governo do estado juntamente com o então administrador e representante da massa falida iniciaram a descontaminação do terreno da Companhia Mercantil e Industrial Ingá (PORTAL ECODEBATE, 2009). Em junho de 2008, o terreno da companhia foi arrematado, em leilão, pela Usiminas, (PORTAL ECODEBATE, 2009) que, em 2009, reiniciou o processo de descontaminação em parceria com o governo do Estado do Rio de Janeiro (AGÊNCIA RIO DE NOTÍCIAS, 2009). No período de maio de 2011 até novembro de 2012, a empresa pretendia investir R$ 92 milhões na recuperação ambiental do terreno. O projeto previa, além do encapsulamento, o tratamento e a renovação da água subterrânea, que também está contaminada. A Usiminas estima que, para total eliminação dos produtos tóxicos, a água terá que ser bombeada por aproximadamente 20 anos (GONÇALVES, 2011)[pic 9]

A iniciativa de recuperação ambiental compreende, dentre outras ações, a instalação de uma barreira hidráulica para contenção do fluxo do lençol freático; o tratamento dos efluentes líquidos retirados; a implantação de um sistema de monitoramento da área; e o acondicionamento seguro da água contaminada do reservatório da Companhia Mercantil e Industrial Ingá (PORTAL ECODEBATE, 2009).

No terreno arrematado, a Usiminas pretende construir um porto para escoamento do minério de ferro (ALECRIM, 2010). Enquanto não conclui a iniciativa, a empresa firmou contrato de operação portuária que permitirá o escoamento do minério pelo porto Sudeste - da LLX, empresa logística do Grupo EBX. O acordo prevê o embarque de 3 milhões de toneladas no primeiro ano, chegando até 12 milhões de toneladas anuais em 2016 (VALOR ONLINE, 2011).

CONCLUSÃO

Contudo, concluímos que estes processos de irresponsabilidades ambientais podem causar prejuízos e preocupações eternas à população.

Com um trabalho em conjunto e um bom projeto, como já está sendo realizado, pode-se recuperar boa parte do que foi destruído, porém esses tipos de desastres precisam ser de preocupação prioritária e grande prevenção em nosso País.

Porque hoje ainda sofremos com impactos ambientais causados á séculos atrás, se providencias não forem tomadas, as futuras gerações sofrerão ainda mais com desastres ambientais provocados pelo ser humano.

REFERÊNCIAS:

Barragens

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