AVALIAÇÃO DA DISPOSIÇÃO DE FOSSAS EM RELAÇÃO AOS POÇOS DOMICILIARES NO BAIRRO MARIA MAGDALENA, ITAITUBA/PA.
Por: Ednelso245 • 29/1/2018 • 1.597 Palavras (7 Páginas) • 425 Visualizações
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GRÁFICO 1. Tipos de Fossa encontrados no Bairro Maria Magdalena
Fonte: Dados da pesquisa, 2012.
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[pic 6]
GRÁFICO 2. Distância entre as Fossas e os Poços no Bairro Maria Magdalena.
Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.
Visto que as fossa do Bairro Maria Magdalena, em sua grande maioria, são de fossas negras, fossas essas que não são aconselháveis por se tratar de um meio de disposição de dejetos não seguros. Onde, a fossa negra é praticamente um buraco no chão onde os dejetos são descartados in natura, sem qualquer tratamento, podendo causar prejuízos ao meio ambiente, como a poluição do solo, olfativa ou do lençol freático.[pic 7][pic 8][pic 9]
A
B
C
Figuras 1. A: Poço Amazonas; B: Privada na área externa da casa; e C: Fossa Negra.
Fonte: DINIZ, 2012.
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Vale salientar que em todas as residências analisadas o meio de disposição final de dejetos é a fossa, pois o bairro não dispõe de esgotamento sanitário, o que pode contribuir para a contaminação. Segundo Camargo (2009), a pouca distância entre fossas e poços pode ser considerada um dos grandes causadores do alto índice de contaminação, indicando que o lençol freático pode estar contaminado. Uma preocupação deve ser tomada em relação ao poço (FIGURA 1), que nesse caso não foi bem vedado, assim permitindo a entrada de animais e insetos. Devem-se levar em consideração as condições higiene no local, temos a figura 2 e figura 3 de uma fossa onde não apresenta nenhum tipo de higienização e nem tampa para que diminuísse o forte odor. Esse meio de eliminação de resíduos deve ser mantido a uma distância de 15 m do poço, porém, como se pode observar esse espaçamento não foi respeitado, pois além da falta de instrução dos moradores, deve-se considerar também que no Maria Magdalena a maioria dos terrenos apresentam medidas reduzidas, geralmente com 10 m de frente por 20m de cada lateral.
Quando em relação ao desgaste (GRÁFICO 3), percebemos que houve pouca preocupação em relação ao descarte de esgotos, pois apenas 16% são lançados em um sumidouro, assim amenizando o impacto no solo, por agir como um filtro dos dejetos gerados.[pic 10]
GRÁFICO 3. Formas de descarte de esgoto no Bairro Maria Magdalena.
Fonte: Dados da pesquisa, 2012.
A pesquisa apontou que captação de agua é de forma inadequada, sendo que em termos quantitativos temos (GRÁFICO 4): poços artesianos, com 1%; poços amazonas, com 82%, segundo relatos da população, é uma água de boa qualidade; rede de distribuição (0%), a Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA) já possui projeto de extensão de rede e o bairro também será introduzido; há também os que buscam outros meios de abastecimentos (1%), sendo esse buscando agua em locais alternativos que distribuem água, como posto de combustível e vizinho, que é aparentemente potável; e, os que não tem nenhum tipo de poço (16%), (GRÁFICO 4).
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[pic 11]
GRAFICO 4. Disponibilidade de captação de água no bairro Maria Magdalena.
Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.
Após a verificação dos dados obtidos foi realizado a tabulação de dados, obtendo assim a distância média de 12,77m, e, segundo a norma da ABNT NBR-7229/1993 regulamenta que a distância mínima é de 15m. Ou seja, o Bairro Maria Magdalena está fora da media regulamentar.
Uma fossa construída segundo as normas sanitárias é uma solução adequada para o destino dos dejetos, uma vez que a disposição de excretas a céu aberto é um fator de risco para a poluição dos cursos d’água e um perigo para se contrair helmintoses intestinais. Tendo como exemplo um projeto de privada convencional com fossa seca e privada com fossa seca ventilada, FUNASA, 2006(FIGURA 4).
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[pic 12]
FIGURA 2. Projeto recomendado pela FUNASA, respectivamente privada convencional com fossa seca e privada com fossa seca ventilada.
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CONCLUSÕES
A presença de água em abundancia em nossa região aumenta a produção de esgotos. Nessas condições os esgotos produzidos necessitam de uma mais adequada destinação. Sabendo-se que de 166 residências entrevistadas, somando fossa, fossa negra e a céu aberto temos 81% dos dejetos descartados sem algum tipo de tratamento no solo, mesmo que a grande maioria das residências apresentam a distancia aceitável, porém a média de distância entre fossa e poço, de 12,77m, gera um grande potencial poluidor do solo e possivelmente do lençol freático. Então, considerando a possibilidade dessa população estar consumindo água contaminada.
Com o relato dos moradores afirmando possuir uma água de boa qualidade e, em alguns casos, os mesmos realizando algum tipo de tratamento caseiro, como ferver, filtrar ou clorar, apenas uma análise laboratorial iria confirmar de forma definitiva a as condições potáveis ou não da agua.
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Mairo Fabio.; PALOUSSO, Luciangela Vieira. Avaliação qualitativa da contaminação microbiológica das águas de poços no município de Carlinda – MT.
FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE. FUNASA: Manual de saneamento. 3. ed. rev. - Brasília: Funasa, 2006.
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