O Manejo de enxurrada em sistema plantio direto

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e calagem

Amostragem de solo

Para se fazer uma análise de solo eficiente é preciso se ter conhecimento de como é feito a extração de amostras representativas de solo, deve se levar em conta a topografia do terreno, histórico de cultivo, profundidade( o tipo de sistema de plantio adotado será determinante para definir a profundidade das amostras). A coleta do solo pode ser feita com uma pá ou com variados tipos de trado.

Calagem

A aplicação de materiais corretivos no solo para a correção da acidez é de grande importância para a implantação da cultura da soja, além de promover a neutralização da acidez, promove a melhoria do ambiente radicular e inibe os efeitos tóxicos do manganês e alumínio, ajuda na fixação de nitrogênio promovida pela simbiose risóbio-planta. A quantidade de corretivo indicada e seu modo de aplicação variam em função do sistema de manejo do solo, a dose que será usada é determinada pelo índice SMP. O pH em água recomendado para a cultura da soja é de 5,5 e 6,0.

Cálculo da quantidade de corretivo a aplicar

A quantidade de corretivo a ser aplicado deve ser calculada para que se tenha o pH adequado para a cultura da soja. A escolha do tipo de calcário a ser utilizado, calcítico, magnesiano ou dolomítico, normalmente baseia-se no custo do produto aplicado na propriedade e na relação cálcio:magnésio no solo pretendida.

Calagem em áreas sob sistema convencional

O corretivo deve ser incorporado uniformemente numa camada de 0-20 cm quando o pH em água estiver abaixo de 6,0.

Calagem em áreas sob sistema de plantio direto

Para passar do sistema convencional para o sistema de plantio direto deve ser feita a correção da acidez do solo na camada arável, o corretivo deve ser incorporado no terreno.

A calagem superficial também pode ser feita, sua eficiência vai depender da acidez potencial do solo, da disponibilidade de nutrientes, do tempo entre a calagem e a semeadura da soja e da precipitação pluvial.

Efeito residual e frequência da calagem

Dependendo da quantidade e do tipo de corretivo utilizado e também do manejo adotado, a calagem persiste de 3 a 5 anos na lavoura, após esse tempo recomenda-se fazer uma nova análise.

Calcário na linha

Quando não se consegue aplicar a quantidade indicada de calcário na área inteira é recomendado aplicar o calcário na linha. Essa pratica consiste em aplicar pequenas quantidades de calcário finamente moído na linha de semeadura da soja.

Adubação

Nitrogênio

A demanda de nitrogênio é suprida pelo solo e pela fixação biológica proporcionada pela simbiose rizóbio-planta. Não se faz necessário a aplicação de nitrogênio na cultura da soja, além de aumentar os custos de produção, prejudica a fixação biológica de N.

Inoculação de sementes da soja para cultivo em áreas novas

Em áreas de primeiro ano de cultivo, a resposta da planta de soja à inoculação é elevada, pois no solo não há grande população de rizóbios. A dose a ser aplicada no primeiro ano de cultivo nesses casos onde não há população deve ser de pelo menos o dobro das recomendações tradicionais da soja.

Inoculação de sementes de soja para áreas com mais de um ano de cultivo

Vários experimentos provam que com o uso de inóculos anualmente há um aumento no rendimento em torno de 8%.

Procedimento de inoculação

A inoculação deve ser feita com inoculantes cuja eficiência seja comprovada por órgãos oficiais de pesquisa, usar a dose certa de modo atingir a quantidade mínima de 1,2 milhão de células por semente.

Inoculação no sulco de semeadura

A inoculação pode ser feita diretamente no sulco de semeadura, para esse procedimento deve ser aumentado à dose de produto, recomenda-se aplicar 2,5 milhões de células por semente. Em lavouras sem uso de inoculantes por vários anos, recomenda-se aplicar doses superiores.

Fósforo e potássio

As doses de fósforo e potássio indicadas para a cultura são estabelecidas visando satisfazer dois critérios: a) elevação do teor disponível do nutriente no solo ao nível crítico, mediante adubação corretiva total ou gradual e b) suprimento da quantidade de nutrientes exportada pelos grãos acrescida de perdas diversas (adubação de manutenção

Fontes de fósforo e potássio

O uso de fosfatos naturais é mais indicado para solos com teor maior de fósforo disponível, os fosfatos são eficientes em solos com pH menor que 5,5.

Com relação às fontes de potássio, as mais comuns são cloreto de potássio (KCl) e sulfato de potássio (K2SO4), ambos solúveis em água e eficientes.

Enxofre

Indica-se, para o cultivo da soja, que o teor de enxofre no solo seja maior que 10 mg/dm3.

Fertilizantes orgânicos

Adubos orgânicos podem ser utilizados no cultivo da soja, evitando-se inibir a fixação biológica de N, o crescimento excessivo e o acamamento de plantas.

Fertilizantes organo-minerais

Este grupo é a mistura entre adubos orgânicos e minerais. A adição de fertilizantes orgânicos ao plantio tem um efeito melhorador do solo, deve se atentar para que os fertilizantes orgânicos não prejudiquem a simbiose rizóbio-planta.

Fertilizantes foliares

Pesquisas provam que a adição de fertilizantes foliares não apresenta aumento no rendimento da cultura, assim não justificando seu emprego.

Micronutrientes

O molibdênio pode ser aplicado em solos com pH < 5,5 e com deficiência de N no inicio do desenvolvimento da cultura.

Os demais micronutrientes (Zn, Cu, B, Mn, Fe, Cl e Co), pesquisas