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Cultura do Repolho

Por:   •  25/10/2017  •  2.227 Palavras (9 Páginas)  •  424 Visualizações

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Para solos de fertilidade mediana ou baixa, na falta de dados regionais, sugere-se a aplicação de fertilizantes no sulco do transplante, contendo os seguintes teores (kg/ha) de macronutrientes: N (150), P2O5 (400) e K2O (240).

As adubações complementares e de cobertura devem ser feitas antes do período de formação de cabeça. No caso do N, o fornecimento parcelado promove crescimento vegetativo vigoroso, favorecendo a produtividade.

2.2.1. Correção e Adubação na Área de Manejo

De acordo com a análise de solo feita a 0-20 cm, o solo apresenta elevada saturação por bases (aproximadamente 70%) estando as bases equilibradas de maneira satisfatória e sem a presença de Al no solo. O teor de P esta elevado de acordo com o teor de argila, portanto não será necessário calagem e fosfatagem.

A adubação para a cultura de acordo com a recomendação é de 150-400-240 kg/ha de N, P2O5 e K2O respectivamente, corrigindo os valores de acordo com a análise de solo ela fica 150-308-185 kg/ha para os mesmos nutrientes (alguns corrigidos a 77% da demanda).

Visando satisfazer as demandas da cultura, elevação da MO, S, Zn e Bo, além de uma adubação mais diversificada será aplicado 20 kg de composto orgânico, 22 kg do adubo 4-14-8 e 2,8 kg de sulfato de amônio, na área dos canteiros que é de 126 m2.

O composto orgânico será aplicado ao solo de preferência 8 a 10 dias antes do plantio, o adubo na implantação das mudas, e o sulfato de amônio parcelado na 3ª e 6ª semana após o plantio.

Devido à deficiência de Bo é importante fazer aplicação de um produto foliar antes da formação das cabeças. A primeira de preferência 15 dias após o plantio seguida de mais 3 espaçadas de 15 dias.

2.3. Formação de Mudas e Implantação da Cultura

As mudas devem ser produzidas em substrato enriquecido com P e Ca, porém pobre em N. As sementes serão semeadas em bandejas de isopor com substrato, em vista do desenvolvimento de mudas mais uniformes e vigorosas, posteriormente as melhores mudas serão transplantadas nos canteiros. O espaçamento utilizado será de 70 x 30 cm em fileiras simples, afim de se obter cabeças menores. Como os canteiros possuem 35 metros de comprimento será necessário 117 mudas por linha, totalizando 700 mudas (6 linhas sendo 2 por canteiro).

2.4. Irrigação

O repolho é uma cultura exigente em água, são necessários 4 mm de água diariamente, o que equivale a uma aplicação de 40 m³ de água por hectare. A deficiência de água pode causar rachaduras na cabeça, mesmo quando já está formada, portanto deve ser mantido um teor constante de umidade. Como regra geral manter a umidade do solo sempre próximo a 80%.

A irrigação pode ser feira por aspersão, uma vez que a cultura não apresenta problemas fitossanitários significativos. A periodicidade da irrigação vai depender do regime de chuvas. Em períodos secos irrigar de duas a três vezes por semana até os 30 dias e de uma a duas vezes por semana, a partir desse período.

Na área de manejo o sistema de irrigação será realizado por gotejamento, instalado nos três canteiros, equipado com duas linhas de mangueiras gotejadoras por canteiro, sendo os seus furos espaçados de acordo com o espaçamento das mudas. O período de molhamento será estimado com base nas necessidades da cultura e na capacidade de retenção de água do solo, calculado pelos tensiometros instalados nos canteiros.

2.5. Pragas

Várias espécies de insetos atacam a cultura do repolho como pulgões: pulgão da couve (Brevicorynebrassicae) e o pulgão verde (Myzuspersicae) e diversas lagartas, como a lagarta da couve (Asciamonusteorseis), lagarta rosca (Agrotis ípsilon), lagarta falsa medideira (Trichoplusiani) mosca branca (Bemisiatabaci) entre outras. A cobertura de plástico promove uma proteção adicional de ataque das pragas na cultura, devido a alta temperatura refletida o que dificulta no ataque de pulgões por exemplo

2.6. Doenças

As principais doenças do repolho são a podridão-negra e podridão-mole, ambas são doenças bacterianas.

A podridão-negra se caracteriza por manchas necróticas amarelas nas margens das folhas, que se expandem para o centro tomando a forma de um V. Já a podridão-mole, caracteriza-se pelo encharcamento dos tecidos que se decompõem tomando aspecto aquoso.

Para o controle ou a prevenção de doenças e pragas, usar agrotóxico que estão registrados para a cultura, obedecendo-se o período de carência, as dosagens e os cuidados nas aplicações. Assim como medidas de controle, como: Instalação de sementeiras em solos não contaminados ou rotação de culturas, evitar o plantio em solos mal drenados e escolha correta da época de plantio.

2.7. Colheita

A colheita é de 3 a 5 meses após o transplante, variando com a cultivar e as condições climáticas. A firmeza da cabeça é a característica usual para determinar o ponto de colheita. No ponto de colheita, as folhas de cobertura começam a enrolar-se levemente para trás, expondo as internas, mais claras. O repolho produz normalmente de 30 a 60 toneladas de cabeças por hectare

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Allen, R.G.; Pereira, L. S.; Raes, D.; Smith, M. Crop evapotranspiration: guidelines for computing crop water requirements. Rome: FAO,1998. 300p. Irrigation and Drainage Paper, 56.

ALVES, A.G.C.; COGO, N.P.; LEVIEN, R. Relações da erosão do solo com a persistência da cobertura vegetal morta. Revista brasileira de ciência do solo, Viçosa, v. 19, n. 1, p. 127-132, 1995.

BRAGAGNOLO, N.; MIELNICZUK, J. Cobertura do solo por palha de trigo e seu relacionamento com a temperatura e umidade do solo. Revista brasileira de ciência do solo, Viçosa, v. 14, n. 3, p. 369-374, 1990.

Câmara, M. J. T.; Negreiros, M. Z. de ; Medeiros, J. F. de; Bezerra Neto, F.; Barros Júnior, A. P. Produção e qualidade de melão amarelo influenciado por coberturas do solo e lâminas de irrigação no período chuvoso. Ciência Rural, v.37, p.58-63, 2007.

CARVALHO, A.M. Plantio direto e plantas de cobertura em agrossistemas do Cerrado. In: PARRON, L.M.; AGUIAR, E.M. de S.; DUBOC, E.; OLIVEIRA FILHO, E.C.; CAMARGO, A.J.A.; AQUINO, F. de G. Cerrado: desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável. Planaltina: Embrapa Cerrados, 2008. p.229-262.

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