A Evolução Desta Cultura Tem se Dado de Forma Muito Rápida
Por: Rodrigo.Claudino • 16/3/2018 • 2.867 Palavras (12 Páginas) • 391 Visualizações
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Esta frutífera é uma espécie diplóide, alógama e auto-incompatível, possuindo 18 cromossomos (Beal, 1975; Bruckner, 1997; Ferreira, 1998). A abertura da flor ocorre de meio-dia até à noite no maracujá, sendo que a melhor hora para a polinização é quando o estilete curva-se totalmente após a antese. A polinização é feita por insetos, com a mamangava sendo o principal agente polinizador necessitando as plantas, que são de dias longos, de fotoperíodos superiores a 11 horas para o florescimento (Jornal Livre, 2008).
Fruto completa desenvolvimento em 18 dias e amadurece em 80 dias após a abertura da flor, tem formato ovóide (alguns oblongos), peso de 70-130g.. O fruto maduro possui casca fina, cor amarelo-canário, polpa ácida, suco amarelo a amarelo-alaranjado e seu fruto produz aproximadamente 30% de rendimento em suco. As Folhas e raízes contêm uma substância chamada de passiflorina que se assemelha com a morfina, esta substancia tem sido usada como calmante. As folhas são usadas, também, para combater as febres intermitentes, inflamações cutâneas e a erisipela.A casca do fruto é as sementes, são usadas em dietas de animais, ou seja faz parte da composição das rações. A polpa que envolve sementes presta-se ao preparo de refrescos, pudins, sucos, sorvetes, batidas, doces e para a industria de produção de sucos concentrados( Seagri, 2008).
3.2 Auto-incompatibilidade
Além da estrutura floral, a polinização cruzada é condicionada pelo fenômeno da auto-incompatibilidade, em que o pólen de uma planta é incapaz de fertilizar as flores da mesma planta e diferentes plantas podem ou não ser compatíveis entre si.
Este mecanismo que leva à alogamia e que mantém um alto grau de heterozigose. Desta forma, é um mecanismo poderoso no impedimento da autopolinização, sendo considerado como uma desvantagem para o melhorista pelas restrições que impõe à consecução da endogamia.A incompatibilidade pode ser gametofítica, quando o grão de pólen carrega um alelo também presente no estigma e que inibe o desenvolvimento do tubo polínico, e esporofítica, semelhante à anterior, mas determinada pelo genótipo da planta mãe do grão de pólen (Jornal Livre, 2008).
3.3 Importância do melhoramento genético
O melhoramento de plantas é a mais valiosa estratégia para o aumento da produtividade de forma sustentável e ecologicamente equilibrada. Inicialmente era uma parte, pois desde a época dos primeiros agricultores as sementes dos tipos mais desejáveis eram separadas para a propagação da espécie. Atualmente, os vastos conhecimentos científicos têm conduzido o melhorista a resultados previsíveis, acompanhando a evolução tecnológica e contribuindo para o bem estar da sociedade (Borém et al., 2005).
É perturbador saber que cerca de 800 milhões de pessoas encontram-se famintas ou malnutridas. É igualmente assustador o fato de que, ainda neste século, o mundo terá uma população superior a 12 bilhões de pessoas e que a oferta de alimentos vai ter de atingir níveis superiores aos atuais,
De acordo com Borém et al. (2005), o melhoramento de plantas tem sido conduzido com alguns objetivos específicos, porém sua missão é a elevação do valor econômico das espécies. Algumas características freqüentemente consideradas em diversos programas de melhoramento, dentre elas destacam-se: produtividade, resistência às doenças, qualidade nutricional dentre outras.
3.3.1 Melhoramento do Maracujazerio
Sabe-se que o cultivo do maracujá é muito recente em nosso país,e que ainda esta cultura apresenta uma grande variabilidade genética natural para as cacterísticas relacionadas com a planta e com o fruto. Com o crescente interesse pela cultura, torna-se necessário o melhoramento genético (Bruckner, et al., 2002
Segundo Meletti et al. (2000), poucos são os relatos sobre o assunto, embora se saiba que o melhoramento pode contribuir significativamente para o aumento da produtividade da cultura. Os primeiros cultivares de maracujá tornaram-se disponíveis somente a partir de 1998, mas já representam avanço considerável em produtividade e qualidade de frutos.
Por ser uma planta alógama, vários são os métodos de melhoramento aplicáveis ao maracujazeiro, como o aumento da freqüência de genes favoráveis ou a exploração do vigor híbrido ou heterose. A freqüência de genes favoráveis pode ser aumentada pela seleção massal ou pela seleção com teste de progênies.
A seleção recorrente também pode contribuir efetivamente para o desenvolvimento de cultivares de maracujá, por permitir melhorar sistematicamente as fontes de germoplasma a serem usadas em programas de melhoramento. Seu objetivo é aumentar contínua e progressivamente a freqüência dos alelos favoráveis, através de ciclos sucessivos de seleção e recombinação dos genótipos superiores, mantendo a variabilidade genética da população (Jornal Livre, 2008).
3.4Seleção recorrente
Seleção recorrente é qualquer sistema designado para aumentar gradativamente a freqüência de alelos desejáveis para características quantitativas, por meio de repetidos ciclos de seleção, sem reduzir a variabilidade genética da população. Este método envolve três etapas: i) obtenção de progênies; ii) avaliação das progênies; e iii) recombinação das progênies para formar a geração seguinte. A maior parte dos conhecimentos sobre a seleção recorrente foi gerada com o milho, uma espécie alógama. Atualmente, este método vem sendo empregado tanto em espécies alógamas quanto em autógamas (Borém et al., 2005).
Richey (1927) é considerado o criador do conceito de seleção recorrente. Esse pesquisador porpôs o melhoramento convergente por meio de seleção recorrente, para aumentar o vigor de duas populações, sem alterar a sua capacidade combinatória.
Segundo Borém et al. (2005) cabe a Hull (1945) a primeira citação da terminologia que, mais tarde, veio a ser universalmente adotada para se descrever o método de seleção recorrente.
A seleção recorrente é um método bastante eficaz e pode ser utilizada para a cultura do maracujazeiro. Nesse programa onde o objetivo é melhorar as populações para serem utilizadas como variedades ou para servirem de fontes para o desenvolvimento de clones, o tamanho efetivo deve ser mantido em níveis altos para impedir a ocorrência da depressão por endogamia. Entretanto, nos programas onde se visa a utilização das populações como fontes de linhagens para o desenvolvimento
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