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A Drenagem Urbana

Por:   •  20/12/2018  •  4.900 Palavras (20 Páginas)  •  385 Visualizações

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Neste caso, um bom estudo, desenvolvimento e aplicação da Drenagem Urbana pode tornar um projeto não só vantajoso para a população em geral, mas também econômico e até lucrativo como no caso do aproveitamento das águas e áreas verdes de lazer para agregar valor ao projeto.

- Metodologia

Com o uso de uma trena, papel e lápis será possível coletar as alturas máximas dos trechos, as alturas da lâmina da água e largura do canal em dois pontos.

Com uma folha qualquer da própria vegetação será possível calcular a velocidade da água a partir de um ponto inicial e outro final com a ajuda de um aparelho de celular cronometrando o tempo.

Pesquisas em acervos da internet, jornais, livros e depoimento de moradores locais definirá os processos higrológicos e as características físicas de uma boa bacia hidrográfica e demonstrarão se o local já teve incidentes de alagamentos e consequências trazidas por eles.

Com base nos resultados fará uma comparação em dois trechos, natural e artificial e os benefícios de ambos, detectando falhas e propondo melhorias. Neste caso respeitando a condição que o trecho a ser analisado pertence à uma área preservada, portanto deverá ser resguardado seus aspectos naturais como fauna e flora.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definição e carácterização de processos hidrológicos

2.1.1 Hidrologia

Segundo Souza et al (1972) a hidrologia tem sido objeto de investigação e engenharia há milênios. Por exemplo, cerca de 4000 aC, o Nilo foi represado para melhorar a produtividade agrícola de terras previamente estéril. As cidades da Mesopotâmia foram protegidas das inundações com altas paredes de terra. Aquedutos foram construídos pelos gregos e romanos antigos, enquanto a história da China mostra que eles construíram obras de irrigação e controle de inundações. O cianúrio antigo usou hidrologia para construir obras de irrigação complexas no Sri Lanka, também conhecida pela invenção do poço da válvula, que permitiu a construção de grandes reservatórios, anicuts e canais que ainda funcionam.

Marcus Vitruvius, no primeiro século aC, descreveu uma teoria filosófica do ciclo hidrológico, em que a precipitação caindo nas montanhas infiltrou-se na superfície da Terra e levou a córregos e nascentes nas terras baixas. Com a adoção de uma abordagem mais científica, Leonardo da Vinci e Bernard Palissy alcançaram independentemente uma representação precisa do ciclo hidrológico. Não foi até o século 17 que as variáveis ​​hidrológicas começaram a ser quantificadas de acordo com Souza et al (1972).

Como apontado por Lencastre e Franco (1992), os pioneiros da ciência moderna da hidrologia incluem Pierre Perrault, Edme Mariotte e Edmund Halley. Ao medir a precipitação, o escoamento e a área de drenagem, Perrault mostrou que a precipitação era suficiente para explicar o fluxo do Sena. Martele combinou a velocidade e as medidas da seção transversal do rio para obter alta, novamente no Sena. Halley mostrou que a evaporação do mar Mediterrâneo era suficiente para explicar o fluxo de rios que flui para o mar.

Demonstrado nos trabalhos de Lencastre e Franco (1992) os avanços no século 18 incluíram o piezômetro de Bernoulli e a equação de Bernoulli, de Daniel Bernoulli, e o tubo de Pitot, de Henri Pitot. O século XIX viu o desenvolvimento da hidrologia das águas subterrâneas, incluindo a lei de Darcy, a fórmula do poço Dupuit-Thiem e a equação do fluxo capilar de Hagen-Poiseuille.

As análises racionais começaram a substituir o empirismo no século 20, enquanto as agências governamentais começaram seus próprios programas de pesquisa hidrológica. De particular importância foram a hidrografia da unidade de Leroy Sherman, a teoria da infiltração de Robert E. Horton e C.V. O teste / equação do aqüífero de Theis descreve bem o sistema hidráulico.

Desde a década de 1950, a hidrologia foi abordada com base mais teórica do que no passado, facilitada pelos avanços na compreensão física dos processos hidrológicos e pelo advento dos computadores e especialmente dos sistemas de informação geográfica (SIG).

2.1.2 Cilclo Hidrológico e distribuição de água no planeta

De acordo com Lencastre e Franco (1992) o ciclo hidrológico tem o seu estudo iniciado na atmosfera, mesmo que não se possa determiná-lo com um princípio ou fim do ciclo. Na atmosfera se dá a origem ao acumulo de vapor de água dando origem a precipitação que se subdivide em chuva, granizo, neve, orvalho e geada. Durante a precipitação parte da água é devolvida à atmosfera por meio de evaporação, outra parte se intercepta em telhados e folhas de plantas, das quais também retornam em forma de vapor de água. A quantidade que chega a superfície terrestre é a mais significativa.

Como citado anteriormente, Lencastre e Franco (1992), definem que parte da precipitação que atinge a superfície da terra é retida, iniciando os processos de evaporação, percolação e escoamento superficial até atingir o oceano e suas redes hidrográficas. O solo é responsável por parte da evaporação, alimentando as plantas que também por sua vez transpiram a água de volta a atmosfera, por sua vez fechando o ciclo.

De acordo com Souza Pinto et al (1976), toda água utilizável pelo homem vem por via da atmosfera, por mérito de se ter um conceito de ponto inicial no ciclo hidrológico, no qual na época se acreditava ser fechado. Quando as gotículas de vapor de água na atmosfera atingem determinada dimensão, elas se condensam e se precipitam em forma de chuva, neve, granizo e gelo. Quando a condensação ocorre em um ponto sólido como nas folhas por exemplo, é formado o orvalho ou geada.

A infiltração de água no solo é iniciada, porém, de acordo com Souza Pinto et al (1976), quando a precipitação excede a capacidade de infiltração se inicia o preenchimento de depressões do terreno e logo o processo de escoamento superficial. O escoamento superficial tende a seguir os canais naturais ou artificiais até chegarem em rios, lagos e oceanos, podendo existir no meio do processo características diversas de retenção, evaporação e escoamento dependendo das características naturais do terreno.

Algo de extrema relevância a ser relatado são os valores percentuais do total do volume de água que atinge o solo. As informações são fornecidas pelo autor Souza Pinto et al (1972). Cerca de 25% chegam aos oceanos,

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