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ROTEIRO PARA CONFECÇÃO DE RELATÓRIO DE - ESTÁGIO/PESQUISA

Por:   •  1/1/2018  •  1.684 Palavras (7 Páginas)  •  361 Visualizações

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O grande número de famílias referenciadas no CRAS em proporção ao número de profissionais na equipe do CRAS traz consequências para o andamento do serviço como um todo, refletindo-se na sobrecarga de trabalho, tempo reduzido nos atendimentos para que seja possível atender o maior número de usuários e com isso, o acompanhamento das famílias acaba não sendo contínuo.

A assistência social também possui limites enquanto política setorial, além da necessidade de articulação das respostas com outros setores, principalmente as que envolvem a política econômica, política de emprego e renda e outras políticas. Considerando também que as demandas familiares são urgentes e geralmente relacionadas à falta de renda e trabalho. O trabalho com estas famílias se dá com encaminhamento ao SINE e concessão de benefício eventual em casos de insuficiência de alimentos por falta de renda. Porém, esta segunda medida soluciona o problema imediato, e devido a essa dificuldade de articulação entre setores, após um tempo, a vulnerabilidade volta a aparecer.

V-MÉTODO:

Como já mencionado, o trabalho foi realizado no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) em Barroso, local onde foram desenvolvidas as atividades de estágio supervisionado no período de junho a dezembro de 2015.

Além da participação em reuniões do CRAS, discussão de casos e montagem de um projeto e início das atividades de um grupo de adolescentes já inseridos no programa “Novo Compromisso” do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), com objetivo de ajudar estes adolescentes a terem um novo olhar diante das situações quotidianas, junto à sociedade e suas famílias em suas diversidade, valores, cultura, com sua história, trajetória, problemas, potencialidades, ou seja, criar condições para que estes adolescentes acolhidos no CRAS sejam protagonistas dos seus desenvolvimentos e trabalhá-las no sentido de prevenir situações de violações de direitos e perca dos laços familiares e comunitários.

Porém, devido às diversas outras atividades dos adolescentes no programa, não foi possível dar continuidade ao projeto neste ano. Dentre as principais atividades realizadas no referido estágio foi o acompanhamento das visitas domiciliares realizadas pela psicóloga e assistente social do CRAS. As visitas domiciliares possuem duas modalidades: visita domiciliar a família já cadastrada, bem como o acompanhamento da mesma, por meio de escuta qualificada e encaminhamentos de suas demandas, na medida do possível, e a busca ativa, onde a família não está inserida no CRAS por não ser cadastrada ainda ou por não estar mais frequentando o serviço há muito tempo, e que ocorre sempre que uma família é encaminhada ao CRAS através da rede ou mesmo por solicitação da comunidade.

As visitas domiciliares estão dentro das ações do PAIF, onde é realizada a acolhida e a ação particularizada, destinada a uma família ou a alguns membros de uma família. Conforme o Conselho Federal de Psicologia (2012), visita domiciliar é uma estratégia utilizada para aprofundamento do acompanhamento psicossocial, uma forma de atenção que objetiva auxiliar na compreensão da família, da sua dinâmica, seus valores, suas potencialidades e demandas, para viabilizar orientações, encaminhamentos, bem como o estabelecimento de vínculos, com objetivo de fortalecer o processo de acompanhamento familiar.

Considerando que a visita domiciliar exige atenção individualizada, neste momento os profissionais tem a possibilidade de conhecer a realidade da família de referência e do território, sua forma de convivência comunitária, a dinâmica das relações e o arranjo familiar de maneira a aproximar-se da sua realidade.

O psicólogo, nas visitas domiciliares tem a função de intermediar a comunicação entre o CRAS e a família. Com isso, podemos dizer que o psicólogo atua a fim de promover um movimento de reflexão e mudança.

As demandas atendidas pelo CRAS tanto em visitas domiciliares como em atendimento psicossocial variam entre as famílias visitadas em alimentação, saúde, transporte, problemas das relações familiares, violência, tráfico de drogas, estudo, morte, entre outras.

VI-RESULTADOS:

Podemos observar que a atuação dos profissionais da Psicologia deve ser, a fim de que venha de alguma forma a constituir espaços de valorização e potencialização da vida, foi falado em novas formas de atuação, mas devemos observar efetivas possibilidades de emergência dessas novas formas.

O trabalho do psicólogo na assistência social é um desafio para os profissionais, viso que a população-alvo é um grupo que se encontra de fora dos mecanismos de segurança social e esses profissionais que devem, dentro de suas possibilidades e contando com a colaboração de outros, contribuir para a promoção de inclusão social.

Para finalizar, podemos dizer que dessa experiência de estágio, permeada de limitações e indagações, coloca-se a proposta de um profissional que se atente para as dificuldades que se possa encontrar de modo a criar novas possibilidades de intervenção, de forma a ter uma atuação comprometida com a transformação da realidade e de si mesmo como sujeito e profissional.

O trabalho desenvolvido pela equipe técnica do CRAS tem sido bastante pontual no enfrentamento da desigualdade social existente e as demandas são atendidas e encaminhadas à medida que são solicitadas ou identificadas de acordo com suas especificidades, mesmo com a dificuldade já mencionada com relação à demanda do CRAS e o número de profissionais.

A equipe técnica do CRAS procura criar vínculos com a comunidade a qual esta inserida, a fim de que a relação seja fortalecida e com isso haja uma maior integração, o que é de grande importância para se compreender e identificar as situações de vulnerabilidades e riscos sociais, para criar condições favoráveis à ações de prevenção ou de enfrentamento de questões e promover os direitos socioassitenciais. E também estabelecer vínculos com as potencialidades locais (PSF, escolas, SINE, entre outros), uma vez que as famílias

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