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O Crescimento da Igreja

Por:   •  9/9/2023  •  Artigo  •  3.216 Palavras (13 Páginas)  •  335 Visualizações

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FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

PSICOLOGIA E ACONSELHAMENTO PASTORAL

SEBASTIÃO REMIR RODRIGUES DE ALMEIDA

A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO PASTORAL NA CRISE DO NOVO CORONAVÍRUS

TERESINA - PI

2021


A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO PASTORAL NA CRISE DO NOVO CORONAVÍRUS

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais.

RESUMO

A importância do aconselhamento pastoral é evidenciada na história desde os tempos bíblicos. Este artigo apresenta uma breve exposição sobre a importância do aconselhamento pastoral em meio à crise do novo Coronavirus. E busca assim responder a seguinte questão: Qual a importância do aconselhamento pastoral em crises de maneira geral e na crise do novo Coronavirus? Para tanto utilizou-se de pesquisa bibliográfica, mediante reflexões históricas e descritivas e com base em autores como: Howard John Clinebell, Lothar Carlos Hoch, Marcos Aurélio Fernandes, dentre outros que discorrem sobre o assunto. O trabalho conclui que: a crise do novo Coronavirus teve impactos catastróficos sobre a humanidade mundial. Que a sociedade como um todo foi afetada drasticamente e que neste contexto como no contexto de outras pandemias, como o da Peste Negra, é necessária a intervenção religiosa, espiritual no auxílio daqueles que sofrem os impactos de tais crises. Assim, o aconselhamento pastoral é inclusive chancelado pela ciência como uma das mãos na interdisciplinaridade aplicada aos cuidados com a saúde das pessoas.

PALAVRAS-CHAVE: COVID19. Novo Coronavirus. Aconselhamento. Cuidado. Religião.

INTRODUÇÃO

Podendo ser realizado por pastores ordenados e, ou, leigos, o aconselhamento pastoral é uma atividade para vocacionados não só para estudar as Escrituras Sagradas e pregar sermões, mas também para lidar com o ser humano, complexo em essência e que ao longo da vida vai desenvolvendo desafios nas diversas áreas: familiar, profissional, financeira, relacional e outras. Ter empatia, escutar bem, ser otimista, positivo e transmitir fé e esperança, são atitudes que complementam o perfil de quem exerce o aconselhamento pastoral.

Dentro do contexto de crises em geral estes aspectos são importantíssimos e como se verá a seguir, a própria ciência certifica a religiosidade/espiritualidade como ferramentas essenciais no auxílio para o reestabelecimento da saúde do sujeito. Nesta perspectiva é que se expões a importância do aconselhamento pastoral em meio a crises. Pontua-se que em meio a crises em geral, a igreja sempre atuou como um agente de acolhimento e cuidado através da sua práxis pastoral.

Na crise do novo Coronavirus a necessidade e urgência do aconselhamento, do cuidado pastoral, é gritante. Pois, na família, na igreja, na escola, no trabalho, na sociedade em geral, as estruturas emocionais foram abaladas. E aqueles que detêm as habilidades necessárias para acolher as demandas, as angústias, o medo de morrer, o luto, a falta de esperança etc., precisam ter a responsabilidade de assumir uma postura parecida com a de Lutero, por exemplo, que durante a pandemia da Peste Negra, ele, com o coração, mas também com a razão esteve sempre disposto a fazer o que fosse necessário para diminuir o sofrimento de seus convíveres.

O objetivo do trabalho não é esgotar o assunto, mas à luz do que já se discutiu/escreveu sobre, trazer à mente a responsabilidade que se deve ter quanto à esta tão importante ferramenta. É lembrar ainda que cientificamente, como se mostra, o aconselhamento pastoral deve andar em relacionamento estreito com a psiquiatria, psicologia e ciências afins. Pois, a própria história e condição humana depõe a favor da prática do acompanhamento, acolhimento e cuidado pastoral de pessoas em meio as crises.

O ACONSELHAMENTO PASTORAL – DEFINIÇÕES

O aconselhamento pastoral trata-se do processo pelo qual o líder, seja ele pastor ou outro membro representante da igreja faz o acompanhamento de pessoas, grupos ou famílias, com um programa de direcionamento emocional, psicológico e espiritual, tentando lidar com os problemas práticos da vida, geralmente as crises. O aconselhamento pastoral, segundo Clinebell (1987, p. 24), é um relacionamento de “indivíduo para indivíduo ou de pequeno grupo para possibilitar a ocorrência de potencialização curativa e crescimento dentro de indivíduos e de seus relacionamentos.”

Mais direto ainda na definição, Maldonado (1993, p. 27) afirma que o aconselhamento pastoral é uma conversa que visa ajudar aos que sofrem a aliviar sua alma, expressando a sua dor, culpa, desespero etc., a um conselheiro pastoral.

Collins (2004, p. 129), é ainda mais incisivo quando define o aconselhamento pastoral como algo que dar estímulo e orientação a quem está enfrentando decisões difíceis, perdas ou desapontamentos. O autor comenta ainda que uma das tarefas do conselheiro cristão é levar as pessoas a terem um relacionamento pessoal com Jesus Cristo e que o objetivo final é ajudar os outros a se tornarem discípulos de Cristo e a discipular outras pessoas.

Dadas as definições pode-se afirmar, por tanto, que o pastor, ou conselheiro pastoral, ao realizar aconselhamento, o faz, ou pelo menos deve fazê-lo muito próximo do trabalho da psiquiatria, psicologia e de outras áreas que se fizerem necessárias. Concordando com isto Muller (1999, p. 66) afirma: “Integrar recursos provenientes da Psicologia (e outras áreas) é uma forma interdisciplinar de tentar diminuir o sofrimento humano.” Neste mesmo sentido Hoch pontua:

Entendendo, não obstante, que o autoconhecimento da pessoa humana, suas motivações e suas “razões” mais profundas precisam fazer parte das preocupações duma teologia que acentua a historicidade e a falibilidade de toda ação humana. A psicologia pode ajudar ao teólogo e ao não teólogo a refletir criticamente e a se conscientizar das suas limitações e necessidades bem como dos condicionamentos psicológicos. (HOCH, 1985, p. 250)

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