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ATPS Psicanálise

Por:   •  19/2/2018  •  1.557 Palavras (7 Páginas)  •  542 Visualizações

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João viveu com sua mãe, enquanto ainda viva uma relação parcial de objeto, pois lhe foi tirado o direito de concluir a etapa quando seu próprio pai, ao matar a mãe, acaba com este vinculo necessário para seu desenvolvimento ao invés de proteger esta relação, o pai o destrói, prejudicando em demasia o desenvolvimento saudável do psiquismo do menino.

João teve percas significativas em sua vida, enquanto pequeno todos os vínculos que serviriam para a construção de seu funcionamento psíquico adequado foram quebrados, impossibilitando-o de vivenciar as posições de acordo com a normalidade esperada. O conflito mental esta baseado na luta das emoções internas e da fantasia do inconsciente com os objetos internos e externo, fantasias essas deturpadas pelos fatos tristes aos quais ele foi exposto, como a morte violenta da mãe e demais violências que sofreu com pais adotivos posteriormente.

Esta personalidade mal elaborada apresenta problemas de convivência explicando assim toda a agressividade de João. As relações objetais da primeira etapa da vida depende muito da relação entre mãe e bebê, pois neste momento se cria os primeiros mecanismo de defesa. A ansiedade da criança vem de duas fontes, uma interna de poder satisfazer seus desejos e uma externa de poder suprir suas necessidades físicas como a fome. Segundo Klein, a angustia persecutória que o bebê sente ao deixar a vida uterina, junta-se com a ansiedade interna que vem da pulsão de morte sendo o terror de aniquilamento passando a existir a exacerbação do sadismo e os impulsos destrutivos transferindo do este sentimento ruim para a mãe, constituindo assim a imagem do “seio mal”.

Esta imagem só é desfeita a partir do momento que o bebê ao ser alimentado e ter suas necessidades de carinho e atenção atendidas neutralizando todo o sentimento ruim. Todo este processo acontece pela imaturidade do ego que em condições normais, com o decorrer do tempo vai ganhando experiências e constituindo uma vida psíquica saudável.

No caso por nós analisado fica evidente que a criança da historia foi imensamente prejudicada pelos elementos que compõe a sua historia negando ela a chance de ter esse processo concluído de forma eficiente e sadia, pois toda a sua construção psíquica foi afetada pelo meio violento de catástrofes ás quais foi exposta.

A reconstrução dos vínculos sadios com sua tia e demais que o cercam torna-se fundamental para o restabelecimento da saúde psíquica do menino, fazendo cessar assim o seu comportamento agressivo inadequado.

2 – Holding e Reviere (Conceitos de Bion e Winicott)

O conceito de Reverie é o método da mãe de continuar em uma posição de receber, modificar, e de querer dizer e designar as angústias e as identificações projetivas do filho. O mesmo procedimento acontece entre terapeutas e pacientes. E reparamos que Bion deu uma importância à dor psíquica, conforme sua teoria, é necessário sofrer para poder vir a aprender com suas experiências emocionais. E o desenvolvimento da criança deriva de seu meio, tendo como essencial protagonista a mãe.

A criança para ter seu crescimento saudável precisa da tentativa de Holding (conceito de Winnicott) e de Reverie (conceito de Bion) porem nesses contém suas angustias e desenvolvem a simbolização. A teoria de Bion está interligada com idéias de “digestão emocional”. E para ele o desenvolvimento psíquico devirá da relação com a mãe, ou seja a mãe versus bebês interligados com perguntas de projeções e introjeções real nas relações, na medida em que a mãe moldura a dor mental do seu bebê, e acaba exercendo as suas funções mentais, para que a criança gradativamente possa instruir e realizar por si só, diante de internalizações de processos.

Holding e Reverie são conceitos distintos. E nos dois casos, há necessidade de um material externo que por conta do vinculo afetivo, tenha uma qualidade de lidar com a pulsão e de se descriminar do outro, podendo dar apoio as angustias e as transferências. E tanto no Holding quanto no Reverie, o analista necessita ter uma posição em nada autoritária, mais sim promover a possibilidade de você construir seu caminho ao caminhar.

O primeiro texto passa a ideia de aplicação do holding e do reviere nas crianças, aplicando esses conceitos com os funcionários através de onze sessões em grupo. O segundo texto fala da aplicação clínica desses conceitos em adultos, onde o terapeuta deve "assumir o papel da mãe" proporcionando o holding ao paciente pra ele superar as barreiras. Holding significa "sustentação" em inglês. É a dedicação total que a mãe deve ter com o bebê em sua fragilidade total, desde o cuidado físico ao psíquico, desde limpar, trocar, amamentar e estar 100% disponível pra ele. Isso é o Holding de Winnicot, essa sustentação total que a mãe deve dar ao bebê pra ele desenvolver seu psiquismo de forma saudável.

Segundo Bion e Winnicot, a falta de holding e reviere sadios na fase bebê, seja por razões ambientais ou outras quaisquer, cria problemas no desenvolvimento psíquico que vão até a vida adulta, criando falhas de comportamento. O terapeuta deve recriar com o paciente adulto o holding e o reviére que foram falhos quando criança, pra curar o paciente de seus transtornos.

Referências Bibliográficas

- ZIMERMAN, David E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica - uma

abordagem didática. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.

- OLIVEIRA, M. P. Melanie Klein e s fantasias inconscientes. Ano 2007. Vol. 2.

Disponível em: http://www.centrowinnicott.com.br/winnicott_eprint/uploads/c93494c5-7d8f-

1374.pdf> e compartilhado em:

https://drive.google.com/file/d/0B9v2d5yAWzSCeXpRaWdtUG5WRmM/edit?usp=sharing>, Acesso em: 30 jan 2014.

• NEVES, Flávio José de Lima. A psicanálise Kleiniana. Reverso, Belo Horizonte , v.29, n. 54, set. 2007 . Disponível em:

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

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