A IDEOLOGIA ALEMÃ
Por: Hugo.bassi • 17/2/2018 • 2.424 Palavras (10 Páginas) • 377 Visualizações
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A segunda forma de propriedade: Comunal e estatal, reunião de muitas tribos para formar uma cidade, por contrato ou por conquista, e na qual subsiste a escravidão. A divisão do trabalho já é mais desenvolvida. Já encontramos a oposição entre o campo e a cidade. É uma relação de cooperação.
A terceira forma de propriedade: Feudal ou estamental ocorre à expansão da agricultura. Houve uma pequena divisão do trabalho. É uma relação de exploração, os senhores feudais explorando os seus servos.
A quarta forma de propriedade: Propriedade privada no mundo capitalista, uma classe detentora dos meios de produção (burguesia) explora a classe que possui a força de trabalho (proletariado). Nessa fase a divisão do trabalho está extremamente desenvolvida e a exploração é máxima.
- Dizer que a vida material condiciona a vida intelectual é o mesmo que dizer que as relações de produção determinam a consciência. Explique. A moral, a religião, a metafisica e qualquer outra ideologia, assim como as formas de consciência que a elas correspondem, perdem toda a aparência de autonomia. Não tem história, nem desenvolvimento; mas os homens, ao desenvolverem sua produção material e seu intercambio material, transformam também, com esta sua realidade, seu pensar e os produtores de seu pensar. Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência. Dessa forma, a sua base material (infraestrutura) é que condiciona as sua base ideológica (superestrutura).
- Como Marx explica o desenvolvimento da consciência? A consciência aperfeiçoa-se em razão do crescimento da produtividade, do aumento das necessidades e do aumento da população. A partir do momento em que surge uma divisão do trabalho entre o trabalho material e o espiritual, a consciência passa a ser algo diferente da consciência da práxis existente, representar realmente algo sem representar algo real; desde este instante, a consciência está em condições de emancipar-se do mundo e entregar-se à criação da teoria, da teologia, da filosofia, da moral etc.
A consciência surge quando a burguesia produz inovações tecnológicas, pois elas fazem com que seja preciso a especialização do trabalhador. Dessa forma, surge a divisão do trabalho material e intelectual. O trabalhador passa a ter consciência da sua exploração
- Para Marx os homens devem estar em condições de viver para fazer história. Quais são os atos históricos do homem? Explique-os. Os atos históricos do homem são:
1º ato histórico: a produção dos meios que permitam a satisfação de suas necessidades, a produção da própria vida material. Ao satisfazer as necessidades, os instrumentos de satisfação são adquiridos e levam a novas necessidades.
2º ato histórico: a reprodução, os homens renovam sua própria vida, começam a criar outros homens, a procriar: é a relação entre o homem e a mulher, entre pais e filhos, a família.
3º ato histórico: a divisão do trabalho, os homens agem um pelo outro para suprir as suas necessidades.
4º ato histórico: a consciência, ela é naturalmente, antes de mais nada mera consciência do meio sensível mais próximo e consciência da conexão limitada com outras pessoas e coisas situadas fora do individuo que se torna consciente. A consciência é determinada pelo meio material em que vive.
- Por que produzir a vida é uma relação natural e social ao mesmo tempo? A produção da vida, tanto da própria, no trabalho, como da alheia, na procriação, aparece agora como dupla relação: de um lado, como relação natural, pois para o individuo é uma necessidade vital produzir os seus meios de vida para conter suas necessidades; de outro como relação social- social no sentido de que se entende por isso a cooperação de vários indivíduos, quaisquer que sejam as condições, o modo e a finalidade-, pois para viver em sociedade é preciso manter uma relação social com o próximo.
- Para Marx toda classe que aspira a dominação deve conquistar primeiro o poder político. Por que? Porque assim ela apresenta seu interesse como interesse geral, ao que está obrigada no primeiro momento. Justamente porque os indivíduos procuram apenas seus interesses particulares, que para eles não coincide com seu interesse coletivo. A luta pratica destes interesses particulares, que constantemente e de modo real chocam-se com os interesses coletivos ilusoriamente tidos como coletivos, torna necessário o controle e a intervenção pratica através do ilusório interesse-“geral” como Estado.
- Para Marx a superação da alienação só pode se dar sob dois pressupostos. Quais são eles?
É necessário que tenha produzido a massa da humanidade como massa totalmente “destituída de propriedade”; e que se encontre, ao mesmo tempo, em contradição com um mundo de riquezas e de cultura existente de fato; por outro lado, este desenvolvimento de forças produtivas é um pressuposto prático, absolutamente necessário, porque sem ele, apenas generalizar-se-ia a escassez e, portanto, com a carência, recomeçaria novamente a luta pelo necessário e toda a imundície anterior seria restabelecida; além disso, porque apenas com este desenvolvimento universal das forças produtivas dá-se um intercambio universal dos homens, em virtude do qual, de um lado, o fenômeno da massa “destituída de propriedade” se produz simultaneamente em todos os povos, fazendo com que um deles dependa das revoluções dos outros; e, finalmente, coloca indivíduos empiricamente universais, histórico-mundiais, no lugar de indivíduos locais.
Destruição da propriedade e O desenvolvimento universal das forças produtivas ( criação da classe para si- consciência de classe).
- O que faz desencadear uma revolução social? A contradição entre os interesses individuais e os interesses coletivos. As forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes ou, o que é apenas uma expressão jurídica delas, com as relações de propriedade no seio das quais se tinham até aí movido. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações transformam-se em grilhões das mesmas. Ocorre então uma época de revolução social. Com a transformação do fundamento económico revoluciona-se, mais devagar ou mais depressa, toda a imensa superestrutura… etc.
Os meios de desenvolvimento da burguesia promovem sua própria queda, fazendo o trabalhador tomar consciência de classe para si e da sua alienação, buscando mudar o sistema.
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