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ESTUDO DE CASO

Por:   •  2/1/2018  •  6.173 Palavras (25 Páginas)  •  315 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A obesidade atualmente, representa um grande problema de saúde pública em todos os países desenvolvidos e preocupam cada vez mais os órgãos responsáveis pela saúde, devido ao crescimento acelerado da sua prevalência e que se constitui em um enorme desvio nutricional que exige atenção dos profissionais da área da saúde, pois, afeta socialmente e fisiologicamente o ser humano (PEREIRA, 2006).

Neste contexto, observa-se nas últimas décadas, a ocorrência de mudanças expressivas nos padrões dietéticos e nutricionais de populações; estas alterações fazem parte de um processo denominado de transição nutricional. No Brasil igualmente tem sido observada a progressão da transição nutricional na população, caracterizada basicamente pela redução nas prevalências dos déficits nutricionais e ocorrência mais significativa de sobrepeso e obesidade (GUIMARÃES; BARROS, 2001).

A Organização Mundial da Saúde, estima que a obesidade afeta mundialmente mais de 300 milhões de pessoas de todas as classes sociais, e cada vez mais aumenta sua incidência (WANDERLEY & FERREIRA, 2010).

Segundo dados da pesquisa Vigitel, (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) realizada entre fevereiro e dezembro de 2014, com indivíduos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, residentes nas 26 capitais brasileiras e Distrito Federal, verificou-se que o índice de sobrepeso e obesidade vem crescendo, e os resultados apontaram que 52,5% dos brasileiros estão acima do peso, e 17,9% são obesos (BRASIL, 2014).

Leão (2003) define a obesidade como uma doença crônica, ocasionada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, em que apresenta sérias consequências a saúde. Há ainda algumas características fundamentais para a observação de seus riscos, dependendo da parte corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:

Obesidade ginecoide, na qual se diferencia pela concentração da gordura na parede do abdômen, coxas e nádegas, e apresenta forma corporal semelhante a uma pêra, e obesidade androide que está associada com maior deposição de gordura na região abdominal e intravisceral e risco mais elevado para ocorrência de doenças metabólicas e cardiovasculares (síndrome metabólica), apresenta forma corporal de uma maçã (CARVALHO, 2004).

A obesidade é diagnosticada através do Índice de Massa Corporal (IMC) (que se baseia-se na divisão do peso total (kg) pela altura ao quadrado (m²). Barbosa et al., (2001), afirma ser um dos índices antropométricos mais utilizados na prática nos últimos anos.

E segundo Germano et al., (2011) e Bouchard (2003), a etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, e ainda que exista a influência genética, metabólica, sociocultural e psicossocial no ganho de peso, os fatores ambientais, como estilo de vida sedentário e hábitos alimentares inadequados são decisivos neste processo.

Costa et al., (2009) afirma que a vulnerabilidade dos indivíduos em apresentar uma má conduta na alimentação se tornou maior, devido a mudanças ocorridas na sociedade, acarretados pelo crescimento econômico, modernização, urbanização e globalização, que podem influenciar não somente o seu hábito alimentar, mas principalmente o seu estado nutricional.

E as consequências dessas mudanças nos padrões de alimentação levaram ao predomínio do hábito de consumir alimentos e bebidas altamente processados, o que gerou um desequilíbrio no consumo energético e prevalência de obesidade (POPKIN, 2011).

A obesidade tem como fisiopatologia o balanço positivo na ingestão energética, ou seja, a ingestão calórica é maior que o gasto calórico. Dessa forma, a adoção de estilos de vida sedentários, que exigem pouca energia, irá contribuir diretamente para o ganho de peso (ENES; SLATER, 2010).

Cardoso et al. (2011), destacam o papel da globalização e a urbanização, tanto nos países de baixa, média e alta renda, sobre as modificações alimentares da população. Uma consequência da substituição dos alimentos saudáveis, in natura, como frutas, legumes, verduras, alimentos integrais, por alimentos industrializados e altamente processados ricos em gorduras trans, sódio e ricos em calorias.

Na literatura internacional encontra-se alguns estudos associando a obesidade com os transtornos mentais, principalmente os comuns, como a depressão e a ansiedade, que favorecem o desenvolvimento da obesidade, assim como a obesidade parece aumentar os casos de transtorno bipolar, depressão e transtorno do pânico (EBBELING et al. 2002).

Tung et al., (2014) associa esta obesidade, não somente aos transtornos da alimentação, mas também pela inatividade e efeitos colaterais relacionados ao uso dos estabilizadores de humor, principalmente o lítio que é o medicamento mais utilizado no tratamento e manutenção dos transtornos de humor.

Em relação ao tratamento da obesidade, muitas estratégias têm sido tentadas, porém o tratamento dessa doença exige terapias comportamentais, modificação dos hábitos alimentares por meio de orientações nutricionais visando a redução do consumo de gorduras, açúcares e calorias, além disso a prática regular de atividade física, pois é consenso entre autores que a perda de peso de 5 a 10% está associada a diminuição significativa nos níveis de glicose sanguínea, concentrações de lipídios e na incidência de diabetes melitus (CARVALHO & ZANELLA, 2002; FEIGBAUM et al., 2005)

Diante das problemáticas apresentadas, nota-se a real importância de uma alimentação adequada associada à atividade física regular e quão são essenciais e determinantes para a saúde do indivíduo.

2 OBJETIVOS DO ESTUDO

2.1 Geral

Promover a perda de peso na paciente.

2.2 Específicos

- Consumo de três porções de frutas ao dia;

- Fracionar as refeições;

- Alimentar-se a cada três horas;

- Realizar 5 refeições ao dia;

- Perda de peso de 3kg em 1 mês.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 Identificação do Paciente

Paciente C.O.S.,

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