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A gestação é um momento especial na vida de uma mulher, cuidar da saúde é um ato de amor, sobretudo uma forma de prevenção

Por:   •  2/11/2018  •  2.187 Palavras (9 Páginas)  •  460 Visualizações

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Apesar da maioria das mulheres que desenvolvem DMG terem seus níveis glicêmicos normalizados após o parto, 40% a 60% podem desenvolver diabetes mellitos tipo 2 após o período de 15 a 20 anos. Para diminuir esse 6

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risco, as mulheres devem manter o peso dentro dos parâmetros normais e fazer exercícios físicos regularmente (VITOLO, 2008).

Segundo Costa, Paulinelli e Barbosa (2012) as faixas de ganho de peso de acordo com o índice de massa corporal (IMC), para mulheres que iniciam a gestação eutróficas devem ser entre 11,5 – 16 kg, para as com sobrepeso entre 7//11,5 kg e para as obesas no máximo 7 kg. Essas limitações têm como objetivo uma gestação saudável para a mãe e filho. Infelizmente, a maioria das mulheres quando engravida passa a se alimentar em quantidades maiores, ao mesmo tempo diminuem as atividades esportivas, o que pode levá-las a um maior ganho de peso.

Por este e outros motivos o tratamento dietético tem por finalidade, manter o nível normal da glicemia, promover quantidade suficiente de calorias, prevenir e tratar complicações agudas e melhorar a saúde (CUPPARI, 2005). Os RNs também apresentam maior risco de aparecimento de novos sintomas em longo prazo. O alto peso ao nascer é um fator predisponente para a resistência insulínica, obesidade e DM2 na infância (VITOLO, 2008).

O diagnostico precoce e o tratamento tem como proposito reduzir a mortalidade materna e fetal (WEINERT, et al. 2011). A adequação da dieta tem por papel nutrir a mãe e o feto oferecendo as calorias suficientes para o ganho de peso e normalização da glicemia (BOSCO, 2010). Uma avaliação nutricional completa visa o conhecimento de hábitos alimentares e estimativos da ingestão calórica pré-gestacional (CUPPARI, 2005).

Uma avaliação antropométrica no pré-natal tem por finalidade identificar desvios nutricionais e estabelecer um plano de ação eficaz a fim de resolvê-los. Hábitos alimentares saudáveis durante a gestação são de suma importância para o desenvolvimento adequado do feto, reduzindo os ricos de complicações para binômio mãe-filho. Estudos mostram que uma dieta com adequação de macronutrientes é capaz de promover o controle da glicemia materna, reduzir a necessidade de insulina exógena, e consequentemente evitar o nascimento de crianças macrossômicas. Sendo assim, ressalta que as orientações nutricionais são de grande relevância no controle da DMG (TOURINHO; REIS, 2013).

Outro fator importante a ser ressaltado é que devido às alterações que acontecem na gestação, é possível que ocorra variações nos hábitos alimentares da mulher, havendo mudanças no olfato e paladar, relacionados à ação hormonal (TOURINHO; REIS, 2013). 7

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O peso ao nascer, aferido na primeira hora após o nascimento, é um parâmetro usado mundialmente para avaliar as condições de saúde do RN, alertando os profissionais de saúde sobre seu risco de morbimortalidade. Ele reflete as condições nutricionais da gestante e do neonato e tem influência direta no crescimento e desenvolvimento da criança e nas condições de saúde do indivíduo na vida adulta (TOURINHO; REIS, 2013).

O total de calorias ingeridas deve ser dividido entre as principais refeições, considerando que 60% de calorias no almoço e jantar. É importante lembrar que o paciente respeite o horário das refeições, alimentando-se a cada duas ou três horas, evitando jejum prolongando (BOSCO, 2010).

A atividade física exerce um papel importante no controle glicêmico da gestante, por isso precisa ser associada à uma dieta adequada, e tem como objetivo principal diminuir a intolerância à glicose por meio do condicionamento cardiovascular. Somente com os exercícios não se consegue atingir um controle metabólico adequado, por isso o médico inicia a terapia com insulina (BOSCO, 2010).

As complicações relacionadas ao Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) para mãe são, o aumento na indicação de cesária e a maior prevalência de pré-eclâmpsia e, para o concepto, a prematuridade e macrossomia. Devido às necessidades do feto em crescimento e as alterações fisiológicas e metabólicas que ocorrem com a mulher grávida, os requisitos nutricionais são aumentados e, é de grande relevância o bom controle glicêmico no período pré-gestacional e no decorrer da gestação, para que se tenha uma gravidez sem complicações (WEINERT, et al. 2011).

A terapia nutricional no DM1, visa manter o controle glicêmico, evitando hipoglicemias ou hiperglicemias, por meio de ajuste da insulina em relação a quantidade de carboidratos ingeridos (BOSCO, 2010). É importante estabelecer um plano alimentar integrado a terapia insulínica e exercício físico, observando-se a relevância do fracionamento das refeições (CUPPARI, 2005).

A terapia nutricional do DM2 apresenta essencialmente as mesmas indicações do DM1 (BOSCO, 2010). Tendo como principal objetivo manter normal os níveis glicêmicos, as dietas devem ser hipocalóricas, pois a perda de peso contribui de forma muito significativa (CUPPARI, 2005).

As recomendações dietéticas para gestantes portadoras de DMG são, controlar o consumo de frutas em até 300gr/dia, evitar sucos de frutas como rotina e se ingeri-los, devem ser diluídos em agua, a quantidade de açúcar simples não deve passar de 10% a 15% da 8

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quantidade total de carboidratos, as refeições devem ser fracionadas e seus horários respeitados, incluindo verduras e legumes ricos em fibras nas principais refeições (VITOLO, 2008). É necessário um plano dietoterápico que vise uma alimentação saudável e equilibrada (GALISA; ESPERANÇA; SÁ, 2007).

IMC é considerado o melhor parâmetro identificador de DMG, quando comparado com a estatura das gestantes. Vários estudos mostraram associação entre sobrepeso e obesidade pré-gestacional e ganho de peso gestacional com o desenvolvimento do DMG. A OMS define como adequado o IMC entre 18,5 e 24,9; sobrepeso, entre 25 e 29,9, e obesidade, quando o IMC é >30kg/m². Para as recomendações do ganho de peso gestacional ideal, o Instituto de Medicina (IOM) tem por base o estado nutricional da gestante, definido pelas classes de IMC pré-gestacional (BOLOGNANI, 2011).

Segundo Galisa, Esperança & Sá (2007) as exigências calóricas devem ser fixadas, inicialmente, como se

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