A Avaliação do Estado Nutricional

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O surgimento do adolescente como ator consciente de si mesmo é cada vez mais reconhecido pelos fabricantes industriais de alimentos, que conseguem chegar até o jovem com slogans atrativos, comerciais joviais e uma linguagem moderna e convincente. Percebemos que, hoje alimentação de diferentes culturas está sofrendo mudanças em todo mundo, sendo motivo de preocupação, pois os adolescentes estão trocando alimentos naturais por alimentos pouco saudáveis. Atualmente a tendência mundial é o consumo excessivo de calorias típicas das sociedades industriais.

Antigamente, comia-se para viver e hoje o consumismo induz a “viver para comer”. No tocante á promoção da saúde e á prevenção de algumas enfermidades desencadeadas pela má alimentação são necessárias que ocorram mudanças nos hábitos alimentares desses adolescentes. A mudança dos hábitos alimentares das pessoas, principalmente dos adolescentes brasileiros, é preocupante por trazer conseqüências desagradáveis. Os adolescentes priorizam e tendem a viver o momento, não se preocupando com as conseqüências de seus hábitos alimentares ao longo prazo.

Comportamentos alimentares e seus determinantes

Os hábitos alimentares que são vistos mais freqüentemente entre adolescentes que em outros grupos etários incluem consumo irregular de refeições, excesso de lanches, comer fora de casa (especialmente em locais de fast-food), dietas e pular refeições. Vários fatores contribuem para estes comportamentos, incluindo a diminuição da influência da família, aumento da exposição á mídia, aumento de prevalência de empregos fora de casa, maior capacidade de gastos arbitrários e aumento de responsabilidade que deixam menos tempo para que os adolescentes se alimentem com suas famílias.

O nível socioeconômico, a freqüência de refeições em família e a disponibilidade de alimentos saudáveis em casa têm sido positivamente associadas com padrões alimentares de frutas, vegetais e amido (Cutler et al., 2011). A maioria dos adolescentes está ciente da importância da nutrição e dos componentes de uma dieta saudável; entretanto, eles têm varias barreiras para superar.

Durante seus desenvolvimentos vários adolescentes não têm capacidade de associar os hábitos alimentares atuais com os riscos futuros de doenças. Os adolescentes adotam comportamentos de saúde que demonstram sua busca de autonomia e os fazem sentir-se mais adultos, como consumir bebidas alcoólicas, fumar e ter atividade sexual.

A educação e a orientação nutricional devem enfocar os benefícios em curto prazo, como melhora do desempenho escolar, melhora a aparência e ter mais energia.

Percepções das práticas alimentares

As práticas alimentares adotadas atualmente no adolescente têm correspondido a dietas ricas em gorduras, açúcares e sódio, com pequena participação de frutas e hortaliças. Esse quadro está relacionado à manifestação cada vez mais precoce de doenças crônicas entre os adolescentes, como obesidade e diabetes.

O que envolve um grande impacto na saúde pública. Em intervenções nutricionais, o foco central costuma ser a difusão de informações sobre os benefícios de determinados alimentos e os malefícios de outros.

Padrão alimentar e seu impacto na saúde do adolescente

No momento atual, os adolescentes tendem a viver, não dando importância as conseqüências de seus hábitos alimentares, que podem ser prejudiciais. Sabe-se que hábitos alimentares inadequados na adolescência podem ser fatores de risco para doenças crônicas e obesidade. Os adolescentes passam, gradativamente, maior parte do tempo fora de casa, na escola e com os amigos, que também influenciam na escolha dos alimentos e estabelecem o que é socialmente aceito.

O impacto nutricional dos lanches e fast-foods podem ser influenciados por alguns fatores como, a freqüência de consumo e valores nutricionais dos alimentos escolhidos. Tais preparações podem ser aceitáveis, quando parte de uma idéia adequada e balanceada, mas geralmente apresenta uma grande quantidade de energia à baixa quantidade de ferro, cálcio, vitamina A e fibras (Bull,1988). Essa atitude pode ser justificada pela falta de tempo disponível para dedicar a uma refeição, preferências e individuais, modismo e por uma refeição que pode ser feita com amigos.

Percepção do adolescente obeso sobre as repercussões da obesidade em sua saúde

O excesso de peso pode ser causa de sofrimento, depressão e isolamento social, comprometimento a qualidade de vida, muitas vezes imposto pela valorização do corpo magro e atlético. Estudos sobre a imagem corporal em jovens obesos referem que estes não apreciam seus corpos ou distorcem suas percepções. Há relatos de culpa e desprezo.

O adolescente obeso deseja está de acordo com os padrões de beleza estabelecidos pela mídia. Em paralelo com a obesidade, enfrentam transformações biológicas onde vivenciando dificuldades de integração.

A obesidade na adolescência tem conseqüência sobre a saúde tanto a curto como em longo prazo. Para eles, a obesidade está ligada a complicações cardíacas, e ter saúde é estar com o corpo bonito, praticar esporte, manter uma alimentação balanceada e boa higiene. Há uma dificuldade entre eles no que diz respeito ao retorno à saúde, mas demonstram a necessidade de mudanças de hábitos e prática de atividade.

Benefícios da pratica da atividade física para adolescentes

A atividade física é toda atividade que envolva a participação muscular, também apresenta diversos efeitos benefícios ao organismo, sendo recomendado como uma estratégia de promoção de saúde. Porém, recomendações para atividades físicas sugerem que os jovens devem exercitar pelo menos 60 minutos por dia incluindo a participação em atividades vigorosas pelo menos três vezes por semana (U.S Department of Health and Human Service, 2008).

A atividade física é, a longo prazo, uma estratégia efetiva para manutenção do peso e redução da gordura corporal, preservando a massa isenta de gordura (Guedes e Guedes, 1998). Em crianças e adolescentes, maior nível de atividade física contribui para melhorar o perfil lipídico e metabólico, reduzir a prevalência de obesidade, assim como favorecer o aumento da massa óssea, principalmente quando envolve impacto, podendo reduzir o risco de aparecimento de osteoporose em idade avançada (SBME, 1998).

O benefício da atividade física na adolescência