O Resumo Digestório

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Superfície ventral – lisa. Superfície dorsal – irregular, recoberta anteriormente por uma grande quantidade de eminências pequenas denominadas papilas. Terço posterior dorsal é separado dos dois terços anteriores por uma região em forma de V. Posteriormente a essa região – dois tipos de agregados linfoides: pequenos grupos de nódulos e tonsilas linguais, nas quais os nódulos linfoides se agregam ao redor de invaginações da camada mucosa denominada criptas.

- Papilas linguais: são elevações do epitélio oral e lâmina própria presentes na superfície da língua que assumem formas e funções diferentes: Papilas filiformes, papilas fungiformes, papilas foliadas, papilas circunvaladas.

- Papilas filiformes: cônicas e alongadas são as mais frequentes, cobrem toda a superfície da língua e não tem botões gustativos. Função mecânica de fricção. Epitélio queratinizado.

- Papilas fungiforme – tem a base estreita e uma parte apical amis dilatada a lisa (forma de cogumelo), apresenta botões gustativos. Estão entre as papilas filiformes.

- Papilas foliadas – são pouco desenvolvidas em humanos (macacos e coelhos). Duas ou mais rugas paralelas separadas por sulcos na superfície dorsolateral da língua. Muitos botões gustativos

- Papilas circunvaladas: são 7 a 12 estruturas circulares grndes, superfícies achatadas, se estendem acima de outras papilas. Estão distribuídas na região do V lingual. possui um sulco ao seu redor e dispõe-se em V, formando a V lingual, apresentam em sua parede numerosos corpúsculos gustativos.

Obs.: Nos sulcos destas papilas desembocam glândulas serosas que secretam entre outras a lipase (ajuda a não reter restos alimentares no sulco). Além destas glândulas existem várias outras na cavidade oral que ajudam no processo inicial de digestão.

Além destas glândulas existem várias outras na cavidade oral que ajudam no processo inicial de digestão.

A lipase lingual é ativa no estômago e pode digerir até 30% dos triglicerídeos da dieta.

Botões Gustativos: estruturas em forma de cebola, repousa sobre uma lâmina basal, na porção apical possuem microvilosidades que se projetam para uma estrutura- poro gustativo. Esses botões são os responsáveis pela gustação. Substâncias dissolvidas na saliva (gustantes) penetram pelos poros gustativos, interage com receptores acoplados a proteína G e contolam canais iônicos, que levam a despolarização de células gustativas e liberam neurotransmissores que estimulam fibras nervosas aferentes.

→FARINGE:

região de transição entre cavidade oral e sistemas digestivo e respiratório; área de comunicação entre região nasal e laringe; epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado na região contínua ao esôfago e epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado contendo células caliciformes nas regiões próximas à cavidade nasal; contém as tonsilas; mucosa possui muitas glândulas salivares menores de secreção mucosa.

→Dentes e estruturas associadas: 32 dentes permanentes e 20 dentes decíduos; cada dente possui a coroa (acima da gengiva) e uma ou mais raízes. Alojamentos ósseos – alvéolos dentários. Coroa recoberta por um tecido mineralizado extremamente duro (ESMALTE) e as raízes por outro (CEMENTO). Mais internamente aos dois está a DENTINA (tecido mineralizado que compõe a maior parte do dente). Ela circunda um espaço denominado cavidade pulpar, preenchido por tecido conjuntivo frouxo muito vascularizado e inervado, denominado polpa dentária. Cavidade pulpar contém uma porção coronária (câmara pulpar) e uma porção na raiz (canal apical) possibilita a entrada e saída de vasos e nervos. Ligamento periodontal: TC com feixes grossos de fibras colágenas inseridos no cemento e no osso alveolar, fixando o dente no alvéolo.

→Esmalte: é um tecido mineralizado acelular que cobre a coroa do dente. É um tecido singular, pois é diferente do osso tendo sua formação a partir de células de origem ectodermal (ameloblastos) ao contrário do osso que deriva do conjuntivo (osteoblastos). O esmalte é a substância mais dura do organismo sendo formado por 96% de cristais de hidroxiapatita, 1% de matéria orgânica e 3% de água. Consiste em colunas alongadas (prismas de esmalte) que estão unidas entre si pelo esmalte interprismático.

→Dentina: estrutura que forma a maior parte do dente. Tecido mineralizado mais duro que o osso (conteúdo mais elevado de sais de cálcio). Aproximadamente 90% do conteúdo orgânico da dentina é formada por colágenos tipo I. Sendo que 70% do peso da dentina é representada pelos cristais de hidroxiapatita. É produzida por células chamadas de Odontoblastos.

- Odontoblastos: célula alta cilíndrica secretora, com um longo prolongamento citoplasmático se estende ao longo da espessura da dentina. Os prolongamentos estão embebidos na matriz que secretam, por isso sua matriz é permeada extensamente com longos e estreitos Túbulos Dentinários. Acredita-se que os prolongamentos e os túbulos dentinários sejam responsáveis pela sensibilidade dentinária (teoria hidrodinâmica)

→Histologia Aplicada: A suscetibilidade dos cristais do esmalte à dissolução em pH ácido é a base da cárie dentária. Alguns cristais do esmalte (de fluorapatita) são menos suscetíveis que a hidroxiapatita.

- Pré-dentina: Matriz imatura ainda não mineralizada, possui os mesmos componentes do osteoide com algumas proteínas.

- Fosfoproteínas (DPP): responsável por uma grande fixação de cálcio

- Sialoproteína (DSP): também participam do processo de mineralização

→ Polpa Dentária: a cavidade pulpar do dente é um compartimento de tecido conjuntivo limitado pela dentina. A polpa dental é formada por um conjuntivo frouxo altamente vascularizado e muito inervado. A cavidade pulpar adota a forma do dente. Os vasos e os nervos da polpa entram na cavidade pelo vértice da raiz através do forame apical. Principais componentes: odontoblastos, fibroblastos, matriz (fibrilas ______ de colágeno e diversos glicosaminoglicanos).

→Periodonto: compreende as estruturas responsáveis por manter o dente nas maxilas e na mandíbula. Consiste em: cemento, ligamento periodontal, osso alveolar, gengiva.

- Cemento: recobre a dentina radicular. Assemelha-se em composição ao tecido ósseo, embora não contenha vasos sg. Mais espesso na região apical, onde podemos encontrar os cementócitos.