A Produção de suínos tem se mostrado um negócio promissor no Brasil
Por: Rodrigo.Claudino • 25/5/2018 • 2.447 Palavras (10 Páginas) • 446 Visualizações
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Sinais clínicos
O período de incubação da erisipela suína oscila entre um a sete dias. Os sinais clínicos ocorrem sob as formas hiperaguda, aguda, subaguda e crônica (Takahashi , 1993).
Forma hiperaguda:
Na forma hiperaguda ocorre morte súbita.
Forma aguda:
Durante a forma aguda é observada septicemia, febre elevada (até 42ºC), prostração, anorexia, conjuntivite e andar cambaleante. Podem ocorrer mortes. A partir do segundo dia de infecção podem tornar-se visíveis lesões cutâneas em forma de eritema, lembrando contornos em losango. São áreas salientes na pele, de coloração púrpuro-escuras, facilmente visíveis em animais de pelagem clara, sendo patognomônicas para a doença. Estas podem ser explicadas pela ocorrência de microtrombos, estase sanguínea por danos em capilares, com a presença das bactérias e células inflamatórias. As lesões podem desaparecer em quatro a sete dias, ou originar áreas de necrose que persistem por várias semanas, com infecção secundária. Estas lesões necróticas tornam-se escuras, secas e endurecidas, desprendendo-se do tecido adjacente. Porcas em gestação abortam e os machos apresentam infertilidade temporária.
Podem ocorrer lesões cutâneas generalizadas por ocasião do abate em frigorífico. Representam agudização da doença, desencadeada pelo transporte dos animais, ou resultam do agrupamento de animais de diversas origens no período que antecede o abate. A erisipela nestes casos é assintomática na granja em suínos que serão transportados (Schwartz , 2002).
Forma crônica:
A forma crônica caracteriza-se pela ocorrência de artrites e insuficiência cardíaca. Suínos apresentam engrossamento das articulações dos membros locomotores, em alguns casos já a partir da terceira semana após a infecção e sentem dor ao movimentarem-se (Wood , 1999). Artrites por erisipela são proliferativas e não supurativas e podem progredir no suíno vivo mesmo na ausência das bactérias, ocorrendo perdas por diminuição no desenvolvimento dos animais, além das perdas no frigorífico. Artrite é a manifestação clínica atualmente mais importante sob o ponto de vista econômico, pois afeta o crescimento e também causa perdas em frigorífico. A proliferação de tecido granular nas válvulas cardíacas causa endocardite vegetativa, com insuficiência cardíaca. As lesões valvulares iniciam com inflamação vascular e infartos no miocárdio resultante da obstrução pelas bactérias. Estes processos, acrescidos de exsudação de fibrina provocam destruição valvular (Wood , 1999). Em suínos em crescimento, E. rhusiopathiae é a segunda causa de endocardite vegetativa, depois de Streptococcus suis. Os microorganismos podem persistir por vários meses nas lesões cardíacas (Schwartz , 2002).
Achados de necropsia
Na forma aguda a necropsia revela esplenomegalia, hemorragias em forma de petéquias no epicárdio e no córtex renal, linfonodos aumentados e hemorrágicos. Hemorragias nas serosas de todos os órgãos podem ocorrer, isso se deve as arteriolites e a trombose induzida pela bacteremia (SANTOS, 2010).
Alguns casos subagudos podem não ser percebidos, como ocorre em plantéis com imunidade vacinal.
A forma crônica caracteriza-se pela ocorrência de artrites proliferativas com engrossamento das articulações e insuficiência cardíaca com lesões valvulares e infartos do miocárdio.
No coração se observa massas nodulares e vegetativas, branco-amareladas, extremamente friáveis, associadas a hemorragias, localizadas nas válvulas cardíacas (SANTOS, 2010).
Diagnóstico
O diagnóstico de erisipela suína pode ser realizado na granja (pela apresentação do quadro, especialmente quando ocorrem lesões cutâneas) e por testes laboratoriais. No laboratório, o cultivo das bactérias pode ser obtido a partir de sangue, órgãos, pele ou fezes de animais, utilizando-se meio de cultura seletivo (Oliveira, 2000). O cultivo a partir de sangue (hemocultura) tem valor, mas o exame deve ser realizado em vários suínos do lote, pois a bacteriemia pode ser transitória (Schwartz, 2002).
Como E. tonsillarum tem sido isolado com menor frequência do que E. rhusiopathiae, a diferenciação definitiva por características fenotípicas ainda pode ser questionada, visto que talvez seja necessário o exame de maior número de isolados para que haja conclusão quanto a utilização de sacarose pelo primeiro.
A infecção por E. rhusiopathiae em suínos deve ser diferenciada de outras infecções, entre as quais as causadas pelo vírus da peste suína clássica, pela Salmonella choleraesuis e pelo Streptococcus suis. As duas primeiras causam confusão pelos sintomas septicêmicos e a última por ocorrer com artrites e endocardite (Oliveira; Sobestiansky, 2007).
O teste sorológico de ELISA, bem como a fixação de complemento são provas laboratoriais utilizadas, mas pode ocorrer confusão com títulos vacinais.
O teste de imunodifusão em gel é utilizado para sorotipagem de Erysipelothrix spp. O antígeno é obtido a partir de colônias isoladas em ágar sangue (Barcellos; Oliveira; Borowski, 1984).
Os testes moleculares estão contribuindo para o diagnóstico de erisipela suína, mas as pesquisas são recentes. Uma desvantagem da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) consiste na necessidade prévia de obterse um cultivo de 24 horas para que haja número detectável de bactérias (Yamazaki, 2006). Foi desenvolvido um teste de PCR específico para detectar o gênero, sem distinção das espécies das bactérias (Makino; Okada; Maruyama; Ishikawa; Takahashi; Nakamura; Ezaki; Morita, 1994) e mais recentemente um teste PCR multiplex (Yamazaki, 2006). No Brasil, foi realizado um teste de nested PCR específico para detecção de Erysipelothrix rhusiopathiae. Constataram-se por este teste que oito amostras das bactérias estavam presentes em tonsilas de suínos vacinados (Lunge; Rodrigues; Oliveira; 2005).
Diagnóstico diferencial: Erisipelóide (quadro que surge em ponto de inoculação, em geral de um ferimento resultante de manuseio de carne de peixe contaminada, suíno e outros animais); dermatite de contato (história clínica e a localização orientam quanto a um agente sensibilizante).
Tratamento
Foi realizado um experimento para verificar a influência de antibióticos usados
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