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A atuação da fisioterapia no tratamento e prevenção da incontiência urinária

Por:   •  17/11/2018  •  2.668 Palavras (11 Páginas)  •  448 Visualizações

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Em relação aos exercícios, as pacientes podem utilizar de contrações longas ou curtas, sendo as longas ficando em posição deitada de costas ou de lado com as pernas afastadas e o tórax relaxado, levantar o assoalho pélvico e sentir a contração conforme os esfíncteres são apertados e a passagem interna se torne estreita e tensa, prendendo por 10 segundos e relaxando a musculatura completamente [6].

Para contração mais rápidas o mesmo procedimento sendo a única diferente o tempo o qual será de 2 a 3 segundos de contração da musculatura [6].

Para que o tratamento seja eficaz, é necessário uma interação terapeuta-paciente, com total dedicação tanto daquele quanto desta, espera dela. As reavaliações devem ser periódicas para progredir com o programa de exercícios e de comando verbal do terapeuta que são imprescindíveis [6].

Com isso exercícios físicos como o fortalecimento do assoalho pélvico, as contrações corretas dos músculos perineais em concominância com a respiração adequada é de grande importância, pois a fisioterapia mostra-se eficaz na sustentação dos órgãos pélvicos e reforça a resistência uretral, dando condições para o equilíbrio do grupo muscular [6].

Portanto, este artigo tem o objetivo de destacar um conhecimento amplo sobre a atuação da fisioterapia na incontinência urinária, tanto no tratamento, quanto na prevenção, apresentando os tratamentos disponíveis, e com isso ajudar a aumentar a autoestima da população idosa contribuindo para sua interação social e melhoria na qualidade de vida.

Metodologia

Trata-se de uma revisão de literatura, com busca eletrônica de publicações científicas na base de dados Scielo. Foram levantados artigos publicados entre 2007 e 2015, utilizando como os descritores “fisioterapia em idosas com incontinência urinária”, “tratamento fisioterapêutico em idosas”, “fortalecimento pélvico em idosas”, todos em língua portuguesa.

Foram identificados 22 artigos com o tema, porém 15 foram incluídos após leitura do resumo e 7 foram excluídos pois não estavam de acordo com o objetivo da pesquisa.

Discussão

A incontinência urinária ocorre quando a bexiga não consegue armazenar a urina ou quando é incapaz de esvaziar-se completamente. Existem diversos tipos de incontinência urinária, podendo ser persistentes ou transitórias. São classificadas como: incontinência urinária de esforço, incontinência urinária de urgência, incontinência urinária mista, incontinência urinária por transbordamento [3].

Na população feminina em geral, o mais frequente é a incontinência urinária de esforço, responsável por quase metade dos casos diagnosticados, em seguida tem a incontinência urinária de urgência e a incontinência urinária mista.

A prevalência de incontinência urinária, em geral, apresenta-se mais elevada em mulheres brancas e hispânicas do que em mulheres negras e asiáticas. Mulheres brancas são mais propensas a ter incontinência urinária de esforço em comparação com as mulheres negras que é mais evidente a incontinência urinaria de urgência, causando uma diferença significativa entre os grupos étnico-raciais. Não foi encontrada uma prevalência entre as raças sobre a incontinência mista, pois a mesma caracteriza-se pela combinação dos dois tipos de incontinência, a de esforço e urgência. Quanto à quantidade de perda urinária, mulheres brancas e asiáticas apresentam uma perda em pequena quantidade e as negras e hispânicas em maior quantidade [7].

A incontinência urinária de esforço ocorre quando aumenta a pressão abdominal e essa pressão extra será transmitida a bexiga, levando ao limite de armazenamento máximo, ocorrendo a perda de urina. São classificadas em incontinência urinaria por esforço, três tipos: tipo I, perda urinária discreta, ocasional que se manifesta, sobretudo, quando a paciente está de pé e faz muito esforço; tipo II, perda urinária moderada, onde a bexiga e a uretra estão caídas, ela se produz sistematicamente quando se faz um esforço de pé; tipo III, perda urinária severa por lesão na uretra. A bexiga e a uretra mesmo estando no lugar, perde a capacidade de contrair, permanecendo a uretra sempre aberta, e com isso ocorre a perda urinária, tanto em situação de esforço leve como caminhar, quanto o simples gesto de mudar de posição [3].

A incontinência urinária de urgência é a incapacidade de armazenar urina, acontece decorrente da hiperatividade da musculatura, onde o músculo detrusor da bexiga se contrai independente da vontade da pessoa, causando mais pressão na bexiga do que na uretra dando a sensação de querer urinar, sem dar tempo de chegar ao banheiro [3].

A incontinência urinária mista é a combinação da incontinência urinária de esforço com a incontinência urinaria de urgência. Incontinência urinária de transbordamento ocorre quando a bexiga fica muito cheia que chega a transbordar, pode ser causada pelo enfraquecimento do músculo da bexiga ou pela obstrução da saída de urina [3].

A fisioterapia visa a prevenção e o tratamento curativo da incontinência urinária por meio da educação da função miccional, em respeito a informação do uso adequado da musculatura do assoalho pélvico, como o aprendizado e técnicas de exercícios para o fortalecimento da musculatura [8].

Entre os principais tratamentos fisioterapêutico da incontinência urinária, encontram-se os cones vaginais, o biofeedback, a eletroestimulação, cinesioterapia, reeducação comportamental.

Os cones vaginais foram desenvolvidos por Plevnik em 1985. Servem para auxiliar o fortalecimento da musculatura em pacientes que estejam realizando exercícios pélvicos. O principio está baseado no estímulo do recrutamento da musculatura pubo-coccígea e auxiliar periférica, que devem reter os cones progressivamente mais pesados [3,8].

O Biofeedback é uma ténica monitoramento por aparelhos, de eventos fisiológicos que a paciente é incapaz de distinguir por si só. É utilizado em pacientes com incontinência urinária de esforço, o método é para obter conhecimento da musculatura envolvida no relaxamento e contração uretral e da musculatura indiretamente envolvida no ato da micção. A eletroestimulação, no modo transvaginal é dependente de uma corrente, inibindo o músculo detrusor, diminuindo o número de micções com consequente aumento da capacidade vesical, determinando ainda o aumento da força de contração do músculo elevador do ânus e do comprimento funcional

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