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A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Por:   •  26/9/2018  •  2.139 Palavras (9 Páginas)  •  449 Visualizações

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2 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO

Realizou-se o estágio obrigatório supervisionado II de Fisioterapia em Cuidados Intensivos na unidade de cuidados especiais (UCE), na clínica médica e na clínica cirúrgica do Hospital Municipal de Marabá, cujo local possui estrutura adequada para que haja o atendimento fisioterapêutico junto com equipe multidisciplinar. A unidade de cuidados especiais, é uma sala de acesso restrito que funciona como UTI, disponibilizando de 4 leitos, equipada com ventiladores mecânicos, aparelhos de aspiração orotraqueal e suportes para monitorização de pacientes sedados e internados. A clínica médica fica localizada no bloco A do prédio que conta com diversos leitos onde ficam hospitalizados pacientes de mais diversos casos clínicos. Já a clínica cirúrgica, localiza-se no bloco B do hospital, mantendo internados pacientes que passam por procedimentos cirúrgicos. Nos três setores supracitados, conta-se com o acompanhamento de equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, dentre outros. A estrutura do Hospital Municipal de Marabá proporciona boas condições para realização de estágio supervisionado.

3 METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido a partir da descrição de um caso clínico de um paciente internado no Hospital Municipal de Marabá que recebeu atendimento fisioterapêutico realizado por estagiários graduandos em fisioterapia que passam pela disciplina de Prática Supervisionada II, acompanhados por professor supervisor. O critério para eleger o paciente ficou a livre escolha do acadêmico estagiário. Foi eleito o caso de um paciente diagnosticado com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC. Realizou-se a ficha de avaliação pneumo-funcional, foi dado o diagnóstico cinético funcional, traçado os objetivos e condutas do tratamento fisioterapêutico. A avaliação foi realizada no dia 01 de Março de 2017 e os atendimentos seriam realizados diariamente, com duração de 30 a 40 minutos. Foram utilizados conhecimentos adquiridos no decorrer da vida acadêmica para realizar avaliação e tratamento. Além disso, foram feitas consultas virtuais em artigos publicados em site para ampliar os conhecimentos e buscar embasamento teórico para realização deste trabalho.

4 RELATO

Paciente M. A. S. S, sexo feminino, 69 anos de idade, viúva, naturalidade Marabá-PA, doméstica. Diagnóstico Clínico: AVE, doenças concomitantes ICC + DPOC + HAS, exame complementar RX de tórax. Medicamentos: Rocefin 2g; Amiodarona 200mg; Digoxina 0,25mg; Espironolactona 25mg. Não possuí antecedentes cirúrgicos, fez varias internações, mas não lembra quantas vez foi “SIC”.

QP: Falta de ar, cansaço, dor de cabeça “SIC”. Fatores de risco: hipertensão, sedentarismo. HF: Paciente relata que sua mãe tem pressão alta e diabates. HMA/HMP: Paciente relatou que sentiu um cansaço e o coração acelerado e foi levada por familiares até o pronto socorro do Hospital Municipal de Marabá onde foi internada. Ex-tabagista, não etilista. Não pratica nenhuma atividade física.

Sinais vitais: FC: 45 bpm, FR: 18 irpm, PA: 130x60 mmHg, Tº: 36ºC, SaO2: 99%. Nível de consciência: orientado com Glashow 15. Queixa-se de dispneia ao realizar suas AVD’s, quando, anda segurando o peso e subir escada, é independente nas ADV’s. Tosse seca. Oxigenioterapia sob cateter nasal à 5l/min. AP: MV + com sibilos expiratório, não apresenta secreção brônquica, ausência de cianose, não faz uso de musculatura acessória, não apresenta baqueteamento digital, trofismo muscular eutrófico, não apresenta tiragens, tórax normal, normocorado, padrão respiratório diafragmática, expansibilidade normal, percussão torácica som claro pulmonar, pupilas isocóricas.

Estágio funcional de nível 4, grau de força: hemicorpo esquerdo; flexão de quadril grau 5, abdução de quadril grau 5, extensão de joelho grau 5, flexão de ombro grau 5, abdução de ombro grau 5, flexão de cotovelo grau 5, hemicorpo direito; flexão de quadril grau 5, abdução de quadril grau 5, extensão de joelho grau 5, flexão de ombro grau 5, abdução de ombro grau 5, flexão de cotovelo grau 5. Reflexos normais aquileu, patelar, bicipital e tricipital.

A sigla DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) é uma condição patológica passível de prevenção e tratamento caracterizada por uma limitação do fluxo de ar que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo de ar é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas nocivas ou gases, primeiramente causada por fumaça de cigarro, embora a DPOC afete os pulmões, também produz consequências sistêmicas significativas. Denomina um grupo de entidades nosológicas respiratórias que acarretam obstrução crônica ao fluxo aéreo de caráter fixo ou parcialmente reversível, tendo como alterações fisiopatológicas de base, graus variáveis de bronquite crônica e enfisema pulmonar. (JOSÉ e FRANCA, 2007).

A bronquite crônica é caracterizada pela presença de tosse crônica produtiva por três meses, por dois anos consecutivos, desde que outras causas de tosse crônica tenham sido excluídas. O enfisema é definido como uma dilatação anormal dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, acompanhada por destruição das paredes alveolares sem fibrose evidente. (BARBAS, et. al., 2004).

Embora existam muitos fatores de risco para a DPOC, os dois mais comuns são o fumo de cigarros, que tem sido estimado como responsável por 80% a 90% de todos os óbitos relacionados à DPOC e a deficiência de alfa1 – antitripsina (AAT).

Causas de DPOC:

- Fumaça de cigarros;

- Deficiência de alfa 1 – antitripsina;

- Vasculite urticariforme por hipocomplemento;

- Abuso de Ritalina Intravenosa;

- Síndrome de Ehlers-Danlos, síndrome de Marfan;

- Doença de Salla;

- Deficiência de alfa 1 - antiquimiotripsina. (Stoller, et. al., 2009).

Estima-se que 5,5 milhões de pessoas sejam acometidas por DPOC no Brasil e 52 milhões em todo o mundo, tendo sido essa doença responsável por 2,74 milhões de óbitos em 2000. No Brasil, vem ocupando entre a 4ª e 7ª posição entre as principais causas de morte. (JOSÉ e FRANCA, 2007).

Antigamente, era considerada uma doença que

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