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HIV - SÍNDROME IMUNODEFICIÊNCIA

Por:   •  14/10/2018  •  3.303 Palavras (14 Páginas)  •  298 Visualizações

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Ao se pensar em sexualidade, observa se que, como qualquer outra pessoa dessa idade, os adolescentes e jovens necessitam ser aceitos pelos amigos e se sentirem a vontade para namorar. Só que o fato de viver com HIV/AIDS potencializa o medo de serem rejeitados pelos seus amigos e namorados especialmente ao perceberem o mundo preconceituoso em que vivem, no qual ‘ter AIDS’ ainda é um estigma (MINISTERIO DA SAUDE, 2013).

Embora a AIDS seja uma doença incurável, existem hoje tratamentos que aumentam a expectativa e qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença, observa-se ainda como a vulnerabilidade relaciona-se à questões objetivas como, o acesso a informação, nesse sentido é muito importante para os portadores do vírus compreenderem como o tratamento contribui para uma maior sobrevida (GOMES, SILVA, OLIVEIRA, 2011).

O acesso universal ao tratamento e as estratégias de prevenção, proporcionou as pessoas que vivem com HIV/AIDS uma melhor qualidade de vida, diminuição da morbimortalidade e da transmissão vertical, trazendo a perspectiva de um futuro em que se incluam projetos de vida. Para tanto, é fundamental boa adesão ao tratamento, além de possibilidades concretas de inserção social (MINISTERIO DA SAUDE, 2012).

As políticas públicas vigentes no Brasil em benefício das pessoas com HIV/AIDS têm como foco prestar assistência de qualidade as pessoas que convivem com esta doença. Em 2009 o Brasil alcançou um total de 644 serviços implantados, algumas das principais atividades realizadas por esses serviços são: cuidados de enfermagem, orientação e apoio psicológico, atendimento em infectologia, ginecologia, pediátrico e odontológico, controle e distribuição de antirretrovirais, orientações farmacêuticas, realizações de exames de monitoramento, distribuição de insumo de prevenção, assim como atividades educativas para adesão ao tratamento e para controle da AIDS (VILLARINHO, MARIANA VIEIRA et al.2013).

Existem também outros serviços assistenciais mais recentes como as unidades dispensadoras de medicamentos antirretrovirais (UDM), que realizam gestão e dispensação de medicamentos, bem como o acompanhamento e monitoramento dos pacientes. As UDMs têm como atividades, o atendimento individual e coletivo, que pode ser realizado em uma consulta com o profissional farmacêutico, onde são prestadas informações sobre a síndrome, os medicamentos e os cuidados necessários ao tratamento. Também, são desenvolvidas ações de acompanhamento farmacoterapêutico, em que são estudadas a condição, a história clínica e terapêutica das pessoas com HIV/AIDS incluindo, presença de doenças de base e outros medicamentos que se esteja tomando. Atualmente o Brasil conta com 668 UDMs cadastradas, podendo estar juntas a centros de saúde, ambulatoriais, hospitais dia, farmácias básicas municipais, entre outros (VILLARINHO, MARIANA VIEIRA et al.2013).

Há no Brasil uma Legislação que protege o direito do cidadão com HIV/AIDS: Portaria Interministerial Sheila Cartopassi nº 796/92 – Proíbe discriminação de crianças portadoras de HIV/AIDS nas escolas; Portaria Interministerial nº 869/92 – Proíbe testagem anti-HIV de funcionários públicos federais: admissão, periódico e demissional; Lei 11.199/02 – Proíbe discriminação dos portadores do HIV/AIDS; Lei 9313/96 – Garante distribuição gratuita e universal de anti-retrovirais; Portaria Interministerial de 12/04/02 – Institui Política de Saúde nos Presídios; Portaria Ministerial de 18/11/02 – Institui o projeto Nascer para evitar transmissão do HIV da mãe para o filho; Lei nº 7670/88 – Garante direito à licença para tratamento de saúde e liberação dos fundos PIS/PASEP e FGTS; Lei nº 7713/88 – Isenta portadores de HIV/AIDS do Imposto de Renda sobre aposentaria ou reforma (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

A AIDS ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção (DEPARTAMENTO DE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS, 2013).

2.1 SISTEMA IMUNOLÓGICO

Segundo Junqueira e Carneiro (2008) as células do sistema imunológico protegem o organismo contra macromoléculas estranhas, vírus, bactérias e outros micro-organismos. Além disso, eliminam células alteradas e células velhas, especialmente as células sanguíneas. O sistema imunológico é constituído por vários órgãos. O tecido linfoide (ou reticular) é um tipo especial de tecido conjuntivo rico em células de defesa como os macrófagos, células dendríticas que são apresentadoras de antígenos, linfócitos B e T e os plasmócitos. Ele contém ainda as células reticulares, que formam um arcabouço de sustentação para as células de defesa

2.2 ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO

Tonsilas são aglomerados de tecido linfoide sob o epitélio da boca (tonsilas linguais) e da faringe (tonsila faríngea e tonsilas palatinas), que protegem o organismo contra a entrada de moléculas estranhas junto com o ar ou com os alimentos. As tonsilas linguais são numerosas, têm pequeno diâmetro e situam-se no terço posterior da língua, sendo recobertas por epitélio estratificado pavimentoso, que forma uma cripta em cada tonsila. Há duas tonsilas palatinas, elas estão entre a cavidade oral e a faringe. São constituídas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, que serve de barreira à propagação das infecções (JUNQUEIRA, L.C & CARNEIRO, 2008).

Os linfonodos (antigamente chamados gânglios linfáticos) são numerosos no pescoço, nas axilas, nas virilhas, ao longo dos grandes vasos e nas cavidades do corpo e estão sempre interpostos no trajeto dos vasos linfáticos. São estruturas pequenas, com 1cm a 2cm de comprimento, de tecido linfoide e envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, que emite septos (ou trabéculas) para o interior do órgão. Nele corre um líquido, a linfa que corre nos capilares linfáticos, contínuos aos vasos linfáticos aferentes e localizados nos seios de tecido linfoide frouxo. Os espaços entre as células endoteliais permitem a passagem da linfa e das células de defesa. A circulação da linfa é lenta, favorecendo a fagocitose de moléculas estranhas pelos macrófagos (JUNQUEIRA, L.C & CARNEIRO, 2008).

O baço é bastante vascularizado, sendo responsável pela remoção de antígenos presentes no sangue, bem como pela produção de anticorpos para estes antígenos. Células reticulares, macrófagos

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