Classes terapêuticas
Por: eduardamaia17 • 18/1/2018 • 1.929 Palavras (8 Páginas) • 426 Visualizações
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Indicações terapêuticas: tratamento de infecções de vias aéreas superiores e inferiores; infecções da pele e tecidos moles causadas por microrganismos sensíveis à claritromicina; úlcera duodenal causada pelo H. pylori em esquema com outros medicamentos.
Contra indicações: Disfunção hepática e renal. Nunca associar a terfenadina, aztemisol e cisaprida.
Interações medicamentosas: Astemizol (elevação do nível do astemizol); Carbamazepina (elevação dos níveis séricos da carbamazepina; recomendado: evitar uso associado); Clobazam (potencialização da toxicidade do clobazam; recomendado: administrar com precaução); Delavirdina (aumento da biodisponibilidade de ambos os fármacos; recomendado: administrar com precaução); Derivados do ergot (elevação dos níveis séricos da digoxina; recomendado: evitar a administração conjunta); Efavirenz (possível perda da eficácia da claritromicina; recomendado: evitar a administração conjunta); Flunitrazepam (potencialização da toxicidade do flunitrazepam; recomendado: administrar com precaução); Ritonavir (redução do metabolismo da claritromicina); Tacrolimo (possível aumento dos níveis séricos de ambos os fármacos; recomendado: evitar administração conjunta); Teofilina (elevação dos níveis séricos da teofilina; recomendado: evitar a administração conjunta); Terfenadina (elevação dos níveis séricos da terfenadina; recomendado: evitar administração conjunta); Varfarina (risco de hemorragia; recomendado: administrar com precaução); Zidovudina (possível redução do efeito da zidovudina. Essa interação não ocorre com a administração EV).
Azitromicina
Mecanismo de ação: Inibe a síntese protéica dependente do RNA (no alongamento da cadeia); liga-se à subunidade ribossômica 50S, levando ao bloqueio da transpeptidação.
Indicações terapêuticas: Infecções do trato respiratório inferior (bronquite e pneumonia); infecções da pele e tecidos moles; otite média; infecções do trato respiratório superior (sinusite, faringite, amigdalite); infecções sexualmente transmissíveis; infecções genitais não complicadas (chlamydia trachomatis; neisseria gonorrhoeae).
Contra-indicações: Pacientes com disfunção renal e hepática. Pacientes com hipersensibilade a macrolídeos e eritromicina.
Interações medicamentosas: Antiácidos (alumínio ou magnésio): diminuição do nível plasmático da azitromicina. Teofilina: aumento do nível plasmático desse fármaco. Terfenadina: redução do efeito terapêutico da terfenadina; recomendado: evitar administração conjunta
Poliênicos
Os antibióticos poliênicos são produzidos por diversas cepas de Streptomyces. Caracterizam-se por um amplo anel contendo um grupo funcional de lactona e uma seqüência de duplas ligações conjugadas.
Nistatina
Mecanismo de ação: Liga-se a esteróis na membrana da célula fúngica, alterando a permeabilidade; promove o extravasamento do conteúdo celular.
Indicações terapêuticas: tratamento da candidíase vaginal (monilíase), tratamento das assaduras infantis (dermatite das fraldas, dermatite amoniacal). Outras indicações são os intertrigos (mamário, perineal, interdigital, axilar ou outros) e as paroníquias por fungos do gênero Candida.
Contra-indicações: hipersensibilidade à nistatina ou aos componentes da fórmula.
Interações medicamentosas: Não há informação de interações significantes.
Anfotericina B
Mecanismo de ação: Altera a permeabilidade capilar dos fungos (ligando-se ao ergosterol), causando a morte celular por extravasamento dos compostos celulares; estimula os macrófagos dependentes da oxidação.
Indicações terapêuticas: Tratamento de infecções sistêmicas e do sistema nervoso central, causadas por fungos suscetíveis como: Candida, histoplasma capsulatum, cryptococcus neofarmans, aspergillus, blastomyces dermatitidis, torulopsis glabrata, coccidioides immitis. Também é usada no tratamento de infecções fúngicas em pacientes de transplante de medula óssea, meningoencefalite amebica, aspergilose ocular, cistite causada por cândida, em pacientes imunocomprometidos com risco de aspergilose, meningite refrataria, artrite coccidioidal.
Contra-indicaçoes: Hipersensibilidade a anfotericina ou aos componentes da formulação.
Interações medicamentosas: A anfotericina B pode apresentar interações quanto utilizadas concomitantemente com: Fármacos depressores da medula óssea;Radioterapia; Fármacos eliminadores de potássio; Medicações nefrotóxicas: cisplatina, pentamidina, aminoglicosídeos e ciclosporina; podem potencializar a toxicidade renal e, portanto o uso concomitante com Anfotericina B deve ser feito com grande cautela. Corticosteróides e A.C.T.H. (corticotrofina) podem potencializar a hipocalemia induzida pela Anfotericina B. Agentes cujos efeitos ou toxicidades possam ser aumentados pela hipocalemia; glicosídeos digitálicos, relaxantes da musculatura esquelética e agentes antiarrítmicos. Flucitosina; o uso concomitante pode aumentar a toxicidade da flucitosina, possivelmente peloaumento da sua captação celular e/ou prejudicando sua excreção renal.Transfusão de leucócitos: Embora não observada em todos os estudos, reações pulmonares agudas foram observadas em pacientes que receberam Anfotericina B durante ou logo após transfusões de leucócitos; portanto, recomenda-se distanciar estas infusões o maior tempo possível e monitorizar as funções pulmonares.
Carbapenêmicos
Os carbapenêmicos não devem ser usados rotineiramente como terapia de primeira linha, a não ser que o agente patogênico seja resistente a múltiplos fármacos e sabidamente suscetível a esses agentes. Em pacientes hospitalizados por um período prolongado com suposta infecção por um microrganismo resistente a múltiplos fármacos, o uso empírico de carbapenêmicos é razoável.
Não se deve usar ertapenem caso se espere Pseudomonas sp. ou Acinetobacter sp. Pseudomonas sp. podem rapidamente desenvolver resistência aos carbapenêmicos. O uso isolado de imipenem ou meropenem parece ser tão efetivo quanto à terapia combinada no paciente neutropênico febril, e os carbapenêmicos são tão efetivos quanto à terapia combinada em certas infecções polimicrobianas,
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