As Antraquinonas são quimicamente definidas como substâncias fenólicas derivadas da dicetona do antraceno

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Logo percebemos que a solução passou de amarelada, que indicava a possível presença de antraquinonas livres, para avermelhada confirmando a hipótese. Feito o teste, a solução foi descartada no descarte de reagentes não clorados.

De acordo com a reação de Bornträger ao adicionarmos um meio alcalino na presença de antraquinonas haverá uma reação ácido base com formação de um sal de amônio. Isso porque as antraquinonas antes solubilizadas em éter etílico, ao ficarem na forma do seu sal correspondente passarão a solubilizar-se na solução aquosa, fazendo com que esta adquira uma coloração avermelhada e evidenciando a presença de antraquinonas naquela droga vegetal. Caso não haja presença de antraquinonas livres na droga veremos apenas a separação da solução em duas fases, contudo, ambas descoradas.

Para a identificação de heterosídeos, utilizamos a reação de Bornträger indireta. Desta forma, transferimos a torta da reação anterior para um erlenmeyer adicionando a ele água e ácido clorídrico. Fechamos o erlenmeyer com papel alumínio e o submetemos a maceração, deixando a solução fervendo por dez minutos. Após o aquecimento e o consequente término da reação, obtivemos: C-heterosídeos, agliconas e açúcares provenientes da quebra de O-heterosídeos. Então, esfriamos o erlenmeyer, filtramos a solução, retendo a torta que foi descartada no lixo comum e seguimos os testes com a solução extrativa fazendo a partição com éter etílico. Em seguida, foi realizada uma extração a fim de separamos a fase orgânica e da aquosa. A fase aquosa foi reservada para a pesquisa de O-glicosídeos. A fase orgânica foi submetida a reação de Bornträger, ficando avermelhada, o que indicou a positividade do teste, ou seja a presença de O-heterosídeos. Depois ela foi descartada no descarte de reagentes não clorados.

A partir da fase aquosa, aglicona e açúcar, obtida na extração feita anteriormente adicionamos FeCl3 e submetemos a solução à fervura por 10 minutos. Transcorrido esse tempo, esfriamos o erlenmeyer e filtramos a solução, descartando a torta no lixo comum e utilizando a solução extrativa para o teste. Fizemos a partição da solução extrativa com éter etílico, obtendo duas fases, a fase aquosa que foi descartada no descarte de reagentes não clorados e fase etérea que foi submetida a reação de Bornträger. Feito a reação, observamos que a solução ficou avermelhada, indicando a positividade do teste, ou seja, a presença de C-heterosídeos. Descartamos a solução no descarte de reagentes não clorados.

Regentes

Como na Cáscara Sagrada poderíamos encontrar metabólitos na forma livre (aglicona) ou na forma de heterosídeos (C-glicosídeos e O-glicosídeos), foram utilizados dois tipos de solventes um deles polar e outro de média polaridade. O solvente de média polaridade utilizado foi o éter etílico e o polar ácido clorídrico concentrado.

O éter etílico é um solvente de média polaridade, extremamente volátil. É um agente inflamável e irritante. Deve ser manuseado na capela, pois sua inalação pode causar irritação do trato respiratório, podendo causar, por exemplo, dor de cabeça, tontura, confusão mental. Além de possuir ação narcótica e anestésica sobre o sistema nervoso central. Apesar disso ele é considerado um solvente de baixa toxicidade.

O ácido clorídrico é um solvente de alta polaridade. Deve ser manuseado na capela por ser irritante para as vias respiratórias também deve-se tomar cuidado o contato dele com a pele, pois é corrosivos e podendo causar severas queimaduras se não for removido imediatamente em água corrente. Possui toxicidade aguda.

O acetato de etila é um solvente polar. De acordo com o Food and Drug Administration (FDA) é um líquido extrator que pode aparecer em uma pequena porcentagem no produto final. Seus vapores podem causam irritação do trato respiratório e nos olhos, por esses motivos, deve ser manuseado na capela.

O metanol é um solvente polar. De acordo com o FDA é um solvente tóxico que só pode ser utilizado como líquido extratos em casos e condições específicas. Por ser um solvente muito tóxico deve-se tomar cuidado com a sua inalação e contato com a pele.

O hidróxido de amônio é um produto tóxico, corrosivo, irritante da pele, mucosas e trato respiratório.