A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA DE STREPTOCOCCUS AGALACTIAE NA GESTAÇÃO
Por: Hugo.bassi • 2/12/2018 • 5.937 Palavras (24 Páginas) • 306 Visualizações
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Keywords: Pregnancy, group B streptococcus, neonatal infection.
SIGLAS
AAP - American Academy of Pediatrics
ACOG - American College of Obstetricians and Gynecologists
CDC - Centers for Disease Control
DST - Doença Sexualmente Transmissível
EGB - Estreptococos do Grupo B
PAI - Profilaxia Antibiótica Intraparto
RCOG - Royal College of Obstetricians and Gynaecologists
RPM - Rotura Prematura de Membrana
SUMÁRIO
Introdução...............................................................................................
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Objetivo...................................................................................................
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Objetivo Geral.........................................................................................
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Objetivo Específico.................................................................................
Revisão de Literatura.............................................................................
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Material e Método...................................................................................
Considerações finais..............................................................................
Referências Bibliográficas......................................................................
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INTRODUÇÃO
O Streptococcus Beta-Hemolítico do grupo B (EGB) de Lancefield ou Streptococcus Agalactiae foi reconhecido como importante agente etiológico da mastite bovina antes de ser descrito como patógeno humano (SILVEIRA, 2006).
Este agente foi isolado inicialmente por Nocard em 1887 e nomeado como Streptococcus agalactiae em 1896, por Lehmann e Neumann, devido ao fato de serem estreptococos isolados do leite associados à mastite bovina (Castellano-Filho et al. 2008).
Os estreptococos são bactérias gram-positivas em forma de coco e que apresentam em sua parede celular antígenos que permitem classificá-los em diversos sorotipos. Eles são encontrados no trato gastrointestinal e são a principal fonte de colonização vaginal. A presença dessa bactéria em gestantes, sobretudo na hora do parto e/ou na ruptura das membranas, apresenta elevado risco de transmissão vertical, podendo desencadear casos graves de infecção neonatal, como a sepse (CHAMBO et al, 2003).
Diversos estudos nacionais sobre a prevalência de gestantes colonizadas por EGB no terceiro trimestre, já foram realizados, mas existem poucos estudos sobre a prevalência de infecção neonatal por EGB (VACILOTO et al, 2002).
A colonização por EGB pode ser transitória, crônica ou intermitente. Devido ao perfil potencialmente estável da colonização, por cinco semanas antes do parto recomenda-se a realização da cultura entre a 35ª e 37ª semanas de gestação (MOTLOVA et al, 2004).
A cultura é o exame padrão-ouro para o diagnóstico de EGB. A sua realização apresenta dificuldades como alto custo, dependência de um laboratório específico (microbiologia), que nem sempre está disponível no serviço público, além de o resultado não ser imediato (72 horas) (VACILOTO et al, 2002).
A partir da década de 1990, houve um declínio na incidência de infecção neonatal precoce por EGB nos Estados Unidos devido ao uso de antibióticos profiláticos por gestantes com risco de transmissão vertical, associado aos avanços da neonatologia (DALEY et al, 2004).
A eficácia da profilaxia antibiótica intraparto (PAI) para EGB encontra-se em torno de 90% na infecção neonatal precoce (DALEY et al, 2004).
Além de a colonização das gestantes no final da gestação representar um risco para infecção neonatal precoce, fatores de risco também podem estar associados à infecção neonatal (DALEY et al, 2004).
OBJETIVO
Objetivo Geral:
Validar a importância da coleta de cultura para Streptococcus grupo B na gestação.
Objetivo Específico:
Despertar o interesse da prevenção em gestante, demonstrando a importância do diagnóstico de infecção por Streptococcus agalactiae no período de pré-natal.
REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com o Ministério da Saúde, a assistência ao pré-natal é o primeiro passo para um parto e nascimento saudável, ou seja, faz a promoção e a manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação e do trabalho de parto da parturiente. Sendo assim a gestante terá a possibilidade de ter uma gestação mais saudável e tranquila (BRASIL, 2000 a).
De acordo com Neme (2000) o próprio estado de gravidez simula uma razão obrigatória para exigir que as pacientes procurem os serviços de saúde, recebendo uma assistência médica de qualidade, portanto o pré-natal é fundamental para as gestantes.
O início do pré-natal se deu no século XX, onde a saúde da mulher e do bebe era fator preocupante, pois até então as taxas de mortalidade materna e infantil eram muito altas e o propósito do pré-natal era diminuir esta taxa (GALETTA, 2000).
O Ministério da Saúde estabeleceu o Programa de Humanização no Pré-Natal e no Nascimento, através da Portaria n. 569/GM, de 1 de junho de 2000, onde estão colocados os princípios e diretrizes para a construção desse programa, que ditam os direitos da gestante como:
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