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PERFIL DOS USUÁRIOS ATENDIDOS NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL DE MACEIÓ

Por:   •  22/3/2018  •  2.644 Palavras (11 Páginas)  •  335 Visualizações

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Como o desenvolvimento do conhecimento humano é um processo, a teoria e a prática que orienta o fazer dos profissionais em saúde varia no tempo e no espaço Embora existam inúmeras políticas públicas para o estabelecimento da atenção básica, os hospitais continuam sendo o ambiente mais procurado quando se pretende atender às necessidades de saúde. Neste cenário, estão inseridos os serviços de urgência, constituindo um componente significativo da assistência à saúde.

Por definição, o cuidado de emergência é aquele administrado sem demora. Refere-se ao cuidado dispensado a pacientes com necessidades urgentes e críticas, diz-se que o agravo à saúde é de ocorrência imprevista e que implica em risco iminente de vida ou sofrimento. O termo urgência vem do latim urgentia, que é necessário ser feito com rapidez, indispensável, imprescindível. Emergência vem do latim emergentia, que significa ação de emergir; situação crítica, acontecimento perigoso. Ambas, urgência e emergência, referem-se aos agravos à saúde que necessitam de atenção médica imediata.

.A necessidade de diagnósticos confiáveis e rápidos, assim como de intervenções adequadas e determinantes, a urgência e emergência exigem do profissional de saúde, avaliação permanente, conhecimentos e competências tão necessárias ao suporte das atividades inerentes, de modo que o risco seja prontamente superado ou minimizado por intervenções que garantam a manutenção e, ou, recuperação das funções vitais acometidas.

No entanto, em se tratando de um serviço com demanda espontânea, é cada vez mais comum o atendimento de problemas não urgentes em unidades de emergências, de modo a produzir uma superlotação desses serviços, diminuindo a qualidade e o imediatismo com o qual casos de alta prioridade deveriam ser tratados. “Os serviços de urgência, de forma geral, são usados para resolver os problemas resultantes da incapacidade dos sistemas de saúde em atender as necessidades do indivíduo com um todo” (AMORIM et al, 2007. p. 224).

Uma demanda que se aglomera nas unidades de urgência e afeta a condição da assistência prestada à população. Uma realidade que se manifesta nas instituições hospitalar e que reflete, direta ou indiretamente, na vida das pessoas que procuraram e recebem assistência em saúde. Para Furtado,

“(...) o excesso de demanda acarreta acúmulo de tarefas e conseqüente sobrecarga para toda a equipe de profissionais, contribuindo também para o aumento dos custos hospitalares. Por outro lado, o fato também aponta para a ineficácia do Sistema de Saúde, incapaz de oferecer a esses indivíduos um acesso mais fácil à rede de atenção primária, encaminhando-os aos serviços de urgência e emergência.” (FURTADO, 2004. p.285)

A emergência, por suas características, acaba fazendo o papel de reguladora do sistema, ou seja, depósito dos problemas não resolvidos. A mudança de paradigma dependerá do rearranjo dos diferentes elementos e da ênfase que será dada às necessidades do usuário. Acesso e acolhimento são elementos essenciais do atendimento, para que se possa incidir efetivamente sobre o estado de saúde do indivíduo.

3 ANÁLISE DO PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE URGÊNCIA

O estudo foi desenvolvido no Hospital Memorial Arthur Ramos, instituição privada, sob gerência da Cooperativa de Serviços Médicos e Hospitalares de Maceió (MEDCOOP), localizado no município de Maceió. Trata-se de um dos principais hospitais geral do estado de Alagoas, que presta assistência à comunidade, promovendo o crescimento e reconhecimento da organização. Funciona atualmente com unidades de internação médica e cirúrgica, centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva geral e neonatal e serviço de urgência e emergência.

Com serviço de urgência, com funcionamento de 24 horas, que atende uma clientela conveniada, através de assistência clínica, pediátrica, cirúrgica e ortopédica. Esse setor dispõe de dez leitos para observação, sendo apenas um exclusivamente pediátrico, uma sala para procedimentos de imobilização ortopédica e uma sala para atendimentos que exibam risco de vida iminente, embora não exista serviço de triagem específico.

A coleta de dados se define pela revisão dos prontuários dos usuários atendidos na urgência do hospital, entre os meses de junho e julho de 2009, tendo uma amostra de 339 prontuários, classificando-os por gênero, faixa etária e diagnóstico clínico da população estudada. Após a análise descritiva, excluíram-se da amostra os prontuários cancelados que, por motivos desconhecidos, não receberam atendimento, bem como aqueles com identificação do cliente incompleta e/ou ilegível.

Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e apresentados em forma de frequência relativa e seus percentuais, constituindo no desenvolvimento de um relatório que apresenta as principais características da população atendida no setor de urgência e emergência da instituição em questão, de modo a garantir uma proposta de reestruturação do serviço frente ao perfil dos usuários.

O objetivo do estudo foi previamente apresentado à direção da instituição hospitalar, recebendo os devidos esclarecimentos sobre os possíveis desconfortos e riscos decorrentes do mesmo, levando-se em conta que é uma pesquisa, e os resultados positivos ou negativos somente serão obtidos após a sua realização.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O fluxo de atendimento inicia-se na recepção, já que por ela passam todos os clientes para cadastramento e abertura de prontuário, seja particular ou conveniado. Sem serviço de triagem, os prontuários são sequenciados por ordem de chegada, de acordo com a especialidade médica procurada. Os casos considerados graves, mesmo sem critérios pré-estabelecidos e avaliação capacitada e qualificada, são encaminhados à sala específica onde recebem os primeiros atendimentos pela equipe de enfermagem.

Para efeito didático, optou-se por agrupar os prontuários analisados em quatro categorias etárias. O perfil etário dos atendimentos mostrou-se predominante entre 15 e 45 anos de idade, correspondente a população jovem economicamente ativa, que desperta reflexões a cerca do absenteísmo. A população acima de 65 anos é a que menos procura o serviço de urgência, segundo a pesquisa, revelando-se em apenas 19 atendimentos, conforme se observa na tabela 1.

TABELA 1: DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA - 2009

FAIXA ETÁRIA

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