INFECÇÃO HOSPITALAR EM NEONATAL E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Por: Rodrigo.Claudino • 15/12/2017 • 3.325 Palavras (14 Páginas) • 519 Visualizações
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Os processos infecciosos graves, em particular aqueles de origem bacteriana, têm uma elevada incidência no período neonatal, que se inicia ao nascimento e termina no 28º dia de vida. As infecções que se manifestam no RN podem ser adquiridas antes, durante ou após o nascimento. Dessa forma é importante prevenir a infecção na gestante, no feto e no neonatal, além de identificar precocemente os sinais e sintomas da infecção (DAVID; SOUZA, 2011).
O nascimento de um prematuramente repercute diretamente em seu desenvolvimento. Destaca-se que a dinâmica natural do desenvolvimento é interrompida, tornando-o vulnerável e, muitas vezes, levando-o a ser tratado em uma unidade de terapia intensiva. A morbidade e a mortalidade no período da neonatologia atingem principalmente os recém-nascidos prematuros e/ou de baixo peso (SOUSA et al., 2012).
No Brasil existe o Programa de Prevenção e Controle das infecções hospitalares (IHs) do Governo Federal, apresenta-se com capacidade limitada para modificar os indicadores de IH nos serviços de saúde público do país e não contribui para mudanças de atitude dos profissionais de saúde que realizam os procedimentos de assistência aos pacientes sem atentarem para os devidos cuidados protocolados pelos órgãos de controle (MOURA et al., 2008).
Cerca de 30% dos casos de IrAS são considerados previsíveis por medidas simples, sendo a lavagem das mãos de maneira correta diminui o número de microrganismo aos pacientes. Por meio contato direto ou através de objetos, ela é indicada antes de ministrar medicamentos por via oral e preparar a nebulização antes e após a realização de trabalhos hospitalares, ato e funções fisiológicas ou pessoais, antes e depois do manuseio de cada paciente, do preparo de matérias ou equipamentos (MARTINEZ et al., 2009).
Os enfermeiros manifestam a sua preocupação e a importância das medidas de prevenção e controle das infecções neonatais, no entanto, ainda trabalho de forma individual com realização de procedimentos pontuais, sem planejamento prévio, sem participação da equipe e sem o apoio de comissões especificas relacionadas as IrAS, o que demonstra uma fragilidade no acompanhamento das ações relacionadas a essa problemática (CUNHA; MOURA, 2010).
O tempo de atuação dos profissionais dentro da unidade permite refletir sobre as atividades diárias desenvolvidas e discernir sobre a necessidade de buscar por crescimento pessoal e profissional (ROLIM et al., 2008). É que todos os profissionais, em particular da equipe de enfermagem, pois prestam assistência aos recém-nascidos por 24 horas, estejam em sintonia com suas atitudes, pois se uma equipe realizar todos os procedimentos de infecção hospitalar preconiza não obterá valor usual (SANTOS; GONÇALVES, 2009).
2 TEMA
INFECÇÃO HOSPITALAR EM RECEM-NASCIDO
3 PROBLEMA
Quais são as principais causas de infecções hospitalares (IHs) nos recém-nascidos (RN) nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN).
4 JUSTIFICATIVA
Para descobrir as principais causas que levam tantos RN a ter infecção hospitalar um local que deveria ser o mais seguro que é a UTIN. A IH neonatal é um fato frequente nas UTINs. Os RN são submetidos há vários procedimentos invasivos que os deixam mais vulneráveis à IH, podendo adquirir uma série de complicações e aumentando os riscos de óbito, principalmente os prematuros.
Auxiliar na prevenção de IH em que os RN são submetidos a varias procedimentos. A prevenção de IH em UTIN requer cuidados com o ambiente, equipamentos, equipe de saúde e o próprio RN. Esses procedimentos envolvem técnicas adequadas, profissional capacitado e trabalho em equipe.
5 OBJETIVOS:
5.1 OBJETIVO GERAL:
Identificar as causas de IH acometidas no RN na UTIN e a assistência de enfermagem.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Realizar uma revisão literária a infecção hospitalar em recém-nascido;
- Verificar os principais fatores de risco relacionado as infecção neonatal UTIN;
- Descrever as principais técnicas utilizadas pela equipe de enfermagem na prevenção infecção neonatal;
6 FATOR DE RISCO PARA IH EM NEONATO
O conhecimento dos fatores de riscos é de grande relevância, pois permite que os profissionais envolvidos na assistência elaborem um plano de cuidado diferenciado e específico para cada condição apresentada pelo paciente, os quais devem ser continuamente revistas, no sentido de promove a diminuição da colonização (JORGE; PEREIRA, 2013).
Esses fatores podem ser divididos em intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos dizem respeito á predisposição do paciente para infecção, ou seja, idade, peso, condição nutricional, tipo e gravidade da doença de base, podendo ser modificada pela terapia atual da doença. Os fatores extrínsecos estão relacionados a todos os procedimentos diagnósticos e terapêuticos hospitalares, ao sistema de vigilância epidemiológica vigente no hospital, sendo alguns deles, a disponibilidade de técnicas invasivas, estrutura hospitalar, técnicas de higiene e o nível de compromisso da equipe (CAVALCANTE; HINRICHSEN, 2009).
A prematuridade destaca-se como um importante fator de risco intrínseco para infecção devido á condição de imaturidade do sistema imunológico. A partir do 2o trimestre de gestação os anticorpos da mãe são transferidos para o RN através da placenta, porém, nos RN com menos de 34 semanas de idade gestacional os níveis de anticorpos são insuficientes para combater as agressões de microrganismos (RIBEIRO, 2010).
Outro risco intrínseco bastante importante é o baixo peso (BP). Um RN é considerado de BP quando ele nasce com menos de 2500grama (g) (OLIVEIRA; SANTOS, 2011). De acordo com Chermont et al. (2006) o peso de nascimento relacionado ou não a prematuridade, é o fator individual mais importante na determinação das probabilidades do neonato sobreviver e ter crescimento e desenvolvimento normais.
Dentre os fatores de risco intrínsecos tem associação significativa com o surgimento da sepse tardia (HERRMANN et al.,2008).
A sepse é uma síndrome clínica caracterizada por múltiplas
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