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DROGAS VASOATIVAS, BI, NP, ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM VENTILAÇAO MECÂNICA

Por:   •  25/8/2018  •  9.333 Palavras (38 Páginas)  •  484 Visualizações

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Consequentemente, há um aumento da pressão arterial. A noradrenalina é um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica, além de ser também vasoconstritora sobre a rede vascular sistêmica e pulmonar. Deve ser usada com prudência em clientes com hipertensão pulmonar. (Ostini ET AL,1998).

“Sua ação é rápida e a meia-vida é curta (2 a 3 minutos), o que permite ajuste de dose a cada 10 minutos (cerca de três meias-vidas) quando a infusão contínua” (Araujo,1992).

Figueiredo e Silva (2004), concordam com os autores mencionados antes nesse texto quando fala que a noradrenalina é mais efetiva do que a dopamina no tratamento da hipertensão, além de produzir aumento da pressão arterial média (PAM), do débito cardíaco e da resistência arterial sistêmica. Ela também aumenta a PA mesmo em clientes séptico resistente á reposição volêmica e ao uso de dopamina, além de diminuir o lactado do sangue e melhorar a oxigenação tecidual. Porém Figueiredo e Silva discordam desses autores frente aos efeitos sobre o sistema renal, argumentando que a noradrenalina melhora a função renal medida pela depuração de creatinina no sangue, além de realizar um aumento da filtração glomerular, melhorando a perfusão renal.

2.1.2.1 Indicação

É a droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em clientes hipertensos que não responderam á ressuscitação volêmica e a outros inotrópicos menos potentes. Pode ser usada, também em condições extremas de choque de outras etiologias em que a pressão de perfusão coronariana ou cerebral esteja ameaçada, sendo então empregadas com medicações de resgate.

2.1.2.2 Doses

Inicia-se com infusão EV contínua (bomba infusora), em acesso venoso central ou profundo (devido ao efeito vasoconstritor periférico), em doses de 0,05 a 01µg/kg min, aumentando progressivamente a dose de acordo com efeito hemodinâmico desejado e a ausência de efeitos colaterais importantes. A dose máxima pode variar muito, mas situa-se em torno de 1,5 a 2,0µg/kg/min. Pode-se diluir 5 ampolas(2mg) em 240ml de soro fisiológico ou glicosado a 5%(exceto em soluções alcalinas), cuja concentração final será de 0,04mg/ml.

2.1.2.3 Cuidados de enfermagem

Evita-se a administração de soluções alcalinas na mesma via, evitando extravasamento no tecido subcutâneo (risco de necrose isquêmica) e cuidado com escara grande efeito vasoconstritor que pode diminuir a perfusão tecidual. Aconselha-se também, como pra os demais fármacos vasoativos,usar via exclusiva para sua administração.

Nunca se deve aplicar medicação em bólus na via em que esta infundindo a noradrenalina devido risco de ser lavado o equipo. Também não se deve infundir rapidamente altas doses droga que se encontra no mesmo equipo devido ao risco de efeitos colaterais graves que podem levar á morte

Além de monitoração do ECG taquicardia reflexa e hemodinâmica, verificar PA de 15 em 15 minutos até o ajuste da dose, seu uso deve ser evitado em grávidas por causa de seu efeito contrátil sobre o útero gravídico.

2.1.3 Adrenalina

A adrenalina é um hormônio largamente produzido pela suprarrenal e liberado em resposta ao estresse. É um potente estimulador alfa e beta-adrenérgico que age sobre o músculo cardíaco, a musculatura vascular e outro músculo liso. Seu efeito vasopressor é bastante conhecido.

Essa droga promove aumento da PA, devido á atuação direta sobre o miocárdio, e produz maior concentração ventricular inotropismo positivo e vasoconstrição de leitos vasculares. Apresenta efeitos diferentes quando administrada por infusão intravenosa e subcutânea, e absorção lenta quando aplicada por via subcutânea devido a vasoconstrição local.

Acrescenta ainda assim como as demais drogas vasoativas seu efeito é dose dependente e, quando administrada em doses baixas (0,2µg/kg/min), produz efeitos cardíacos beta 1 e efeitos vasculares periférico beta2, o que aumenta o fluxo sangüíneo para os músculos esqueléticos e diminui a PA diastólica, com alargamento da pressão de pulso. Doses além da medida entre 0,2 e 0,3µg/kg/min estão associadas ao aumento dos efeitos alfa-adrenérgico, o que provoca elevação da pressão a diastólica, do débito cardíaco e da frequência cardíaca, além de promover broncodilatação e vasoconstrição renal e esplâncnica, aumento dos níveis séricos de glicose, ácidos graxos livres e atividade da renina plasmática, e diminuição dos níveis sérico de potássio, aldosterona e aminoácidos.[pic 2]

A adrenalina é de grande utilidade no choque anafilático e durante a reanimação da parada cardíaca,com efeitos colaterais bastante semelhantes ao da dopamina, porém as taquicarritimias e a isquemia miocárdica são mais frequente com a adrenalina. Figueiredo e Silva (2004),acrescentam que se vem avaliando o uso dessa droga como vasopressor e inotrópico positivo no tratamento de clientes sépticos, e que no geral ela tem sido considerada como droga de segunda escolha em situações de choque normovolêmicos em que a dopamina e a dobuta não obtiveram sucesso.

2.1.3.1 Indicações

Indicada em estados de choque circulatório refratário e outras catecolaminas menos potente (infusão contínua), no tratamento de broncoespasmo severo, estados anafiláticos (EV) e durante manobras de reanimação cardiopulmonar.

2.1.3.2 Doses

Apresenta uma meia-vida sérica, aproximadamente de 3 minutos, sendo instável em soluções alcalinas e oxidada quando exposta á luz. A apresentação mais comumente encontrada é de 1 ml pra 1mg da droga(1:1000). Em fusão contínua recomenda-se diluir a droga em SF 0,9% ou SG 5%, utilizando 5 ampolas em 245ml de solução, cuja concentração sérica será de 20µg/ml. Inicia-se a infusão com doses de 0,05µg/kg/min a 0,1µg/kg/min, que podem ser aumentada progressivamente a cada 10 minutos de acordo com a resposta hemodinâmica do cliente. Não se aconselha doses acima da faixa de 1,5 a 2,0µg/kg/min. Na reanimação cardiopulmonar as doses padronizadas são de 0,5 a1, 0mg (EV ou endotraqueal, diluída em 10 a20 ml de água destilada) a cada 3 a 5 minutos.

2.1.3.3 Cuidados de enfermagem

Recomenda-se o uso de bomba infusora, acesso venoso central via de grosso calibre. A infusão rápida pode provocar reações desagradáveis como tremor, ansiedade, tensão, cefaléia, vertigem,

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