AS DROGAS VASOATIVAS E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Por: kamys17 • 7/12/2018 • 1.962 Palavras (8 Páginas) • 449 Visualizações
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- OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Descrever sobre algumas drogas vasoativas mais utilizadas em UTI e os cuidados de enfermagem que são prestados a estes pacientes.
- METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica, com finalidade exploratório-descritiva, realizada a partir de seleção de artigos científicos, através das bases de dados da biblioteca virtual de saúde - BVS, artigos científicos nos bancos de dados Scielo e livros que abordassem o tema.
Para as consultas foram utilizados expressões e termos descritivos como: Trauma raquimedular, Trauma raquimedular "cuidados de enfermagem’’.
Foram adotados como critério de pesquisa para o estudo de revisão de literatura, publicações apresentadas, no período de 2008 a 2017, nos idiomas português.
Compôs o estudo um total de 09 artigos. Os dados serão apresentados de forma dissertativa.
A partir das referências obtidas, deu-se inicio á leitura exploratória para seleção do material, possibilitando assim organizar a pesquisa e obter os dados mais relevantes sobre o tema acima citado.
- DROGAS VASOATIVAS
São medicações utilizadas corriqueiramente em pacientes graves nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). Seu uso é empregado para garantir o equilíbrio hemodinâmico e adequar a oferta e demanda de oxigênio e nutrientes para os tecidos. Sua escolha é baseada no objetivo imediato. A maioria das drogas vasoativas possuem início e término de efeitos rápidos.
As drogas vasoativas atuam, principalmente, sobre os parâmetros que regulam o débito cardíaco, o qual é determinado pelo produto do volume sistólico e frequência cardíaca. O volume sistólico depende das pressões e dos volumes de enchimento ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da resistência ao esvaziamento ventricular (pós-carga).
O débito cardíaco é um produto do volume sistólico (a quantidade de sangue ejetada a partir do ventrículo esquerdo durante a sístole) e da frequência cardíaca. A resistência periférica é determinada pelo diâmetro das arteríolas. A perfusão tecidual e a perfusão de órgãos dependem da pressão arterial média (PAM) ou da pressão média em que o sangue se movimenta através da vasculatura (SMELTZER & BARE, 1999). 579
Sem tratamento, o fluxo sanguíneo inadequado para as células resulta em fornecimento deficiente de oxigênio e nutrientes, hipoxia celular e morte celular que progride para a disfunção orgânica e, mais adiante, para a morte.
É necessário compreender os determinantes da oferta de oxigênio aos tecidos e do débito cardíaco para que possa ser entendida a finalidade da utilização dessas drogas, pois, o modo de uso e os critérios de indicação das drogas vasoativas devem ser precisos e a dose ideal titulada de acordo com a resposta clínica, hemodinâmica e metabólica desejada, evitando assim que os pacientes evoluam para uma disfunção de múltiplos órgãos.
As catecolaminas são as drogas vasoativas mais utilizadas e dentre elas destacam-se a adrenalina, a dopamina, a noradrenalina, a dopexamina, a dobutamina e o isoproterenol. Dispõem-se, também dos vasodilatadores, como o nitroprussiato de sódio. Em terapia intensiva, as catecolaminas são os agentes simpatomiméticos mais utilizados e as suas ações são determinadas pelas ligações dessas drogas às três classes principais de receptores: alfa, beta e dopa.
Já as drogas vasodilatadoras são utilizadas nos casos em que a reposição volêmica adequada e a otimização do DC (Débito Cardíaco) com os agentes inotrópicos não reverteram a condição do baixo débito. Que são o caso dos nitroprussiato de sódio e nitroglicerina.
A reposição volêmica é imprescindível juntamente com as drogas prescritas, também é necessário a correção de distúrbios hidroeletrolíticos, correção ácido-basicos e gasometria.
A utilização destas drogas determinam mudanças drásticas tanto nos parâmetros respiratórios quanto nos circulatório, seu uso inadequado pode acarretar em efeitos colaterais indesejáveis e graves que possa obrigar a suspensão dos mesmos. Por tanto, a monitorização hemodinâmica invasiva é de extrema importância.
- DROGAS E SEUS EFEITOS
- Catecolaminas
Adrenalina: também indicada no tratamento da anafilaxia e, durante as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, é o agente farmacológico de efeito vasoconstritor mais eficaz, o mecanismo da elevação da pressão arterial causado pela adrenalina, é devido a uma ação direta no miocárdio, com aumento da contração ventricular, um aumento da freqüência cardíaca e uma vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas). Promove o relaxamento da musculatura lisaatravés da ativação de receptores alfa. A adrenalina também eleva as concentrações de glicose (aumento da neoglicogênese e inibição da secreção de insulina) e do lactato sérico. Suas principais indicações incluem estados de choque circulatório que não respondem às outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga. Recomendada também no tratamento de brocoespamos severos.
Noradrenalina: é também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar, e deve ser usada com prudência, em pacientes com hipertensão pulmonar. Dependendo da dose utilizada, obtém-se aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da frequência cardíaca e importante vasoconstrição periférica, com aumento da pressão arterial, é também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica. É uma droga muito utilizada no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes.
Isoproterenol: é também indicado para tratar os casos de bradicardia com repercussão hemodinâmica até que uma terapia definitiva (marcapasso) seja utilizada, está indicado em casos de choque cardiogênico, exerce efeitos potentes no sistema cardiovascular, como aumento da contratilidade, freqüência e velocidade de condução do estímulo elétrico cardíaco. Observa-se um aumento no débito cardíaco e no consumo de oxigênio
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