A Epidemiologia no serviço de saúde

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Para isso, é necessário que os dados sejam disponibilizados através de sistemas de informações atuais, de boa qualidade, com dados pertinentes e de fácil acesso. Apesar de não se ter todas essas qualidades juntas nos bancos de dados nacionais, como também as informações em saúde existentes nem sempre sejam as mais adequadas e oportunas para fundamentar efetivamente as decisões, verifica-se uma melhoria significativa do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), assim como, a criação de novos sistemas, como o de Nascidos Vivos (SINASC) e etc. Entretanto, do ponto de vista organizacional, deve-se inibir a criação ou a existência de centros de dados de saúde como unidades independentes, desarticuladas dos órgãos de Epidemiologia, sem uma definição precisa da sua função.

O compartilhamento das informações epidemiológicas tem papel fundamental na consolidação desses sistemas. A segurança da continuidade da publicação do Informe Epidemiológico do SUS, é importante na veiculação dos conhecimentos fundamentais ao desenvolvimento da Epidemiologia. Alguns estados e municípios já têm experiência de publicação de informes epidemiológicos, que deve ser, cada vez mais, ampliada. É necessário, ainda, descobrir formas de divulgação dos conhecimentos e informações epidemiológicas para a população e organismos privados, objetivando contribuir para o exercício do controle sobre os serviços de saúde do ponto de vista social.

Em suma, a Epidemiologia precisa estar participando de todas as etapas do processo, desde a discussão acerca dos sistemas de informações, no processo de identificação das variáveis mais pertinentes, às formas de análise e interpretação, voltadas para a avaliação e a ação que precisa ser tomada. No decorrer de todo esse processo, é necessário buscar contribuições estabelecendo articulações com outras disciplinas, como a Clínica, a Administração, o Planejamento e as Ciências Sociais, a fim de efetivar o princípio da multidisciplinaridade.