As Variáveis do Treinamento
Por: SonSolimar • 6/12/2017 • 5.665 Palavras (23 Páginas) • 423 Visualizações
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2 ENVELHECIMENTO E A APTIDÃO FÍSICA
Conforme a idade cronológica das pessoas vai aumentando, elas se tornam menos ativa tendo suas capacidades físicas reduzidas que levam a mudanças psicológicas, como, sentimento de velhice, estresse, depressão. Junto a diminuição maior da atividade física que como consequência, ocasiona a aparição de doenças, que, colaboram para deteriorar o processo de envelhecimento. Quando a pessoa deixa de usar as suas funções fisiológicas os problemas podem ser maiores. A maioria dos efeitos do envelhecimento, de acordo com. Para KURODA e ISRAELL, na maioria das vezes as consequências que o indivíduo sofre com o envelhecimento é pelo fato de deixar de ser ativo, e não procurar se adaptar ao processo de senescência, e não por causa de doenças crônicas. De forma geral as causas do envelhecimento têm uma amplitude muito maior quando relacionado à aptidão física.
De acordo com Fleck e Figueira Júnior (2003), o treinamento de força (TF), passou por um importante progresso nos últimos 50 anos. Antes executado por um baixo público da sociedade, acabou se tornando conhecido entre uma ampla camada da população devido aos muitos benefícios que propicia ao fitness e à saúde. Para Fiatone et al. (1990) e Katch e McArdle (1996) o indivíduo com idade avançada pode ter uma melhoria na qualidade de vida, como uma melhora no aspecto funcional e aumento da mobilidade por meio dos resultados obtido através treinamento de força.
Conforme GHORAYB e BARROS (1999), os idosos tem uma perda de flexibilidade, equilíbrio e força muscular, acentuada pela falta de atividade física que acarreta, limitações em no seu dia-a-dia. O aumento de força pode ser notado quando realizado com o treinamento mais intenso, comparado com o treino de média e baixa intensidade. Fiatarone et al ,1990, Fleck &Kramer,1999.
Segundo KATCH e McARDLE (1996), afirmam que com a prática de exercícios físicos regulares podemos manter a saúde dos ossos por toda a vida. Para SANTARÉM, 1999; SHARKEY, 1998, o treinamento de força é uma atividade segura e serve como prevenção da osteoporose, nesse treinamento é possível mensurar a força utilizada a amplitude da realização do movimento e a velocidade imprimida a cada execução, sem risco de quedas ou fraturas. Conforme FLECK e KRAEMER (1999), o exercício físico deve proporcionar sensação de prazer e bem-estar sendo adequado a limitação de cada indivíduo, sem provocar nenhum tipo de desconforto, e promovendo a sociabilidade de forma a ter uma melhoria na qualidade de vida.
2 ENVELHECIMENTO
Envelhecer é um processo biofisiológico em que ocorre declínio das atividades de funcionamento do organismo, com o aparecimento de perdas e limitações fisiológicas e psicológicas. Muitas vezes os idosos começam a praticar exercícios físicos apenas quando a maior parte dos danos já está presente, ao passo que o ideal é que as atividades de fortalecimento e condicionamento sejam conduzidas ao longo da vida (OKUMA, 1998).
Para Okuma (1998), “falar sobre velhice é falar sobre algo complexo”. É de difícil definição e não ocorre de maneira linear, uma vez que as diversas alterações que ocorrem no corpo não ocorrem uniformemente (FRONTERA, 1997). Além dos aspectos biológicos e da sensação de limitação do corpo, o idoso também tem que lidar com aspectos sociais e psicológicos envolvidos no processo de envelhecimento, criando exigências distintas no que diz respeito à qualidade de vida em comparação com aquelas de um adolescente, por exemplo. Atualmente, há formas mais variadas para encarar essa fase do que havia décadas atrás (OKUMA, 1998).
Desafios cotidianos permanecem com maior potencialidade e predisposição a doenças e vulnerabilidade (RAMOS, 2003). Do ponto de vista biológico, o avançar da idade representa um declínio em diversas capacidades do corpo. Corazza (2005) explica quatro importantes reduções. A primeira delas é a aeróbia, que impacta principalmente naqueles que desejam realizar exercícios de longa duração. Outra é a diminuição da força muscular: embora se inicie ao redor dos 30 anos, potencializa-se aos 50 anos. Em terceiro lugar, há redução da flexibilidade. Por fim, as habilidades motoras debilitam-se, sobretudo a partir dos 65 anos. No mesmo sentido, Guedes et al. (2008) resumem as transformações no corpo humano com o envelhecimento. Do lado das quedas, mencionam-se: frequência cardíaca máxima; força e potência muscular; massa muscular; coordenação motora; flexibilidade; propriocepção; ventilação; VO2 máximo; tolerância à glicose; metabolismo basal; capacidade cognitiva e funcional. Do lado dos “aumentos”, cita-se a gordura corporal. Em resumo, há declínio da capacidade funcional, da aptidão física e da autonomia do idoso (DIAS et al., 2006).
Do ponto de vista psicológico, há alguns fatores a serem levados em consideração. Lidar com a autoimagem pode ser difícil para alguns, dadas as mudanças na aparência física, mas também há a questão da adaptação a um corpo com mais fragilidades e limitações, como para atividades da vida diária e atividades instrumentais da vida diária. Nesse sentido, muitas vezes a autonomia dá lugar à dependência, o que pode afetar o quadro psicológico do idoso (OKUMA, 1998).
2.1. Conceito de idoso
A definição de idoso acompanha as mudanças ocorridas com o passar do tempo, dado o aumento da expectativa de vida (ROSER, 2015). Esse aumento vem trazendo novos paradigmas na medida em que ciência, tecnologia e medicina avançam. Antigamente, por exemplo, era idoso quem tinha 50 anos ou mais. Atualmente, as legislações acresceram pelo menos uma década no início (OMS, 2015).
Na teoria, não há uma idade limite certa que indique precisamente quem é idoso (OMS, 2015). Os sinais de envelhecimento vão aparecendo de forma progressiva e não uniforme (DIAS, et al., 2006) e de maneira distinta entre as pessoas. Enquanto alguns apresentam sinais de envelhecimento com menos idade, outros demoram mais a demonstrar a idade. Isso porque fatores tanto genéticos quanto ambientais e socioculturais influenciam na maneira como a pessoa envelhece (SANTOS, et al., 2009).
Para fins práticos, contudo, existe uma construção social quanto ao início dessa faixa etária. Há certo consenso de que o cartão de ingresso para essa categoria é a idade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, são consideradas idosas as pessoas com 60 anos ou mais (OMS, 2015). Similarmente no Brasil, também se entende por idoso ou pessoa da terceira idade indivíduos com mais
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