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AS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NO ÂMBITO ESCOLAR

Por:   •  22/12/2018  •  1.267 Palavras (6 Páginas)  •  459 Visualizações

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Acredita-se que a crescente notoriedade dos esportes de aventura no contexto atual é advinda dos campos das relações humanas, sendo estes: meio ambiente, globalização, tecnologia, etc. (PEREIRA et. al, 2008). Desde o início da última década a popularização dos esportes de aventuras vem ganhando espaço dentro das discussões acadêmicas, visto que, os mesmos são praticados por uma diversidade de pessoas que em sua maioria possuem pouco ou nenhum conhecimento acerca dos aspectos técnicos e de segurança que os esportes exigem, ou seja, praticam apenas pela emoção que estes proporcionam.

Os esportes de aventura são praticados como uma forma de lazer no tempo livre, principalmente entre a população jovem das grandes cidades. Todavia, esse tipo de prática divide opiniões, pois muitos são os acidentes na prática destas atividades, principalmente quando se negligencia a segurança, por outro lado, a aventura pode ser utilizada como forma de controle do estresse ocasionado pela correria do cotidiano (SANTOS et. al, 2012).

Recentemente, o mundo dos esportes foi surpreendido com o anuncio de três esportes de aventura que irão integrar o quadro de modalidades das Olimpíadas. O comitê Olímpico Internacional logo após seu 129º congresso anual informou que nos jogos olímpicos de 2020, o qual acontecera na cidade de Tóquio – Japão, terá a presença das modalidades Skate, Escalada e Surf.

A prática de esportes de aventura pode ser uma forma de se adaptar ás dificuldades do dia a dia. Entretanto, é de suma importância averiguar com um profissional desta área os equipamentos adequados de segurança, treinamentos necessário, locais mais apropriados para a prática, dentre outros, para que assim a prática do esporte não envolva nenhum risco à integridade física, propiciando somente o lazer e o prazer (SANTOS et. al, 2012).

No que se refere ao ambiente escolar, é valido ressaltar que a escola desempenha papel fundamental na formação crítica dos cidadãos, de forma a inseri-lo na sociedade, porém é sabido que além deste a escola também proporciona ao aluno informações que possam auxiliar na escolha de atividades de lazer para o tempo livre (FRANCO apud DARIDO; RANGEL, 2005).

Nota-se tal auxílio quando tratamos dos denominados esportes tradicionais da Educação Física escolar (Futebol, Vôlei, Basquete, Handebol), os quais podem, de forma direta, influenciar no tipo de lazer que os futuros adultos irão praticar em seu tempo ócio. Entretanto, acreditamos que ao englobar outras práticas corporais de movimento, os aluno consequentemente alcançaram maior experiências e possibilidades de escolhas, no que tange os meios de se obter o lazer. Sendo este apenas um dos vários motivos de se trabalhar as atividades de aventura dentro das escolas. (FRANCO, 2008).

Entretanto, Sabe-se que a inclusão de novos conteúdos dentro de uma escola esbarra em determinadas barreiras, as quais podem variar desde a capacidade financeira encontrada na implantação das modalidades, a quebra do paradigma de se ensinar somente os esportes tradicionais, aqui já citados (FRANCO, 2008).

A partir da ascensão dos esportes de aventura, o índice de adeptos e principalmente o índice de locais que necessitam de profissionais para ajudar os praticantes, pode ser considerado um dos diversos motivos de se aplicar tais esportes dentro de escolas, pois ao ter um primeiro contato o aluno pode se interessar pela prática, fazendo desta não somente um meio de se produzir o lazer, mas também sua profissão.

Acredito ser de suma importância ressaltar que os esportes de aventura, assim como os demais conteúdo da Educação Física Escolar, abrangem de forma sucinta as dimensões propostas pelos PCNs, sendo estes Conceituais, Procedimentais e Atitudinais (FRANCO, 2008)

No que tange a dimensão Procedimental, trata-se das necessidades das aulas de Educação Física, visto que, a mesma é a mais utilizada dentro da educação física, relegando a Conceitual e Atitudinal (BRASIL, 1998 apud FRANCO, 2008).

Na dimensão Conceitual a Atividade Física de Aventura não trata somente dos conhecimentos técnicos e do uso de equipamentos, ou seja, ela transcende o conhecimento básico buscando discussões acerca do lazer proporcionado, da consciência ambiental e na influência midiática que as práticas sofrem (BRASIL, 1998 apud FRANCO, 2008).

Já na dimensão Atitudinal os Esportes de Aventura trabalham de forma direta a cooperação e a interação, além de propiciar a resolução de problemas por parte dos praticantes, o respeito ao próximo, e não menos importante a superação de limites (BRASIL, 1998 apud FRANCO, 2008).

Referências

AURICCHIO, J. R. Escalada na Educação Física Escolar. Orientação adequada para a prática segura. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 14 – nº 139 – Dez/2009.

FRANCO, L. C. P. ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA ESCOLA: uma proposta pedagógica nas três dimensões do conteúdo. 2008. 136 f. Tese (Mestrado em Ciências da Motricidade) – Instituto de Biociência, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2008.

PEREIRA, Dimitri Wuo, et al. ESPORTES RADICAIS, DE AVENTURA E AÇÃO: CONCEITOS, CLASSIFICAÇÕES

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