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A Dança Enquanto Conteúdo da Educação Física Escolar

Por:   •  5/9/2018  •  2.573 Palavras (11 Páginas)  •  460 Visualizações

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A dança é uma forma de integração e expressão tanto individual quanto coletiva, em que o aluno exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade. A dança é também uma fonte de comunicação e de criação informada nas culturas. Com o a atividade lúdica a dança permite a experimentação e a criação, no exercício da espontaneidade. Contribui também para o desenvolvimento da criança no que se refere à consciência e à construção de sua imagem corporal, aspectos que são fundamentais para seu crescimento individual e sua consciência social (PCN, 1997)

De acordo com os PCNs a dança pode integrar a interdisciplinaridade entre as disciplinas estudadas pelos alunos, podendo ajudar no psicológico, atenção e comportamento em sala de aula. A dança distinguir-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente constituídos, dentro da disciplina de arte, pode trazer evolução e compreensão entre os alunos considerados normais e os com deficiências, pois podemos trazer para dentro da sala a dança cênica, forma de arte, coreografadas ou improvisadas, dança como divertimento, como atividade física. Portanto como as demais práticas corporais, a dança é uma manifestação da tradição de movimento importante e relevante em todo o mundo.

Assim, todo mundo dança ou já dançou, sem precisar ter ao lado um coreógrafo ou um professor para ensiná-lo. A dança sempre teve grande presença e importância na vida do homem, pois o segue ao longo da sua história, passando por passagens sociais e religiosos, e entusiasmando até nas festas dos dias de hoje.

Portanto, a dança no espaço escolar procura não priorizar os movimentos técnicos, mas dar oportunidade ao aluno de sentir, de apreciar a si, sua corporeidade e sua expressividade por meio de movimentações simples e espontâneas, estimulando a criatividade. O professor de educação física despertar o interesse dos alunos e levando-os simplesmente a dançar, sem regras, propondo ao aluno ser livre, sem medo de errar, buscando a emoção dos mesmos, pois a dança, sem demonstrar as emoções, vira simplesmente atividade física. Com essas reflexões a autora STRAZZACAPPA (2001, p. 71) ressaltar que:

A dança no espaço escolar busca o desenvolvimento não apenas das capacidades motoras das crianças e adolescentes, como de suas capacidades imaginativas e criativas. As atividades de dança se diferenciam daquelas normalmente propostas pela educação física, pois não caracterizam o corpo da criança como um apanhado de alavancas e articulações do tecnicismo esportivo, nem apresentam um caráter competitivo, comumente presente nos jogos desportivos. Ao contrário, o corpo expressa suas emoções e estas podem ser compartilhadas com outras crianças que participam de uma coreografia de grupo.

O processo de ensino-aprendizagem da Educação Física deverá estabelecer uma prática que contextualize a realidade do aluno, cabe ao professor oferecer meios e estratégias proporcionando o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome, propiciando a construção de conhecimento e habilidades mais complexas, isso dependerá das vivências e experiências proporcionadas aos alunos na aula.

Nesse pressuposto entende-se que a Educação Física Escolar desempenha um papel fundamental de inclusão social, quando articulada a sua prática pedagógica está a construção e adaptação de diferentes estratégias a serem utilizadas, para que ocorram relações afetivas entre alunos ditos “normais” e com SD.

Neste caso, o professor de Educação Física, precisa aprimorar seus conhecimentos, para que as aulas sejam dinâmicas, criativas e motivadoras, lembrando-se de sempre aplicar as devidas precauções, superando problemas e dificuldades.

3 - ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A síndrome de Down é uma ocorrência genética natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais. É a alteração genética mais comum, sendo registrada aproximadamente em 1 de cada 700 nascimentos. Não é uma doença e, portanto, as pessoas com síndrome de Down não são doentes. Não é correto dizer que uma pessoa sofre de, é vítima de, padece ou é acometida por síndrome de Down. O correto seria dizer que a pessoa tem ou nasceu com a síndrome de Down. A síndrome de Down também não é contagiosa.

3.1 - CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DE DOWN.

As três principais características da síndrome de Down são:

- A hipotonia (flacidez muscular, o bebê é mais molinho);

- O comprometimento intelectual (a pessoa aprende mais devagar);

- O fenótipo (aparência física).

Algumas das características físicas são: olhos amendoados, uma linha única na palma de uma ou das duas mãos, dedos curtinhos, entre outros.

3.2 - A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A INCLUSÃO DE ALUNOS COM SD

A proposta da Educação Física Escolar é inserir a criança em meio à cultura corporal do movimento, para que ela possa compreender aprender e desenvolver suas habilidades, percebendo o meio ambiente e as adaptações que o mundo oferece. A disciplina tem o dever de proporcionar ao aluno práticas que desenvolvam suas dimensões cognitivas, afetivas, motoras e socioculturais.

“Na escola os educandos com deficiente leve ou moderada podem participar de atividades dentro do programa de Educação Física, com algumas adaptações e cuidados”. (EUGÊNIA. R. FREITAS. S.F, 1997, pg. 2)

A inclusão não pode e nem deve ser encarada como uma forma negativa de desafio e, sim apenas como uma consciência sobre as diferenças individuais de cada criança, tal como explica FLÓREZ (1997, p.6), “[...] a dificuldade para aprender não deve ser considerada como algo generalizável a todo tipo de aprendizagem, mas parcelável”. Isto significa - como afirma MAZZOTTA (1982, p.15), “que nem todas as condutas são afetadas pela deficiência. Para isso, é preciso procurar e esgotar todos os métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e alcançar os objetivos educativos, motivando-os a sempre buscar seu melhor”.

3.3 - INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

A criança Down apresenta muitas debilidades e limitações, assim o trabalho pedagógico deve primordialmente respeitar o ritmo da criança e propiciar-lhe estimulação adequada para desenvolvimento de suas habilidades.

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