AS DOENÇAS METABÓLICAS E ATIVIDADES FÍSICAS

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EXERCÍCIO E DIABETES DO TIPO 2

A prática de exercícios tem demonstrado diminuir o risco de desenvolver o diabetes tipo 2, independente do histórico familiar, peso, idade, e outros fatores de risco como a hipertensão e o fumo. Mudança no estilo de vida adotando exercícios físicos regulares e uma alimentação saudável, diminuem a incidência do diabetes tipo 2 em indivíduos com intolerância à glicose, a realização de apenas 4 horas de exercício de intensidade moderada, diminui cerca de 70% o risco de incidência do diabetes tipo 2 em relação à indivíduos sedentários.

Exercícios físicos aeróbios e resistidos são recomendados para diabéticos, no entanto para idosos portadores da doença o exercício resistido é mais recomendado, pois há uma perda da massa magra nessa idade, na qual afeta o metabolismo de forma indesejada. A prática do exercício resistido causa um aumento da força muscular e da massa muscular, melhorando assim o controle de glicogênio nesses indivíduos, com relação a isso foi apresentado uma diminuição dos níveis de glicose, aumento de glicogênio muscular, redução da pressão sistólica, e gordura na parte do tronco, aumento da massa muscular e do nível de atividade física em idosos dos dois sexos após a prática de 16 semanas de exercício resistido, diminuindo assim também a medicação desses idosos.

EXERCÍCIO E HIPERTENSÃO ARTERIAL

A alta prática de exercícios físicos em indivíduos com hipertensão de toda as idades, tem demonstrado uma diminuição da pressão arterial em repouso, tanto na diastólica quanto na sistólica nos indivíduos hipertensos e normotensos. Estudos demonstraram a diminuição da pressão arterial em média 3,8mmHg e 2,6mmHg a pressão sistólica e diastólica respectivamente em indivíduos praticantes de exercícios aeróbios. Reduções de 2mmHg na pressão diastólica podem diminuir substancialmente o risco de doenças e mortes associadas á hipertensão.

Um estudo realizado demonstrou que indivíduos hipertensos tiveram reduções na monitoração ambulatorial da pressão arterial durante 24 horas quando realizada logo após a última sessão de exercício, as quais não foram observadas quando realizadas 72 horas após a última sessão. Alguns indivíduos apresentam uma resistência na prática do exercício resistido, devido ao receio de no exercício ocorrer um evento cerebrovascular ou cardíaco. Porém o efeito à longo prazo do exercício resistido sobre a pressão arterial de repouso não apresentam efeitos deletérios, sendo assim indivíduos hipertensos não devem a prática de exercícios resistido, principalmente os idosos.

CONCLUSÃO

Na pesquisa realizada concluímos que o exercício físico não deve ser evitado em nenhum indivíduo portador da síndrome metabólica, inclusive o profissional de Educação Física deve encorajar esses indivíduos a sempre praticar atividades físicas, atentando sempre a exames médicos e históricos clínicos recentes de cada indivíduo. Antes de iniciar um programa de atividades físicas recomenda-se a realização de teste ergométrico para avaliação cardiovascular. Não apresentando nenhuma anormalidade inicia-se o programa de treinamento sempre atentando a limitação de cada indivíduo. Apresentando anormalidades o indivíduo deverá realizar exames complementares para um maior entendimento do profissional sobre a doença.

O profissional também deve realizar uma avaliação física para desenvolver o programa de treinamento adequado e individualizado para cada indivíduo. Deve atentar também aos portadores de diabetes, pois esses indivíduos apresentam algumas limitações e a presença de doenças arteriais periféricas, renais, retinopatia e neuropatia autonômica, lembrando que essas doenças influenciam na intensidade e modalidade do exercício a ser prescrita. Observados todos esses critérios deve-se realizar sempre uma avaliação física periódica para acompanhar o desenvolvimento dos indivíduos e caso necessário readequar o programa de treinamento para que esse indivíduo possa realizar tarefas domésticas e tenha uma boa qualidade de vida, principalmente para indivíduos idosos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Ciolac, EG, Guimarães, GV, Exercício físico e síndrome metabólica. Rev Bras Med Esporte Vol. 10, Nº 4, 2004: 319-324