O Trato dos Viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul

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A alimentação brasileira era basicamente mandioca, batata doce, banana, milho. A farinha de mandioca teve grande utilidade para os soldados e na alimentação dos negros africanos que estavam sendo transportados para a América portuguesa. O milho era o alimento preferido no sustento, pois era fácil de ser transportado e frutificava de três a seis meses após o plantio. Os jesuítas tiveram de fato grande importância na exportação de vários tipos de vegetais asiáticos para o Brasil.

A ração escravista utilizada pelos africanos era composta de: carne de baleia, peixe, mandioca e produtos africanos e americanos. E também foi utilizada pelos holandeses quando se envolvem no tráfico sul-atlântico.

No decorrer do tempo, o vocabulário dos brasileiros e africanos se misturaram, podia-se notar também muitos vocabulários usados pelos índios e muitos costumes indígenas e africanos também foram introduzidos nos costumes dos brasileiros.

Com a falta de metais preciosos Portugal é quem mais sofre com a crise no último quartel dos Seiscentos. E com o crescimento da agricultura brasileira era necessário um aumento na demanda de escravos, mas a Angola estava, segundo o autor, exportando menos da metade de escravos do que no “período filipino” o que causou gravíssimas consequências como o aumento dos preços dos escravos, uma baixa na produção agrícola, etc. A Angola tinha como única e principal função de fornecer escravos para o Brasil. Até a independência, o Brasil passou por períodos conturbados na história.

De fato, o trabalho escravo foi muito presente na formação do Brasil, e na sua cultura. Com a obra de Alencastro podemos acompanhar a evolução do Brasil colônia. Mas uma evolução construída a partir de suor e sangue de homens (africanos/indígenas) antes livres e “agora” considerados cativos e escravos. Até que ponto o trabalho escravo, tanto dos negros quanto dos índios, interferiu no processo de desenvolvimento do Brasil?