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Estudar Faz bem a mente humana

Por:   •  23/10/2017  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  533 Visualizações

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A penetração colonial na maior parte do território de Moçambique foi feita através de Companhias as quais ocupavam cera de 2/3 do território. Portugal não conseguiu ocupar, dominar e administrar sozinho o país.

Organização administrativa

Assim, a administração do território foi atribuída em 1892 à Companhia de Moçambique que compreendia uma área de 134.822 km2 limitada entre o rio Zambeze (norte e noroeste) e o paralelo 22º (sul) e entre o Indico (este) e a Rodésia do Sul (oeste). Esta concessão durou cerca de 45 anos (1897-1942).

A companhia tinha o direito de explorar os territórios e a população que estavam no seu domínio, praticar o monopólio do comércio, fazer concessões mineiras e de pesca costeira, colectar taxas e impostos de palhota e de capitação (mussoco), exploração de mão-de-obra para os países vizinhos, construir e explorar vias de comunicação, estradas, portos, pontes, caminhos-de-ferro, conceder terras a terceiros emitir moedas e selos.

Como dever a companhia tinha o dever de pagar 10% dos dividendos distribuídos e 7,5% dos lucros líquidos totais, manter a sua sede em Lisboa, manter o estatuto de companhia portuguesa e entregar os territórios ocupados no fim do contrato.

Em 1891 surge a Companhia do Niassa (2ª companhia majestática), com privilégios de ocupação, administração e exploração da área ocupada. 25% do território na zona norte entre os rios Rovuma (norte) e Lúrio (sul), o oceano

Indico (este) e Lago Niassa (oeste).

Em 1892 surge a Companhia da Zambézia (3ª companhia majestática), que ocupava as áreas de Chire, limite com a Niassalândia, Zumbo e Luenha, fronteira com a Rodesia do Norte. Esta companhia não tinha privilégios porque era concessionária.

A estrutura administrativa colonial foi assegurada efectivamente em toda a extensão do território a partir do estabelecimento de contratos de concessão pelo governo português de zonas do território a grandes companhias que tinham interesses em Moçambique para desenvolverem actividades económicas e assegurarem igualmente o exercício delegado da autoridade administrativa nos territórios concessionados à excepção da zona sul do país que foi considerada reserva de mão-de-obra para as minas de ouro na vizinha Africa do Sul. A zona sul do País foi administrada de forma directa pelos portugueses e serviu como reserva de mão-de-obra para as plantações de cana do açúcar e exploração mineira na vizinha Africa do Sul.

Obtenção de escravos

- Os escravos eram obtidos durante as guerras entre os estados onde os prisioneiros de guerra eram vendidos ou submetidos a trabalhos forcados.

- Os escravos nascem de outros escravos através do direito em que eram submetidos aos seus servidores.

Base económica

A partir de seculo XIX, a base da economia passa a ser o comércio de escravos. O tráfico de escravos, para além de ter garantido a continuidade de acesso aos produtos importados introduziu muitos elementos novos no sistema da organização.

1787 – Legalização da venda de armas de fogo, contribuiu para a generalização da caça aos escravos.

1836 – Primeira abolição da escravatura nas possessões portuguesas.

1840 – Criou-se a ficção legal entre os portugueses e os franceses, que consistia em atribuir o estatuto de trabalhadores recrutados ou engajados.

1842 - Segunda abolição da escravatura nas possessões portuguesas após a abolição oficial do comércio de escravos, os reinos afro- islâmicos (xeicados e Sultanatos) e os prazos deram continuidade ao comércio de escravos – comércio clandestino.

No período do comércio de escravos, as duas zonas onde por excelência se caçavam escravos eram o vale do Zambeze e a faixa litoral, com o respectivo hinterland do rio Ligonha à baía de Memba.

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