Dez princípios da economia
Por: SonSolimar • 13/6/2018 • 3.440 Palavras (14 Páginas) • 381 Visualizações
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O incentivo que induz a pessoa a agir exerce papel importante no estudo da economia, porque o indivíduo racional toma decisões comparando custo e benefícios, respondendo a incentivos. Sendo assim, o funcionamento do mercado depende dos incentivos dados aos indivíduos. Por exemplo, quando o preço de determinado alimento aumenta, a tendência é a demanda cair. Com isso empresas do ramo alimentício, são incentivadas a produzir mais, enquanto os compradores consomem menos. Esse exemplo demonstra como há um incentivo mútuo entre os consumidores e produtores, onde o comportamento de cada um, os afeta diretamente. Além disso, os formuladores de políticas públicas influenciam diretamente nos custos e benefícios para as pessoas, afetando seu comportamento, como é no caso da França, onde os automóveis apresentam preços elevados, incentivando na diminuição do fluxo dos mesmos, para diminuir a emissão de poluentes e o tráfego.
Sendo os quatro primeiros princípios relativos ás decisões dos indivíduos, eis que surge o questionamento de como as nossas decisões influenciam as outras pessoas, pois na área econômica a interação entre indivíduos é extremamente presente.
Mesmo com diversas empresas no mercado mundial, sendo que algumas possuem diversos concorrentes, essa competição entre países, como o Japão concorre com os Estados Unidos no mercado automobilístico, acaba tornando o comércio entre os dois países favorável para ambas as partes. Isso ocorre devido ao fato de que os países têm interesse em comercializar uns com os outros, aumentando assim o número de consumidores, que por sua vez terão mais variedade nos bens e serviços disponíveis. Como é no caso familiar, onde cada família compete, ao querer comprar os produtos de melhor custo-benefício, não seria interessante essas famílias se isolarem para não competirem e entre si. O mesmo acontece com os países, que teriam uma economia mais fraca se estivessem isolados.
O colapso do comunismo na década de 1980, comprovou que o planejamento central feito somente pelo governo para organizar a atividade econômica, estava fadado ao esquecimento no mundo capitalista. A realidade da economia mundial, se baseia na economia de mercado, onde as decisões tomadas por empresas privadas e os indivíduos são fundamentais em termos econômicos, pois estas interagem nos mercados de bens e serviços. O sucesso das economias de mercado é algo difícil de prever, pois ninguém cuida do bem-estar econômico de toda a sociedade. Os chamados “mercados livres” contêm muitos compradores de vendedores de diversos bens e serviços, que estão interessados em seu próprio bem-estar. Mesmo assim, as economias de mercado se mostraram bem-sucedidas na organização da atividade econômica para promover o bem-estar econômico geral. Segundo o economista inglês, Adam Smith, quando o governo impede que os preços se ajustem naturalmente à oferta e à demanda, impede que a mão invisível (onde os preços se ajustam para direcionar a oferta e a demanda) coordene as decisões de famílias e empresas que compõem a economia.
No sistema capitalista, não é somente a economia que importa para o perfeito funcionamento da dinâmica social. Cabe ao Estado garantir o cumprimento das regras e manter as instituições principais da economia. Sem o governo as economias de mercado não teriam a garantia do direito de propriedade, que dão a possibilidade de os indivíduos possuírem e garantirem os recursos escassos. O governo tem o dever de nos garantir-nos direitos e segurança, para o pleno funcionamento do capitalismo. O mercado passa a ganhar investimentos, quando os indivíduos se sentem seguros para produzir e oferecer serviços. Há dois motivos genéricos para que haja uma intervenção estatal na economia, sendo eles a promoção de eficiência e igualdade à mesma. Considerando o primeiro objetivo da eficiência, a mão invisível que visa maximizar o tamanho do bolo econômico, pode falhar. Essa é a chamada “falha de mercado”, onde o mercado por si só não se sustenta, não produzindo uma alocação eficiente de recursos. Uma possível causa dessa falha é a “externalidade”, que é o impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar dos que estão próximos. Um exemplo clássico disso é a poluição. Outra possível causa de falha de mercado é o “poder de mercado” que é referente à capacidade de um agente econômico influenciar indevidamente os preços do mercado. Se uma cidade precisar de um recurso necessário como a água, cabe ao Estado intervir, quando houver uma única opção de poço disponível, por exemplo. Políticas públicas são uma boa opção para aumentar a eficiência econômica em casos de falha de mercado. Considerando o objetivo da igualdade, mesmo que a mão invisível produza bons resultados, as grandes disparidades no bem-estar econômico da população pode ser uma realidade. Assim sendo, a mão invisível não garante que todos tenham comida suficiente, roupas ou atendimento médico adequado. Essa desigualdade somente pode ser resolvida através de mecanismos estatais, através de políticas públicas.
Após a análise de como as pessoas tomam decisões e como elas interagem entre si, cabe questionar no que essas ações resultam. Os princípios seguintes visam compreender o funcionamento da economia, formada em consequência dos demais princípios.
O sistema capitalista, permite que os países gozem de uma certa autonomia que os permitem produzir diferentes padrões de vida. Isso quer dizer que a maioria dos cidadãos de países de alta renda, possuem uma melhor qualidade de vida em relação aos cidadãos de países de baixa renda. O importante lembrar que esses padrões não são estáticos, pelo contrário são alterados ao longo do tempo, diversas vezes em vária intensidades. Nos Estados Unidos, por exemplo, no último século, a renda média aumentou aproximadamente oito vezes. O que explica essas grandes diferenças de padrão de vida entre países ao longo do tempo é a diferença de produtividade entre eles, ou seja, a quantidade de bens e serviços produzidos por unidade de insumo de mão de obra. Portanto, os trabalhadores dos países que produzem mais, podem produzir uma grande quantidade de bens e serviços por unidade de tempo, possibilitando assim uma melhor de vida, diferente dos países menos produtivos. Assim no âmbito social, quando uma política pública pretende afetar os padrões de vida, a mesma precisa afetar primeiro a capacidade de produção do país. Além de garantir aos trabalhadores melhor instrução e tecnologias eficientes.
Um dos fatos históricos mais marcantes do cenário econômico mundial, foi com certeza, a hiperinflação que ocorreu na Alemanha, pós 1ª Guerra Mundial. Um
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