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Um Levantamento Bibliográfico sobre os Impactos das Mídias Socias no público LGBT

Por:   •  24/4/2018  •  3.716 Palavras (15 Páginas)  •  372 Visualizações

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Discussão essa de suma importância, principalmente no Brasil, país com maior índice de homicídios de LGBTs no mundo, segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB) – mais antiga entidade do gênero do Brasil – em seu relatório anual ela indica que 318 gays foram mortos em 2015 em todo o País. Desse total de vítimas, o GGB diz que 52% são gays, 37% travestis, 16% lésbicas, 10% bissexuais.

E também, frente ao ataque à Boate LGBT Pulse em Orlando, ocorrido no dia 12 de junho de 2016, considerado o maior massacre a mão armada em solo americano, onde 49 pessoas foram mortas e outras 51 foram feridas pelo simples fato de serem elas mesmas, homens e mulheres gays, bis, lésbicas, trans, travestis, etc.

As pessoas encontram nas redes sociais digitais um meio de comunicação horizontal e imediato, capaz de mobilizar milhares de pessoas acerca de uma causa quase que em tempo real. Segundo CASTELLS (2013), da segurança do ciberespaço, pessoas de todas as idades e condições passaram a ocupar o espaço público, num encontro às cegas entre si e com o destino que desejavam forjar, ao reivindicar seu direito de fazer história – sua história – numa manifestação da autoconsciência que sempre caracterizou os grandes movimentos sociais.

As minorias não representadas pelas mídias tradicionais fazem uso deste ciberespaço para divulgar suas opiniões politicas e embasamentos sociais, numa busca constante do entendimento de si e daqueles ao seu redor.

Como hipóteses pode-se considerar que as mídias sociais impactam no empoderamento do público LGBT porque as mídias sociais ajudam na visibilidade. Ou talvez seja porque as mídias sociais ajudam na discussão sobre o tema LGBT e também na repercussão dos problemas que envolvem este público. Ou será que é porque as mídias sociais ajudam na conectividade com pessoas com interesses em comum e na Liberdade sexual do público LGBT bem como na quebra de tabus e paradigmas em relação ao público LGBT.

Para tanto, o presente estudo tem como objetivo geral analisar como as mídias sociais impactam no empoderamento do público LGBT. E como objetivos específicos: (1) Verificar como as mídias sociais ajudam na discussão sobre o tema LGBT; (2) Analisar como as mídias sociais ajudam na repercussão dos problemas que envolvem o público LGBT; (3) Analisar como se as mídias sociais ajudam na Liberdade sexual do público LGBT.

Como método de pesquisa foi escolhido o levantamento bibliográfico. O método de pesquisa escolhido para responder à pergunta de pesquisa foi o levantamento bibliográfico que utilizou uma série de fontes secundárias, como: livros, sites, blogs, redes sociais, revistas, publicações e artigos. A metodologia utilizada teve o propósito de estudar como as mídias sociais impactam no empoderamento LGBT.

Como estrutura deste artigo tem-se: (1) Introdução; (2) Referencial Teórico dividido em 4 subcapítulos: (3) Metodologia; (4) Análise e Resultados e por último as Considerações Finais.

Diante do exposto, esta pesquisa buscou responder ao questionamento: Como as mídias sociais impactam no empoderamento do público LGBT?

- REFERENCIAL TEÓRICO

- O surgimento das redes sociais

Hoje passa-se uma grande parte do tempo vivendo vidas digitais, às vezes reais às vezes inventadas. Isso tudo foi possível com o advento da internet no meio dos anos 1990, possibilitando a disseminação da informação e conteúdo e uma ampliação da relação interpessoal.

Mas bem antes disso, no ano de 1969, surgem relatos de serviços possuidores de características de sociabilizar dados; com o desenvolvimento da tecnologia dial-up e o lançamento do CompuServe — um serviço comercial de conexão à internet em nível internacional muito propagado nos EUA. Em 1971, o primeiro e-mail é enviado, formando uma base para a criação de um sistema de troca de mensagens sete anos mais tarde chamado Bulletin Board System ou BBS.

No ano de 1984 surge um sistema chamado Prodigy, um concorrente direto do CompuServe. Mas o feito mais reconhecido desta década foi da América Online (AOL), que a partir do ano de 1985, passou a fornecer ferramentas que permitiam às pessoas criarem perfis virtuais descrevendo a si mesma e criar comunidades para troca de informações e discussões sobre os mais variados assuntos. Foi também da AOL, em 1997, o primeiro serviço de troca de mensagens ou Messenger, como hoje conhecemos.

Nos anos 1990, diversos serviços que tinham como base a conexão de pessoas e o compartilhamento de informações surgiram, entre eles pode-se citar o GeoCities, sistema online que permitia a criação de páginas pessoais baseados na localização do usuário, chegou a ter 38 milhões de usuários, grande feito para o período; o The Globe e o Classmates, ambos lançados em 1995, o primeiro vinha com intuito de conectar pessoas com interesses em comum e o segundo de reunir antigos colegas de escolas, este chegou a ter 50 milhões de usuários, hoje ainda sobrevive, com um número menor de participantes.

Mas foi no início dos anos 2000, com um aumento significativo de pessoas com acesso a computadores e internet em casa que surgiram as primeiras formas de redes sociais como as conhecemos hoje.

- Principais conceitos de redes sociais

Podemos definir as redes sociais como um sistema aberto em permanente construção, que se constroem individual e coletivamente. Utilizam o conjunto de relações que possuem uma pessoa e um grupo, e são fontes de reconhecimento, de sentimento de identidade, do ser, da competência, da ação. Estão relacionadas com os papéis desempenhados nas relações com outras pessoas e grupos sociais (MONTERO, 2003) constituindo-se nas práticas sociais que no cotidiano não se aproveitam em sua totalidade (RANGEL, 2003).

- Principais tipos de redes sociais

No ano de 2002, surgem o Fotolog e o Friendster. O primeiro tinha o intuito de publicar fotos que marcavam momentos, sentimentos, ideias e permitia a interação entre usuários por meio de comentários e curtidas; o Fotolog atingiu bastante sucesso no Brasil, principalmente entre as minorias da época, que usavam a rede como forma de conexão, compartilhamento de ideias, flerte e afins, foi umas das primeiras formas de manifestação política da comunidade LGBT no Brasil. O Fotolog teve seu declínio no Brasil com a ascensão do Facebook em 2008, mas persistiu até seu fechamento geral no ano de 2015.

Por sua vez, o Friendster foi o primeiro serviço a receber

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