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Unip universidade paulista

Por:   •  9/4/2018  •  2.733 Palavras (11 Páginas)  •  401 Visualizações

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Outro fato interessante que percebemos é que o pesquisador encontra-se completamente engajado e envolvido em seu trabalho, isso não nos fez acreditar, conforme o conhecimento popular, que o mesmo abstém-se de uma vida social saudável e prazerosa, mas nos mostrou que de fato é necessário muito empenho e dedicação a profissão para que seu trabalho seja desenvolvido, afinal notamos que ele é o principal agente de condução e desenvolvimento da pesquisa, sem o seu completo interesse, determinação e conhecimento é impossível prosseguir com o estudo. Além disso, por meio das informações que coletamos nas entrevistas com os especialistas na área em atuação, o pesquisador não tem muito estimulo financeiro para prosseguir com sua análise, sendo necessário partir de sua própria força de vontade e geralmente, desde cedo, o desejo de descobrir, resolver e modificar o mundo e contribuir significativamente com a sociedade e com as exigências que o meio acadêmico requisita.

A vida profissional de um pesquisador é muito organizada e atarefada, eles fazem isso para aproveitar o seu tempo, ou seja, ser produtivo. Precisam sempre manter-se atualizados e bem informados, por isso, de acordo com os psicólogos que entrevistamos, é necessário ler constantemente artigos e textos relacionados a área de atuação, bem como freqüentar eventos importantes para o seu campo de estudo. Sendo que eles utilizam esses eventos também para divulgação de seus trabalhos ao meio acadêmico.

CAMPO DE ATUAÇÃO e MERCADO DE TRABALHO

De acordo com nosso banco de dados, enriquecido com informações provindas do resultado de uma ampla pesquisa bibliográfica, a área da pesquisa em psicologia é praticamente ilimitada dentro do seu campo cientifico, pois é responsável por todo o desenvolvimento do conhecimento cientifico em psicologia e assim é fundamental para a definição, renovação e avanço da ciência em questão. Portanto concluímos que o psicólogo pesquisador atua em todas as áreas conhecidas pela psicologia, assim como tem capacidade para, de repente, desenvolver conhecimento suficiente para formação de uma nova área especifica diferente de todas as outras, caso aja necessidade e traga benefícios significativos para sociedade, visto que o impacto social é uma consideração constante do pesquisador em qualquer pesquisa que pretenda iniciar seja qual for o campo de atuação.

No entanto, embora o grupo tenha chegado a conclusão de que o campo de atuação do psicólogo pesquisador é bem vasto e repleto de possibilidades, deparamo-nos com informações que também nos fizeram perceber que a atuação do profissional doutorado em psicologia quase que se restringe, por falta oportunidades no mercado de trabalho, ao meio acadêmico universitário.

Nossa pesquisa nos levou a crer que o mercado de trabalho para os doutores em psicologia é consideravelmente estável, isso significa que não tem um crescimento significativo e nem uma diminuição expressiva. Porém o número de doutores formados em psicologia cresce cada vez mais, tornando o espaço de trabalho de maneira prática e relativa, competitivo aos candidatos as vagas aparentemente limitadas que se encontram disponíveis no mercado.

As principais oportunidades para os doutores em psicologia, ainda encontram-se nas universidades, onde podem obter recursos necessários para desenvolver suas pesquisas, afinal descobrimos que no Brasil, não existe praticamente outra maneira de conseguir meios e fundos para o desdobramento do projeto cientifico, até mesmo as empresas privadas brasileiras não possuem a prática de financiar pesquisas.

Também, a respeito dos trabalhos em universidades, levamos em consideração um importante fato que tomamos ciência e que é importante relatar em nossa análise geral sobre o assunto em questão. Existe uma diferença na função dos doutores que trabalham em universidades públicas em relação aos que trabalham em instituições privadas de ensino superior. Tanto os que trabalham em universidades públicas quanto privadas, geralmente lecionam e tem uma determinada carga horária para cumprir, que geralmente é de 20 ou 40 horas, a grande diferença está na função desempenhada pelo doutor dentro dessas horas de trabalho. O psicólogo pesquisador em uma universidade pública é remunerado e logicamente recebe por todas as horas de trabalho, e pode desenvolver sua pesquisa dentro desse horário estipulado, ou seja, se ele tem como carga horária 40 horas de trabalho, pode, de acordo com a sua programação junto a universidade, lecionar 20 horas e dar andamento a sua pesquisa durante as outras 20 horas, totalizando 40 horas. Dentro de uma universidade privada não é permitido articular as horas de trabalho, alterando as atividades entre dar aulas e realizar pesquisas, o doutor que atua em uma instituição de ensino privada, tem que cumprir todas as suas horas de trabalho lecionando, e fica ao seu critério disponibilizar o seu tempo particular para o desenvolvimento de suas pesquisas. Isso quer dizer que a universidade privada, oferece os recursos necessários ao profissional, porém ele não é remunerado pelo trabalho cientifico desempenhado, isso porque a instituição tem como concepção a idéia de que é do interesse do doutor, a realização de pesquisas para manter-se atualizado e cumprindo as exigências do meio acadêmico, mantendo-se ativo dentro do campo de desenvolvimento do saber. Já para o nosso grupo, essa forma de tratar o doutor em psicologia nas universidades privadas é um dos agravantes que desestimula os alunos a formarem-se doutores nessa e em outras ciências.

TIPO DE PESQUISA e ORGÃOS OFICIAIS DE APOIO

Entendemos que dentro da ciência existem várias formas de realizar e conduzir uma pesquisa, via de regra, todas elas devem ter um sujeito ou objeto de pesquisa bem definidos, bem como um método estipulado previamente escolhido para coletar as informações. Mas o modelo de pesquisa mais utilizado no campo de atuação da psicologia é o das Ciências Humanas, que segue com maior frequência o método de avaliação qualitativa, isso não quer dizer que pesquisadores em psicologia não utilizem o método quantitativo, mas quando o fazem, geralmente é de maneira combinada, ou seja, usam os dados quantitativos em beneficio de uma pesquisa qualitativa.

Descobrimos que os pesquisadores consideram alguns fatores importantes antes mesmo de começar a pensar nos métodos a seguir em sua análise, o primeiro deles é se a pesquisa é viável, se existe a possibilidade de resolvê-la dadas as condições momentâneas, tanto física quanto financeiramente, afinal ninguém quer gastar tempo e dinheiro em

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