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Projetos e Práticas de Ação Pedagógica da Universidade Paulista Unip Interativa

Por:   •  26/4/2018  •  2.247 Palavras (9 Páginas)  •  522 Visualizações

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“A leitura como prática social, é sempre um meio nunca um fim. Ler é resposta a um objetivo, a uma necessidade pessoal” (BRASIL, 2001, p.57)

Ler não é somente decifrar códigos, muito mais que isso, é saber interpretar a mensagem e atribuir a ela uma vivência pessoal e interiorizá-la.

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc. Não se trata simplesmente de extrair informações da escrita, decodificando letra por letra , palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente compreensão, na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura propriamente dita. Qualquer leitor experiente que conseguir analisar sua própria leitura constatará que a decodificação é apenas um dos procedimentos que utiliza quando lê: a leitura fluente envolve uma série de outras estratégias [...] (BRASIL, 2001, p. 53).

Para aprender a ler é preciso que o aluno se defronte com os escritos que utilizaria se soubesse mesmo ler com os textos de verdade, portanto é preciso agir como se o aluno já soubesse aquilo que deve aprender. Sabe-se que a leitura é mais eficiente se o leitor é capaz de saber para que esteja a fazer a leitura de um texto.

Portanto, a leitura é de fundamental importância na vida dos seres humanos. Ao iniciar o processo escolar, a criança se depara com milhares de representações gráficas, que para ela só fará sentido se tiver significado, e isso acontecerá se lhe for apresentado vários tipos de textos e variadas leituras.

Então, ler não é uma atitude passiva, não se reduz a simples decodificação de sinais gráficos, mas pressupõe uma atividade de reconstrução de sentidos. Ela não é um ato solitário porque envolve o diálogo com o interlocutor, que pode ser com diversos escritores (BRASIL, 2001).

Para aprender a ler é preciso deixar que o aluno se defronte com os escritos que utilizaria se soubesse mesmo ler, portanto é preciso agir como se ele já soubesse aquilo que deve aprender.

Assim, entende-se que a leitura é mais eficiente se o leitor é capaz de saber o porquê desse ato de ler, pois o aprendizado da leitura envolve um aspecto importante da formação das pessoas que é o de contribuir para que as crianças possam construir uma postura de leitores atentos e críticas em relação às idéias e informações que obtém através, dos textos.

[...] a leitura vai além do texto e começa antes do contato com ele, a noção do texto é aplicada, abre-se para englobar diferentes linguagens. A partir da leitura o leitor realiza um diálogo com o objeto lido, seja escrita, sonora, uma imagem, uma situação envolvida nas expectativas do prazer, das descobertas e do reconhecimento de suas vivências. Aprender a ler significa aprender a ler o mundo, dar sentido a ele e a nós mesmos (ALMEIDA, 2010, p. 25).

Dessa forma, o ato de ler, que era considerado apenas um meio de se receber mensagens importantes, hoje se torna uma atividade além disso, onde “a leitura” faz parte do processo mental, onde pode atingir vários níveis, e assim contribuir para o desenvolvimento do intelecto.

Assim sendo, a leitura se caracteriza como um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade; ela favorece a remoção de barreiras educacionais, como é visto, onde concede oportunidades mais justas de educação principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, e aumenta a possibilidade de normalização da situação pessoal de um aluno.

A leitura é uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização, que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e dos estudos. Na escola, a leitura serve não só para aprender a ler, como também para aprender outras coisas, lendo. As crianças podem aprender ouvindo histórias, aprendendo a decifrar os sons das letras, lendo pequenos textos dos quais já ouviram falar e que sabem de cor, como canções, provérbios, adivinhações, etc. Se a escola desenvolver esse tipo de atividade, estará em contato com a escrita real e isso lhe facilitará o aprendizado da própria forma ortográfica (THEOBALD, 2009, p. 08).

Dessa forma, será muito importante que a criança possa conviver em um ambiente onde a leitura tenha significação é fator desencadeante para a formação do leitor.

A criança ou o aluno que não reconheça a funcionalidade da leitura e da escrita na escola poderá descobrir sua importância em outros espaços. O exercício da leitura pode nascer de uma necessidade de trabalho. Inúmeras atividades exigem leitura, compreensão de texto, capacidade de relacionar fatos. Porém, a leitura também é indispensável para que o indivíduo possa fazer escolhas, decidir conhecer, participar efetivamente na sociedade letrada que a nossa sociedade produziu (CAGLIARI, 1997).

Portanto, os professores devem estar atentos à diversidade de obras dirigidas ao público infanto-juvenil com o intuito de despertar o prazer pela leitura.

O professor que em sua prática pedagógica tem o hábito de ler para seus alunos, percebe como essa prática sua influência ajuda a desenvolver o gosto em manusear os escritos literários, por seus alunos.

O verdadeiro leitor é aquele que busca aprender o que está escrito, mobilizando tudo o que sabe sobre a língua: o sistema de escrita, as características do gênero, o suporte ou portador do texto, o assunto ou tópico, o contexto, o autor e sua época [...] (ANDALÓ, 2000, p.48).

Dessa forma, o professor deve preparar seu aluno, para ler o mundo, e não apenas tirar notas em provas e atividades; precisa estar atento a todas essas diversidades e procurar trabalhar com algumas atividades como histórias em quadrinhos; que são ótimas, pois esse tipo de atividade desperta o interesse nos alunos e são excelentes, pois refletem muito bem as características narrativas de cada personagem descrito nas histórias. Existem alguns textos como exemplo de narrações, com ilustrações, que permitem a identificação e a valorização da criatividade e do caráter lúdico (MARTINS; SILVA, 2010).

Assim, além de acreditar no poder da história e na magia e atração que exerce o contador sobre seus ouvintes, muitos estudos relatam sua importância no desenvolvimento infantil, por ser recreativa, educativa, instrutiva, afetiva (alargando

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