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Resumo Platão República

Por:   •  20/9/2018  •  3.092 Palavras (13 Páginas)  •  270 Visualizações

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Queixas e lamentações também não devem ser utilizadas nos discursos dos oradores e que com a música e a ginástica, se educariam os jovens para que os mesmos fossem incentivados até a velhice a fazer isso.

De modo geral, Glauco e Sócrates discutem sobre vários aspectos fundamentais para o bom funcionamento da sociedade, até mesmo a alimentação dos guerreiros foi levada em conta no diálogo, os juízes deveriam ser pessoas mais velhas e que já teriam passado por várias experiências e seriam pessoas que não tivessem a injustiça “alojadas em sua alma”, os médicos deveriam ser os melhores, os governantes escolhidos pelos guardiões.

Livro IV

Adimanto questiona Sócrates sobre qual será a sua defesa quando os acusarem que os moradores são infelizes, pois não podem desfrutar de luxúrias. Em resposta, ele diz que a criação da cidade é para que todos sejam felizes e não apenas alguns. Se essa construção tiver sucesso haverá justiça caso contrário surgirá a injustiça. Dando aos moradores de algumas classes, certos agrados, fazendo com que estes deixem de realizar suas atividades fazendo aqueles que a necessitam delas, infelizes.

A riqueza e a pobreza tornam os profissionais ruins: se um lavrador ficar rico terá preguiça e não vai querer cuidar da terra; caso fique pobre, não terá as ferramentas e acabará executando mal sua tarefa e isso ainda poderá passar para as gerações. "Se a cidade não tiver riqueza como combater um Estado grande e rico?" Sócrates explica que seus homens por terem uma boa alimentação e treinamento poderão combater e oferecer a riqueza do inimigo para os guerreiros de outras cidades, assim conseguindo aliados. A cidade pode crescer mas deve continuar unida, aparentemente rica, mas jamais desunida. A instrução e a educação tornarão o homem digno e fazendo com que a república seja uma natureza honesta e boa. Através de brincadeiras e música, a criança deve desenvolver a capacidade de entender a lei, quando crescerem sendo desnecessárias as modificações e a perda de tempo em busca da perfeição.

Sócrates acreditava que o legislador não deveria se ocupar com as leis e a administração da cidade tanto a bem quanto a mal governada, pois surgiriam as regras de tratamento e a legislação ficaria responsável pela edificação dos templos, sacrifícios, culto aos deuses/divindades/heróis.

Ele julgou sua cidade como sendo sábia, corajosa e justa. A justiça sendo comparada com a temperança que seria "senhora de si".

São citados exemplos de cidadãos que ao trocarem ou exercerem ao mesmo tempo uma função (até as quais não se é digno), trazendo prejuízos a cidade consequentemente se tornando injusta do mesmo modo se cada um lhe fizer o que é determinado ocorrerá a justiça.

Livro V

As naturezas e as funções dos homens e das mulheres são diferentes, mas o que difere a natureza de homens com o mesmo ofício um sendo cabeludo o outro calvo? Se o calvo for melhor que o outro não caberia a proibição de todos os cabeludos de exercerem a profissão. Portanto independente do sexo o indivíduo deve desempenhar a função que lhe é dotada.

O homem o qual rir da mulher por suas vestimentas é desprovido de inteligência pois o mesmo nem sabe do que rir.

A mulher devia dar à luz a partir dos vinte anos até os quarenta já os homens após a parte fogosa da sua vida até os cinquenta e cinco anos. Não é justo que alguém mais jovem ou velho dar a cidade um filho, pois não terá proteção e sacrifícios. Não nascendo melhores e mais úteis que seus pais.

Após a idade de geração pode se unir a quem quiser não sendo: filhos (as), netos (as), avôs, avós, mãe e pai, porém é necessário que cuidem para não terem filhos.

Livro VI

Surge o questionamento de quem é ou não filósofo, os capazes de atingir o mesmo resultado do modo de sempre. O cego e aquele que não tem conhecimento e não se diferem não podendo governar a cidade.

Sócrates afirma que para a maioria os filósofos são inúteis, porém esses julgamentos são feitos por quem não os utilizam. Um médico é inútil até se ficar doente.

Ver e ser visto apenas são válidos porque existe a luz. O sol não seria a vista, mas sim sua causa. Ele ainda diz que a alma se reflete como o olho ao se fixar em um objeto iluminado pela verdade e pelo Ser parecendo inteligente quando ao objeto escuro o que nasce e morre só se vê o mal e não mais inteligente.

Livro VII:

A alegoria da caverna, utiliza a ilustração de como podemos atingir a verdade em nosso conhecimento e em nossas ações, imaginando-nos presos a uma caverna, de costas para a sua abertura. Nessa condição, só podemos perceber o movimento das sombras do que está acontecendo lá fora. De repente, um dos presos consegue livrar-se das correntes e sai para o mundo exterior, onde encontra vida, cor, luz e calor. Ao retornar, relata aos demais prisioneiros o que viu e esses inconformados, ameaçam-no matar. Sem outra condição, esse cria fantasias e mitos para justificar as aparências, procurando assim poupar a própria vida.

Após a apresentação desse mito, Sócrates desenvolve a ideia do tipo de educação que deve receber o filósofo para que chegue ao conhecimento do Bem. Trata-se da educação do futuro governo-filósofo. Todas as quatro virtudes (sabedoria, coragem, temperança e justiça) sobre as quais deve ser construído o Estado Ideal, só são conhecidas, úteis e valiosas a partir da ideia de Bem. Assim, a ideia do Bem constitui-se no mais alto saber, ao qual os guardiões devem aspirar e serem conduzidos. Mas, para que o guardião, futuro filósofo-rei, atinja o Bem, é preciso “sair da caverna e contemplar o Sol”.

Recorda, ainda, as disciplinas da música e da ginástica, que devem também ser acompanhadas da matemática, da geometria, da astronomia, da harmonia e, sobretudo, da dialética, porque esta última tem por finalidade o conhecimento do bem.

Em seguida, são colocados os critérios de escolha dos futuros filósofos dialéticos, as suas qualidades e também os graus de sua educação, a partir da infância: após um período de introdução aos exercícios físicos, devem estudar as várias disciplinas durante toda a juventude.

Aos trinta anos devem passar por uma iniciação à dialética. Completando os cinquenta anos, os filósofos recebem o encargo do governo

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