Resumo O Príncipe

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Ainda sobre as formas de se atingir o poder, Maquiavel esclarece duas outras situações existentes onde a fortuna e o mérito não entram como requisito obrigatório. Uma delas é através do crime, onde o autor apresenta duas situações em que se obtiveram posses semelhantes, mas que se diferenciavam nas consequências de atitudes posteriores, fazendo com que um dos governantes fosse aplaudido e o outro desmoralizado. Segundo as conclusões que se pôde chegar sobre esse fato, o livro mostra uma justificativa plausível à atrocidade cometida somente para atingir o poder, pois é possível que esta seja esquecida pelo tempo, mas caso essa atitude se prolongue durante o reinado, o Príncipe se tornará odiado e perderá qualquer imagem amável que tenha montado diante do povo. A segunda conquista é obtida através de eleições democráticas, intitulado principado civil, onde o povo elege um dos seus para ser o representante de causas compartilhadas, sendo esse o meio mais seguro de se manter no poder. Se o governante for aliado do povo, esse será como alicerces que sustentam sua estrutura. A importância de manter o povo como seu aliado se torna ainda mais útil em situações onde o Príncipe não possui recursos para atacar seus inimigos. Aqueles que são vistos com bons olhos diante da população, ganham numerosas vozes que se tornam muros de concreto e acabam por proteger seus ideais. Portanto, aquele que não é odiado não pode ser atacado. Partindo disso, o autor apresenta uma última forma de governo que, em sua opinião, seria a mais apropriada, a mais digna de se obter reconhecimento por se tratar de conquistas através do mérito ou da fortuna. São esses os de principados eclesiásticos, sustentados pela rotina da religião e propícios ao sucesso por possuir certa liberdade na conduta de seus governantes. De todo modo, o que mantém um Príncipe no poder, na visão do autor, são as boas leis e os bons exércitos, e que é necessário se manter fiel a hábitos que engrandeçam sua tropa para garantir sua proteção.