O que faz o Brasil, BRAZIL?

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O “Brasil” nos remete a povo, nação, cultura, valores, escolhas, ideais de vida, bem como a um local geográfico delimitado por fronteiras, território reconhecido internamente como nossa casa, onde está o nosso lar, pelo qual estamos ligados de forma única, especial e sagrada. É uma entidade viva e ao longo da sua História são somados fatos passados que contribuem com a construção do seu futuro. O Brasil é formado por uma sociedade que segue certos valores culturais e julga as ações dos brasileiros (quase sempre) conforme esses valores. Este esplêndido País está representado nas Leis, na política, na economia, na linguagem culta do idioma oficial, nos palácios, fóruns, comarcas; e, também, está caracterizado por diversas manifestações através da culinária, do vestuário, das músicas, das danças, das moradias, das relações familiares, e do tão famoso (inclusive internacionalmente) “jeitinho brasileiro” malandro de ser.

2.2. Identidade social

A condição humana determina que todos os homens devem comer, dormir, trabalhar, rezar, reproduzir etc. Mas o modo como cada um o faz é variável, gerando tantos estilos e “jeitos de ser”. Cada grupo humano põe isso em prática conforme suas condições, ficando muitos desejos longe do seu alcance por estarem distantes do seu patamar de vida.

A construção do nosso “ser social” deriva de uma série de atributos especiais que constituem a nossa história. A identidade social do “ser brasileiro” se forma com a influência da História (quando herdamos costumes dos nossos colonizadores), fatores naturais (fauna, flora, relevo, clima), fatores socioculturais (dizer ‘não’ diante de situações formais quando sempre há um ‘jeitinho brasileiro’ facilitado pelas relações de amizade, manter a imparcialidade diante de situações polêmicas como sendo mais honesto para não ficar mal perante nenhuma uma das partes, pensar que o nosso bem estar futuro depende do nosso empenho em nos capacitar, ter a consciência de que a família é a nossa base e que não devemos renegá-la como fazem a maior parte dos americanos individualistas).

Para construir nossa identidade social, devemos fazer como fazem os pesquisadores para construir as pesquisas antropológicas e sociológicas: listar o que consideramos importante na vida e atribuirmos nosso juízo de valor em relação a cada ponto listado, por exemplo: família – casamento – sexualidade – religião – moralidade – poder político – dinheiro – cultura e prazeres de um modo geral. Assim, faz-se um inventário de identidades sociais e de sociedades, possibilitando a descoberta da cultura ou ideologia de sóciis e sociedades.

2.3.Tipo de Identidade

2.3.1. Identidade social moderna quantitativa:

É limitada a dados precisos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo ocidente europeu a partir da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Considera apenas os critérios objetivos, como estatísticas demográficas, PIB, PNB, inflação, renda per capita. Analisado seguindo esses critérios pensamos que o Brasil deixa a desejar, pois apesar de haver avançado, sobretudo no período Democrático, não está sendo o que gostaríamos que fosse. Em parte por ineficiência política.

2.3.2. Identidade social qualitativa:

Possibilita-nos acreditar que o Brasil vale a pena, (não restrito à corrupção, inflação, má distribuição de renda), nos permite valorizar nossa diversidade musical, nossa culinária, hospitalidade, bem como nossas relações interpessoais mais intensas, com mais “calor humano”. Analisar o Brasil através desta óptica, nos faz reconhecer e exaltar as qualidades do nosso patrimônio natural e cultural, tão diversificado em suas cinco regiões.

2.4. Resultado do debate na apresentação da temática abordada

Após o debatedor incitar a sala com perguntas sobre a maneira como nos vemos enquanto brasileiros e o que nos torna filhos desta linda Pátria, além das diversas visões de cada Estado brasileiro e dos estrangeiros de modo geral, nossos colegas levantaram uma questão que tem relação com o nosso tema, mas que não tínhamos relacionado anteriormente, a qual se trata do preconceito dos estrangeiros com relação ao Brasil e dos próprios brasileiros entre si nas suas cinco regiões. Muita gente tem uma visão errônea, sobre o que realmente é o país, o que cada região realmente tem, quem compõe, suas riquezas naturais, seu potencial de constante crescimento.

A formulação do preconceito (conceito prévio) é intrínseca à natureza humana de julgar sem conhecer, de generalizar e rotular todo um grupo em decorrência do comportamento de alguns dos seus integrantes.

Como pensam vários estrangeiros, o Brasil não é subdesenvolvido ao ponto de ainda viver na Idade da Pedra, nem comemora o Carnaval nos 365 dias do ano, nem todos os brasileiros gostam de samba ou futebol. Só quem conhece o Brasil é que reconhece a constante hospitalidade e alegria de tantos brasileiros que da mesma forma que assistem futebol e pulam carnaval, também têm garra e lutam para sustentar suas famílias com o suor do seu trabalho, que vivem em jornada dupla de trabalho e estudo em prol da capacitação profissional e consequente conquista de melhores condições de vida, contribuindo com a maior representatividade do nosso país no cenário mundial, no tocante aos avanços da ciência e tecnologia, fazendo do Brasil um país emergente, ou seja, em constante desenvolvimento.

No norte e nordeste não existem apenas índios e cangaceiros, no sul e sudeste não existem apenas classe média alta bem sucedida. Existem pobres no sul e ricos no norte. O Nordeste é responsável por 14% do PIB brasileiro e se ele fosse tão subdesenvolvido como pensam os sulistas, não estaria recebendo tantos investimentos de multinacionais em vários dos seus noves estados.

III – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa foi de grande valia para nós integrantes do “Nosso Brasil Brasileiro”, enquanto acadêmicos do Direito. E o debate em sala com nossos colegas também foi muito enriquecedor ao complementar o nosso conhecimento prévio.

A sociedade brasileira precisa ampliar o conceito de Brasil, considerando seus dois tipos de identidade social. Não apenas enfatizando as negativas estatísticas da identidade social moderna, mas sim enaltecendo principalmente as qualidades e valores impares do povo brasileiro, afinal somo fonte de uma